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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Pensando bem!

 O que eu devia fazer era livrar-me do carro e ficar-me a rir dos problemas que o «Costa da bomba» cria ao resto dos portugueses. É claro que ainda tenho os filhos e netos que ficam a penar, mas pelo menos eu saltava fora da equação. Actualmente, o carro dá-me mais dores de cabeça que vantagens. Ele fica, ali no parque, dias a fio, e para pouco mais serve que para ir às compras - duas vezes por mês -  e dar uma volta ao domingo, de vez em quando. E as despesas são sempre certinhas, a começar no seguro, no IUC, na inspecção periódica, nas mudanças de óleo, se não surgir mais alguma coisa extra. É que os pneus também se rompem e a bateria tem uma duração limitada.


Esta coisa do petróleo começar a subir, de repente, assim como noutras vezes desceu até preços que ninguém acreditaria possíveis, não tem outra explicação a não ser a ganância de quem o vende e revende. Não foi há muitos anos que ele desceu até perto dos 20 dólares por barril, com muitos produtores a queixarem-se que o custo de exploração rondava os 40 dólares e estavam a perder dinheiro. Agora, já ultrapassou os 120 e não ouvi ninguém reclamar que estava a ganhar demais.

É tal e qual como a história do leite, aqui em Portugal, quem o produz recebe sempre o mesmo, entre 20 e 25 cêntimos por litro. Depois vem a embalagem, a distribuição e os lucros que se querem gordos para quem domina o mercado. Na minha zona acabou a agricultura em geral, cortaram-se as vinhas e só se semeia milho para forragens. O negócio é ter uma vacaria com duas dúzias de cabeças, tirar-lhe o leite, de manhã e à noite, e esperar que cada vaca dê os 40 litros diários. Com o que ganham pagam as rações, feno e palha (se não produzirem em casa o suficiente) e quem fica com os lucros são as grandes superfícies comerciais que mantêm o leite em promoções o ano todo.

O petróleo funciona da mesma maneira, quem o tira do poço pouco ganha, mas os intermediários vão inflacionando os preços, ao longo do caminho, entre o poço de onde sai e a bomba onde vamos atestar o depósito. E depois há os galifões, como o Costa e o seu Ministro das Finanças, que acrescentam uns "pozinhos" para tentar endireitar as contas públicas, para as quais não há dinheiro que chegue. Os impostos sobre os combustíveis, sobre o tabaco e as bebidas alcoólicas, para além da caça à multa nas estradas de todo o país, são um verdadeiro poço de petróleo que os nossos governantes descobriram.

Mas eu tenho a faca e o queijo na minha mão, basta-me vender o carrito e já me chulam mais. Ofereço uma gorjeta aos netos, de vez em quando, e peço-lhes para me levarem a passear. Fica muito mais barato!

terça-feira, 8 de março de 2022

O «Sobe e Desce»!

 


Há quem afirme que a obra mais perfeita da natureza é a mulher. Eu diria, depende. Para um escultor de nus é muito mais difícil esculpir uma figura masculina, por causa da posição e do tamanho do "coiso". Mas, como hoje é o dia da mulher, vamos dar isso de barato e aceitar que a natureza, ao criar a mulher, nos deu uma rica prenda. Nem todos gostam (basta assistir aos programas da TVI), mas eu sou doido por elas!

Ultrapassada esta questão que é de comemorar o Dia da Mulher e tecer os maiores elogios às nossas namoradas, vou focar-me no outro assunto que está nos píncaros da importância relativa daquilo que nos interessa, o preço do petróleo - que nada justifica que seja tão alto - e alta dos combustíveis que o governo português aproveita para encher os bolsos à nossa custa. Na vida moderna é impossível viver sem carros, logo não podemos dispensar os combustíveis, o que nos faz escravos de quem tem ou quem vive de negociar o famoso ouro negro. Até os russos que resolveram fazer a vida negra aos ucranianos, têm que provar o seu veneno, por falta de outros clientes e com falta de dinheiro vêem-se forçados a vender o seu petróleo a clientes como a China ou a Índia a preços reduzidos. Nada me garante que não venhamos a recomprá-lo nós, se não houver outro disponível no mercado. Muito embora sempre nos tenhamos dado bem com o Irão e o Iraque, onde não falta esse produto que todos prometem pôr de lado em defesa do planeta. De sonhos temos o mundo cheio.

Ontem, ouvi um economista especializado em energias afirmar que o nosso governo poderia reduzir os impostos sobre os produtos petrolíferos, mas o mais certo seria ficarmos a perder com isso. O Orçamento de Estado obriga a que haja um equilíbrio entre as despesas e as receitas e se o dinheiro não vier do ISP virá de outro lado e poderá até ser mais penalizador para o cidadão comum. Sou obrigado a concordar com ele, embora ache que o segredo está em manter as despesas sob controle para não precisar de aumentar as receitas à nossa custa, seja através do ISP, do IVA, taxas, sobretaxas ou outra ferramenta qualquer para nos ir ao bolso.

Na figura acima podem ver a oscilação do preço do petróleo. Porque será que de um preço de +/- 80, em 2018, foi para +/- 20, em 2020, e agora subiu para cima de 120 dólares? Não há qualquer justificação, além dos enormes interesses que estão por trás desse negócio. Nós sabemos que é assim, nada podemos fazer para o alterar, vemos os tais "magnatas" encher os bolsos com o negócio e o remédio é aguentar ou ... dar um tiro nos miolos e ir viver com o mafarrico. Mas essa solução também não agrada à maioria, portanto ... siga a Marinha!