segunda-feira, 18 de março de 2024

Futebol espectáculo!

 


Ao ver a dificuldade em meter 1 golo que o Benfica demonstrou no jogo com o humilde Casa Pia e a facilidade com que o Sporting meteu 6 ao clube que nos lixou na primeira volta, fico preocupadíssimo com os dois jogos que temos que disputar com eles, o primeiro para a Taça de Portugal e o segundo para o campeonato. Vai ser bonito, vai!

É quase certo que eles, os lagartos, vão ganhar o jogo em atraso, contra o Famalicão. A dar 5 ou 6 a 0 em cada jogo que têm disputado, não é caso para menos! E então, adeus título de campeão e festa no Marquês!

O Rafa tem metido alguns golos que nos salvaram de algumas vergonhas, mas eu continuo sem saber como jogaria o Benfica sem ele. Ele está a 90 dias de terminar o vínculo com o Benfica e pelas condições que ele exige para ficar, totalmente impraticáveis, é como se já lhe tivéssemos dito adeus. Nesse contexto o treinador já devia ter testado a equipa sem ele para ver como será a próxima época. Claro que podem entrar e sair muitos jogadores, mas assim ficaríamos com uma visão mais clara da situação. As queixas de Kokçu levam-me a crer que ele ambiciona ocupar a posição em que Rafa tem jogado, uma espécie de número 10, e eu arrisco-me a dizer que pode funcionar.

O Di Maria e o Otamendi também estão em fim de contrato e a sua idade não aconselha qualquer renovação. Talvez fosse importante começar a tirá-los da equipa para ver como as coisas funcionariam. É tudo uma questão de prever o futuro e ver se há necessidade de novas contratações, ou já teremos, em casa, a solução para o problema.

Se eu estivesse no lugar do treinador escolheria um jogo de menor dificuldade e sentaria esses 3 jogadores no banco. Na segunda parte, se as coisas estivessem a correr mal, logo veria se tinha que meter algum em campo e em caso negativo, repetiria a experiência num segundo jogo, até me sentir seguro de que podia viver sem esses 3 craques que já estão com um pé fora da Luz.

Felizmente para mim, as coisas são mais fáceis que para o Herr Schmidt, basta-me desligar o televisor, quando a coisa não me agrada!

Uma boa semana para todos e preparem-se para dar as boas-vindas ao novo PM de Portugal, na próxima quarta-feira !!!

domingo, 17 de março de 2024

Falar de quê?

 Estava aqui a carregar no botão para ligar esta maquineta que me põe em contacto convosco e ia pensando, de que vais falar, hoje? Que assunto podes abordar que interesse a quem te visita? Pensa bem, pois nas últimas publicações poucas moscas poisaram!

Mal se iluminou o monitor, logo recebo um recado da Microsoft (como eu embirro com esta gente que está sempre de olho em tudo o que eu faço!) lembrando-me que o Peniche - um camarada da Marinha muito especial - tem uma ligação especial a esta data e por isso devia dedicar-lhe um pensamento também especial.

Como, hoje ao fim da tarde, joga o Benfica, eu tinha planeado dedicar-lhe a minha mensagem deste domingo que é o último de inverno, embora a Primavera não nos dê ainda quaisquer sinais de que vem a caminho. Mas estava um pouco hesitante, pois o meu seguidor mais assíduo, não lhe refiro o nome, mas sei que ele sabe de quem estou a falar, é sportinguista de coração, nascido na mais alta colina do lado norte de Lisboa e poderia não apreciar a minha escolha.


Assim, aceitei a proposta do amigo Bill Gates e vou dizer duas palavras a respeito do meu camarada de armas, Domingos Belo, a quem a malta toda ainda trata por Peniche, em honra da terra de onde ele saiu para ingressar na Fragata D. Fernando E Glória, quando era ainda um chevalito que não obedecia aos pais.

O destino de todos os rapazes da Fragata era ficar ali presos até fazer 18 anos e ter aprendido uma profissão que lhe garantisse a sobrevivência futura. Ou, em alternativa, ingressar na Marinha de Guerra, logo que tivessem ultrapassado os 16 anos de idade. Foi o caminho seguido pelo Domingos que assim se tornou meu camarada e amigo para a vida. Ele chegou a Vale de Zebro um dia antes de mim, em 9 de Março de 1962, por mero acaso o dia em que eu completei os meus 18 anos.

