terça-feira, 30 de agosto de 2022

E lá se foi ela!

 Lembro-me vagamente de uma cançoneta que rezava assim:

- Anda-te embora Marta que tens muito que contar ...

Infelizmente, não consegui encontrar a letra original, mas pode ser que algum dos meus leitores dê uma ajudinha. Essa letra parece apropriada para cantar à Marta Temido que hoje abandonou o governo do António Costa. Com 5 anos de governo, uma pandemia, e uma crise sem fim no SNS, ela deve ter mesmo muito para contar.


Diz-se por aí que o governo nunca teve tanta liquidez como agora, mas mesmo assim não consegue travar o descalabro que grassa no SNS. Eu sei que a classe médica é do piorio e exige tudo e mais alguma coisa. O governo não se pode deixar chantagear, mas as coisas parecem ter chegado longe demais. Médicos e enfermeiros formados nas universidades públicas deveriam cumprir um «Serviço Público Obrigatório» de alguns anos, como acontecia, antigamente, com o Serviço Militar. Se eles se formam e vão para o privado, ou emigram, é porque o governo lhes permite fazer isso. Nota-se uma tremenda falta de disciplina, em todo o lado, não é de espantar que o mesmo aconteça no governo.

Deve ser essa a principal razão do pedido de demissão da ministra, por incapacidade do governo adoptar medidas de fundo para resolver o problema. A começar na faculdade de medicina, onde só entram alunos com média igual ou superior a 19 e o número de candidatos admitido é controlado pela Ordem dos Médicos. Está tudo errado, as médias compram-se e a Ordem só protege os seus interesses. Os directores  dos hospitais têm orçamentos monstruosos e queixam-se que o dinheiro não chega para nada. Entra-se num hospital e vêem-se carradas de pessoas sem fazer nada, mas nunca se vê ninguém que as faça andar. A mim parece-me um enorme rebanho sem pastor nem cão de guarda.

Eu também não aceitaria trabalhar assim. Anda-te embora Marta e conta-nos a tua verdade!

4 comentários:

  1. Escolheu a saida mais fácil. Agora terá mais tempo para cantar a Internacional Socialista debaixo do chuveiro. Na minha opinião este corrupto governo já caiu. Se o Costa continua a estrebuchar é porque o idiota do selfies é incapaz de tomar decisões.

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  2. Vai uma grande confusão no SNS. Há médicos que são esforçados e há outros que nunca deviam exercer.
    Meu irmão tem glaucoma. Além disso tinha cataratas. Bom em 2015 ele foi operado ao olho esquerdo no hospital do Montijo. Nunca quiseram operar-lhe a catarata do olho direito que não valia a pena porque o olho estava cego. Os anos foram passando a catarata engrossando e o olho tomou uma cor esquisita que parecia qualquer coisa menos um olho humano. Ele começou a ficar com complexo e deprimido sem se atrever a olhar as pessoas cara a cara por causa dos comentários. No inicio deste ano, ele pediu à médica de família se o encaminhava para o Instituto Gama Pinto em Lisboa. Os médicos de lá disseram-lhe que não sabiam se estava cego ou não sem retirarem a catarata. Fez uma série de exames e foi operado ontem. Uma operação complicada, pois a catarata estava muito espessa e rija. E o olho não está cego. Agora diga-me se o médico que o tem acompanhado ao longo destes sete anos, é um bom médico.
    Abraço e saúde

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  3. Deixando a porca da política no seu devido lugar, prefiro evocar aqui :

    Marta Martins Silva
    Autora do livro "MADRINHAS DE GUERRA"

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  4. O mal do SNS, da TAP e outros mais serviços do setor públicos é haver muita gente a mandar. Deixem-se mas é de tretas e falem do País Real que temos. Aqueles que estão de fora também já por lá passaram e nada fizeram para melhor o SNS. Mal daqueles portugueses que vivem de magras reformas tivessem de recorrer ao Serviço de Saúde do Setor Privado.
    Falo com experiência própria não ouvi dizer. O Serviço de Saúde do Setor Privado é um papa euros. Estive internado 12 dias num hospital privado, só à minha parte paguei três mil euros, a outra parte outro tanto ou mais pagou a SAD/PSP.
    Tive alta desse hospital e passados alguns dias fui internado no Hospital de Vila Franca de Xira, SNS, onde permaneci cerca de dois meses e meio, sem que tivesse pago um cêntimo. Fui bem tratado, por isso dou nota positiva ao SNS e pessoal que nele presta serviço.

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