domingo, 15 de dezembro de 2024

O Natal e as prendas!

 Já recebi, como toda a gente, o meu 13º mês, ou 14º, se contarmos também com o que recebemos em Julho.

Lembro-me do meu pai, nesta altura do ano, se considerar o homem mais feliz do mundo, porque o seu patrão fazia uma coisa que os grandes lucros da sua empresa lhe permitiam. Metia umas notas num envelope e entregava a cada trabalhador dizendo: isto é para comprares o bacalhau!

A esse, o meu pai chamava-lhe o 15º mês! Nos melhores anos da minha empresa, na década de 80 do século passado, também tive direito a alguns desses gestos que não duraram muito, pois dos grandes lucros depressa se passou para o 0 e depois para os prejuízos que só acabaram com a falência, logo no início deste século, quando acabou o proteccionismo ao ramo têxtil da nossa indústria.

Mas, voltando à vaca fria, já recebi o tal dito 13º e estava aqui a pensar se esse valor daria para comprar as prendas para aqueles que todos os anos, quer mereçam quer não, as levam. Acho que não dá, pensei eu, vou ter que ir buscar mais algum à minha reserva estratégica. Mas, de pensamento em pensamento, concluí que a solução mais acertada é ajustar as prendas ao dinheiro disponível. E esse, o do 13º mês é o que consta no meu orçamento, previamente aprovado, para esse fim.

Ontem, ouvi o Mário Centeno avisar - o recado era para o PM e o seu Ministro das Finanças - que vamos a caminho de um défice inevitável, em 2025. Embora todos os organismos, nacionais e internacionais prevejam o contrário, há que ter cuidado, pois o Centeno é bom nestas coisas e pode ter razão, o que seria penalizador para todos nós.

Ora, eu quero ser cuidadoso, como o governador do Banco de Portugal aconselha, e vou manter-me fiel ao orçamento que foi aprovado, nem um "chavo" mais. Na Marinha costumava dizer-se: - evita o granel e serás um homem feliz! Granel é sinal de rebaldaria, nas contas e em todo o resto!

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