Quem me acompanha há muitos anos sabe de quem eu falo, pois o tenho referido várias vezes. Nos almoços-convívio que eu vinha organizando, ano após ano, tive o prazer de o ver aparecer, em 2010, no Pôr do Sol, restaurante de Montemor-o-Novo. Ele era tão popular na Marinha que mal apareceu foi a estrela da festa. Todos queriam falar com ele, tirar uma foto ao seu lado e perguntar-lhe o que tinha feito, desde que nos deixara em Lourenço Marques, recambiado para a Metrópole, antes de tempo por razões disciplinares.

De regresso a Lisboa, ele desertou da Marina de Guerra e ingressou na de Pesca do Bacalhau, partindo para o Canadá, onde ficou e se casou, depois da primeira campanha. Numa vinda a Portugal foi preso, por conta da sua deserção, e foi obrigado a completar o Serviço Militar, no Exército. E quis o destino que o colocassem no quartel da Póvoa, vila de pescadores como a sua natal Peniche que é onde eu vivo.

Um certo dia, ia eu pela minha rua abaixo, concentrado nos meus pensamentos e vejo aproximar-se um militar com as divisas de Cabo, nos ombros. Ao cruzar-se comigo, deitei-lhe um olhar de relance e quase caía de quatro ao reconhecer as feições do meu "amigo de Peniche". Lá me contou as suas aventuras, desde que saiu da CF2, em 1963 ou princípio de 1964 (não sei a data ao certo) até aquele dia em que ficamos no meio da rua palrando como papagaios.

Para não tornar esta leitura cansativa, pois o assunto só a ele e a mim desperta grande interesse e daria para encher muitas páginas, refiro que ele ainda vive no Canadá, na costa oeste e se dedicou ao comércio de bacalhau e mariscos. A sua empresa chegou a ter um tamanho considerável e era bem conhecida em todo o Canadá. «Captain Belo´s Seafood» assim se chamava ela e chegou a ter uma filial aberta nas Finanças de Peniche, mas que nunca chegou à prática. Como muitos outros projectos do Domingos que era um sonhador, ficou pelo caminho. O seu plano era fazer a cura do bacalhau, na China (por causa do preço) e depois importá-lo para Portugal através dessa filial. Soube que ele foi para a China, depois do nosso encontro em Montemor, mas algo deve ter corrido mal que lhe deu cabo dos planos.

A última vez que tive o prazer de falar com ele foi por telefone e andava ele ocupado em vender a sua empresa. E depois disso desapareceu-me da frente como se se tivesse evaporado. Como se dizia na Marinha, ele foi sempre um "graneleiro" de primeira e toda a sua vida foi um granel pegado: Desde o casamento, aos filhos, à empresa, sem esquecer a sua vida militar, toda a sua vida rimava com granel, feito à pressa e sem deixar grande rasto, logo que desaparecia.

E pronto, está cumprido o meu dever para hoje!

sábado, 16 de março de 2024

EPSFL!

 Entidade Pública Sem Fins Lucrativos é o que diz o título da minha publicação deste sábado, dia 16 de Março do ano da graça de 2024. Estou, ou vou falar da Caixa Geral de Depósitos que ontem apresentou, com pompa e circunstância as suas contas relativas ao ano de 2023, as quais mostram um resultado positivo de 1.258 milhões de euros.

Num país cuja população é constituída por uma maioria de pobres, uma instituição bancária do Estado deveria trabalhar para não apresentar perdas, no fim do exercício, mas sem explorar esses pobres que não têm mais a quem se agarrar além do Estado. Em política fica bonito dar um subsidiozinho a quem vive na miséria, mas fica muito feio cobrar uma comissão mensal para ter uma conta no banco.

O Sr. Paulo Macedo é conhecido por acertar as contas em qualquer organização em que o nomeiem chefe. Se o Costa o tivesse escolhido para Ministro das Finanças, em vez de o mandar pôr ordem na CGD, ainda teria cobrado mais impostos que aqueles que conseguiu com o Medina. No ano passado, todos os bancos ganharam bom dinheiro e a Caixa não fugiu à regra. Mas teria sido diferente se o grande chefe tivesse decidido ajudar os portugueses no crédito à habitação, oferecendo um "spread" mais baixo que os outros bancos e não cobrando despesas por "dá cá aquela palha".

Não quero pôr mais na carta, mas não gostei de ver o Paulo Macedo dar uma de bom gestor, mostrando como se pode ganhar dinheiro, dinheiro esse que, na sua grande maioria, saiu dos bolsos da população mais pobre deste país.

Se calhar sou eu que estou a ver mal as coisas. Ou vivo no país errado!

sexta-feira, 15 de março de 2024

Salário mínimo!


 O Tuga distraído já se esqueceu da razão por que foi criado o SMO, em Portugal!

