terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Nuclear, não, por favor!



Há mais de cinco anos que os habitantes de Villar de Cañas, província de Cuenca, Castilla La Mancha, lutam contra a implantação de um armazém de detritos nucleares na sua terra. Faço votos para que sejam bem sucedidos na sua luta, pois se fosse comigo também não quereria tal depósito à minha porta.


O problema é que não havendo um armazém central, onde possam ser depositados os detritos de todas as centrais nucleares espanholas, terá que optar-se (eventualmente) pela construção de um armazém junto de cada central, ou seja, ficar com sete problemas pequenos em vez de um grande.
No caso particular de Almaraz, na bacia do Tejo, a poucos quilómetros da fronteira com Portugal, esta decisão só não foi tomada ainda a título definitivo por causa da dificuldade que o país nosso vizinho teve em eleger um governo, senão já teríamos o assunto arrumado e esquecido.
O prazo de validade desta central está quase a expirar e devia, portanto, ser desmantelada sem apelo nem agravo, mas, como afirmam as más línguas, o seu custo está totalmente amortizado e tudo que produzem é lucro. Fala-se num milhão de euros por dia de ganho para a empresa que explora o negócio e por isso a luta para aumentar de 40 para 60 o tal prazo de validade. Como eu os entendo!
E é por isso que precisam do tal armazém, a construir na margem do rio Tejo, que ali permanecerá para sempre mesmo depois do tão desejado encerramento da central, dentro de 5 ou 25 anos. Para nós portugueses que não temos nada a ver com o negócio, fica-nos ali uma autêntica bomba atómica enterrada para nos atazanar o juízo, sabe Deus por quantos anos.
Queira Ele que não consigam levar a ideia avante!

3 comentários:

  1. Não queremos uma vizinha dessa natureza, nem a exploração de petróleo no nosso país, mas temo que a ganância do dinheiro fale mais alto!

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  2. Quem é que quer à porta semelhante coisa?
    Um abraço e BOM ANO

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  3. Ninguém quer, nem os pobres nem os ricos,
    uma central nuclear junto da sua porta
    mas a ganância dos interesses infinitos
    sem olhar a meios à sua frente tudo devora!

    O povo luta contra o poderio,
    para o seu bem estar na vida
    a sobrevivência é um desafio
    cuja a ganância mais beneficia.

    Para o ambiente seria pior,
    se espalhados não protegidos
    para se evitar um mal maior
    armazenem-se os resíduos.

    Vizinhos tenham lá cuidado,
    não poluam a água do Alqueva
    caguem lá no vossa condado
    porque já temos cá muita merda!

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