sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O dia seguinte!

 Como seria o dia 12 de Setembro de 2001, em Nova Iorque? Com o caos instalado na cidade e centenas de mortos ou desaparecidos o clima teria que ser, obviamente, de tristeza. Tristeza pela morte e destruição causadas por um ódio ao modo de viver ocidental que os seguidores do profeta nascido no século VI da nossa era, não conseguem aceitar.

Quando um grupo de pessoas segue por um caminho diferente daquele por onde vão os outros, isso não quer dizer que estejam erradas, mas apenas que procuram um destino diferente. No entanto, os muçulmanos que dedicam a sua vida a lutar, em nome do profeta, contra os americanos e o seu modo de vida, esses sim estão errados.

Amor com amor se paga e o mesmo serve para o ódio. Quanto mais odiares um pessoa mais odiado serás. O mundo muçulmano vive em guerra com toda a gente e não é apenas contra aqueles a quem chamam infiéis, há ódios maiores entre vizinhos e irmãos na religião. Sunitas e xiitas, curdos ou palestinianos todos se matam uns aos outros e dizem-se mártires quando são mortos nessas lutas.

Gostaria de saber como Maomé divide os seus crentes, lá em cima, depois de morrerem. Mártires à direita e os outros à esquerda, como párias que não ganharam o direito a ir para o céu e receber as 7 virgens como prémio da sua dedicação? Nós, os católicos, temos o céu para os bons e o inferno para os maus e é o S. Pedro que trata dessa triagem, depois de entregarmos a alma ao Criador. S. Pedro abre o Livro da Vida e consulta as colunas do Deve e Haver de cada nova alma que ali chega e indica-lhe a porta da esquerda ou da direita, conforme o caso e a extensão das boas e más obras registadas nesse livro.

Os muçulmanos dividem-se, hoje, em muito ricos e muito pobres, não existe um meio termo. Antigamente, a riqueza era medida pela quantidade de cabeças do seu rebanho, fossem cavalos ou burros, cabras ou ovelhas e até camelos. Hoje não é assim, os muito ricos são os donos das explorações petrolíferas e todos outros alinham no grupo dos pobres, uns mais outros menos, mas todos longe da riqueza que o petróleo trouxe ao mundo, maioritariamente, muçulmano.

Diz-se por aí que o petróleo terá um fim, ou por se ter esgotado a reserva que se foi criando ao longo de muitos milhões de anos que o nosso planeta já leva de vida, ou por ser posto de lado pela humanidade que, cada vez mais, reconhece os malefícios dos combustíveis fósseis. Se isso acontecer voltarão à vida nómada seguindo os seus rebanhos que vagueiam pela natureza em busca de alimento. E serão, de novo, todos pobres, embora uns mais que os outros.


Dando um salto para a modernidade e aterrando no ano de 73 do século XX, confrontámo-nos com o ditador Pinochet, militar de alta patente que à frente das tropas que chefiava resolveu instaurar uma «Ditadura Militar» no Chile, país da América do Sul e ex-colónia espanhola. Desde o início do Século XIX, em que os chilenos se livraram do domínio espanhol, se viveram diversos tipos de governo, ainda à procura da estabilidade política. Enquanto que a Europa já se tinha livrado de todos os seus ditadores (Hitler, Mussolini, Salazar e Franco) começou a América Latina a trilhar esse caminho.

Salvador Allende que assume o governo em 3 de novembro de 1970, tenta construir uma nova sociedade baseada no socialismo através da democracia, uma experiência até então única no mundo. Entre suas primeiras medidas, continua o processo de reforma agrária e inicia-se um processo de estatização de empresas consideradas chave para a economia chilena. A partir de certos resquícios legais, baseados em um decreto-lei de 1932, se uma empresa detivesse certo mercado sua produção poderia sofrer intervenção do Estado, o que faz o governo da Unidade Popular incitar aos trabalhadores que detenham suas atividades e assim estatizar as empresas.

Duraria muito pouco esta fase da História do Chile, pois em 11 de Setembro de 1973, Augusto Pinochet, chefe do estado maior das forças armadas derruba o governo de Allende, levando este ao suicídio. Foi um período negro, no Chile, com perseguições e mortes de todo aquele que ousasse levantar a mão ou a voz contra o ditador. Esta situação duraria até à Primavera de 1990, data em que Pinochet entregou o poder a Patricio Aylwin que deu início ao período democrático que se vive até hoje.

Não foi fácil a vida de Augusto Pinochet, depois de ter abandonado o poder e ter terminado a ditadura chilena. Acusado de reunir uma grande fortuna em bancos americanos, os seu inimigos políticos perseguiram-no até à morte, em 2006, em Santiago do Chile, depois de regressar de Inglaterra, onde se refugiara para fugir àqueles que o queriam ver morto pelos crimes cometidos enquanto governara o país.


A Caravana da Morte foi uma ação planejada para execução de líderes da resistência contra o regime militar chileno na ditadura Pinochet na década de 1970. Aproximadamente 105 presos políticos foram vítimas desta operação clandestina. Ocorreu em outubro de 1973, logo depois do golpe militar. Muitos dos prisioneiros eram recolhidos de suas prisões e executados sob tortura.

Considerado um dos piores episódios de repressão da ditadura militar chilena foi, segundo a jornalista Patricia Verdugo, autora de livro que retrata a viagem mortal dos fuzileiros, "o ato fundacional da ditadura" naquele país.

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