Havia uma quantidade de analfabetos e criadas de servir, mulheres a dias e quejandos que eram explorados por patrões sem um mínimo de honestidade. És um analfabruto, mal sabes assinar o teu nome, pago-te o que eu quiser e ainda tens que dizer obrigado. Entretanto, com a vinda do 25 de Abril e a expansão do socialismo (deveria dizer comunismo?), alguém se lembrou que seria melhor estabelecer um salário para baixo do qual ninguém poderia passar.

Venho aqui na intenção de pedir aos aos deputados do novo Parlamento que, em breve, tomarão posse que ponha à votação uma proposta de lei que volte a pôr as coisas no seu devido lugar. Nada de pagar a um trolha 1.200€ por mês e contratar um licenciado para trabalhar no Pingo Doce pelo ordenado mínimo.

Os níveis de aprendizagem divide-se em 6 grupo. A saber: basico, elementar, secundário, licenciado, doutorado e mestre. O básico aglutina todos aqueles que não conseguiram finalizar o 9º Ano de escolaridade; o elementar para aqueles que podem mostrar o seu diploma do 9º Ano; o secundário para os que completaram o 12º Ano de escolaridade; o licenciado para os que terminaram com aprovação um curso superior: o doutorado para quem estudou e tirou o seu doutoramento: o mestre para quem tirou um mestrado e pode aspirar a ser o professor dos alunos do superior.

Aqui chegado é fácil perceber que terá que haver 6 salários mínimos, um por cada categoria, e não apenas aquele que foi inventado para os pobres de saber e as mulheres a dias. Se o primeiro ficar nos 800€ actuais, nada tenho contra, mas os dois níveis seguintes terão que ser de 900 e 1.000€ respectivamente. Depois para aqueles que frequentaram a universidade com aproveitamento, o salário teria que começar nos 1.500€ e saltar de 500 em 500 para os outros dois escalões. E atingido este último, estabelecer um certo número de diuturnidades, no mínimo 3 de 5 anos cada, para os que estão neste último patamar e não poderão progredir mais.

Assim teríamos uns salários mínimos de 800 - 900 - 1.000 - 1.500 - 2.000 e 2.500€ que abrangeriam toda a força trabalhadora, em Portugal. E a pouca vergonha dos patrões que querem contratar um doutor pelo salário mínimo nacional acabaria aqui, com a publicação dessa lei. E com o fim dos salários baixos, a economia de consumo, em que o mundo moderno e democrático funciona, levaria o nosso país para um patamar mais próximo da média europeia.

Outra coisa que poderia vir pendurada nesta lei seria o valor do aluguer máximo nacional (AMN) que nunca poderia ultrapassar 20% dor orçamento líquido familiar. O valor do aluguer de uma habitação entrou numa espiral inflacionista que só terá fim se e quando for devidamente regulada. A Lei Cristas foi um aborto que seria conveniente revogar e trocar por uma visão mais moderna e ajustada à realidade do país e dos seu habitantes. Pagar um aluguer igual ao salário que um português recebe, é o mesmo que mandá-lo viver para debaixo da ponte.

E nós merecemos melhor !!!

quinta-feira, 14 de março de 2024

Malfadado clima!

 


O "Clima" ou aquilo que ele nos oferece não tem sido muito amigo dos portugueses. Chove no norte, onde não falta a água e faz sol no Algarve, onde preferiríamos que chovesse. Algum dia voltaremos a ver as albufeiras algarvias repletas de água? Duvido, mais fácil será esperar vê-las secas e áridas como o norte de África. Simples buracos na Terra que só abrigam formigas e lacraus!

Estamos a uma semana do início da Primavera e o que temos é chuva e frio. Nada para além dos pessegueiros ou ameixieiras começou a florir. Há quem diga que a floração mais tardia é bom sinal, pois evitará uma série de riscos para as fruteiras, mas não sei se isso será verdade. Eu gosto de ver a natureza a ressurgir, depois das chuvas de inverno, pelo fim de Fevereiro, este ano será pelo fim de Março.

Estou aqui a ouvir um discurso da política em que o orador começa com um "Boa noite a todas e a todos" que eu considero um dos erros graves cometido por quem não passou no exame de português. Assim como a palavra "criança" ou "crianças" cobre os dois sexos, também a palavra "todos", usada neste contexto, é dirigida a homens e mulheres (por esta ou por outra ordem).

No dia 1 de Dezembro de 1969, cheguei a Bruxelas, desembarcando na Gare du Midi, de um comboio que, algumas horas antes, tinha saído da Gare du Nord, em Paris. Achei piada a estes termos "saí do norte e cheguei ao sul", ou seja, usei o menor número de quilómetros possível para saltar da capital de França para a da Bélgica.

