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Quando os meus filhos eram miúdos, eu fazia de tudo por lhes construir um presépio tão bonito quanto possível. Corria mundos e fundos para encontrar os materiais necessários. Cortava um pinheiro, arranjava cortiça, musgo que baste e algumas pedras para montar a colina, onde encaixar a gruta. Quem não gostava nada era a minha mulher que reclamava que "nós só sujávamos e quem limpava era ela".
Hoje, nem eu, nem os filhos e muito menos os netos se preocupam com esses pormenores. Eles vão aos "chinas" compram meia dúzia de séries de lâmpadas, ligam à corrente e já está. Para ver coisas bonitas pesquisam no telemóvel e encontram-nas nos 4 cantos do mundo. Mas alguém teve que dar à perna para as fazer, digo-lhes eu, ou vocês não teriam nada para ver. Olham-me de canto, dispensam-me um sorriso amarelo e ficam a pensar: - está velhote o meu pai (ou avô) e rezingão também.
Não fico nada preocupado, eles já têm idade para saberem o que querem e o que lhes faz falta. E o Papai Natal não lhes tem faltado com a habitual prenda!
Arvores de Natal para mim terminaram há muitos anos. Como é habitual meto uma coroa com pinhas na front door e viva o velho. Boas Festas!
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarRestam apenas boas recordações . Também agora é proibido cortar pinheiros e acho que musgo , nem sei onde o conseguir .
O meu pai sempre deu muito valor a essas coisas e tinha jeito para isso .
JR