Desculpem-me o devaneio, do que eu queria mesmo falar é do termo «Mes dames et messieurs» que comecei a ouvir, em Bruxelas, a cada passo. Ido de um país de severos costumes, por natureza machista, e pouco dado a modernismos, aquilo soava-me estranho. Nada parecido com o "Meus Senhores" e "Minhas Senhoras" que o Marcelo Caetano usava para iniciar as suas famosas "Conversas em Família".

Só depois do 25 de Abril e do Francisco Louça chegar à Assembleia da República, é que se começou a ouvir falar de todos e todas, ou de portugueses e portuguesas. Antes disso, nem os portugueses tinham direito a férias anuais, nem as portuguesas tinham direito ao voto. Eram as senhoras "Donas de Casa" e basta. Mas, neste ano, há pouco iniciado, de 2024, pôr as portuguesas à frente dos portugueses, já me soa um pouco excessivo. Então elas lutam pela igualdade - de tudo e mais alguma coisa - e roubam-nos o direito (adquirido) de aparecer em primeiro lugar? Isso eu que sou muito senhor do meu nariz, não posso aceitar.

Lembrem-se que os habitantes deste planeta, ou os homens que o povoaram, desde há cerca de 70 milhões de anos, foram sempre acompanhados pelas suas mulheres e sem que isso tenha que aparecer nos livros. Onde há um homem, está uma mulher também e isso me basta!

quarta-feira, 13 de março de 2024

O problema do nosso PS!


 Os portugueses que votam no PS dividem-se em 3 grupos. Um terço está quase a cair para o lado dos comunistas (PCP+BE+Livre+Verdes), outro terço está mais próximo da social-democracia (PSD e mais alguns que andam escondidos no CDS e IL) e os restante terço representa aqueles que são socialistas de verdade e nunca cairão para a esquerda ou direita.

Neste cenário, pode acontecer que o PS perca mais deputados em futuras eleições. Quando o terço das esquerdas decidir que é melhor assumir o seu esquerdismo e votar CDU, assim como o terço da direita achar que é tempo de assumir que tem pouco de socialista e votar na AD, chegaremos a uma situação parecida com a que se vive no Reino Unido ou nos States, onde de um lado está a força do capital e dos seu privilégios e do outro a força do trabalho que cria toda a riqueza do país.

 Riqueza essa que não é distribuída irmãmente e alimenta o conflito entre as partes. Na velha Rússia do Czarismo nasceu o comunismo que tinha por objectivo acabar com essa situação, mas fracassou, redondamente. O Homem é fraco e quando tem nas suas mãos o poder do dinheiro cede á tentação de ser milionário, em vez de defender o ideal que o levou até ali. Assim aconteceu na Rússia e levou o Comunismo, como ciência política, à falência total. Hoje, só países fracassados, como a Venezuela ou Cuba, ou então os vendidos à Rússia, como as ex-colónias portuguesas, tentam ainda manter viva essa ideia de sociedade.

Pôr toda a riqueza nas mãos do Estado e esperar que esse Estado, ou quem o lidera, a distribua com equidade por todos os cidadãos, de modo a garantir que todos terão um mínimo necessário à sua sobrevivência, não funciona na Rússia nem em lado nenhum da Terra. Ou seja, o Comunismo de Marx e Lenine era uma utopia impraticável. É assim tão difícil reconhecer isso?

E assim chegámos a este mundo moderno dividido em duas classes a que trabalha e a que vive à custa de quem trabalha. O melhor exemplo disso está no Reino Unido com o "Labour" de um lado e os que formam uma espécie de partido da nobreza, os "Tories", do outro. Tal como em Portugal, também lá existe muita gente que vota num lado e pertence ao outro, por isso não se pense que isso é um mal nacional dos portugueses.

O grupo da Mortágua, Raimundo e Rui Tavares a lutar por mais privilégios para quem trabalha e o grupo das direitas a lutar por cada vez mais lucros e pagar menos pela força do trabalho. As maiores empresas e os bancos mais ricos são a dor de cabeça dos trabalhadores e a vaca leiteira dos governantes. E creio que assim se manterá por todos os séculos dos séculos. Só é preciso encontrar o meio mais correto para progredir por um caminho que nos mantenha vivos.

Como na guerra, em que a infantaria avança por entre morteiradas e grandes cargas de artilharia, assim terão os trabalhadores da indústria, do comércio e dos serviços, seguir em frente criando cada vez mais riqueza, pois de outro modo o mundo ruirá e não sobrará ninguém vivo para cantar vitória!

terça-feira, 12 de março de 2024

O Patinho Feio!

 


Não me lembro como se chamava aquele boneco que representava um pinto preto que andava com a casca do ovo na cabeça e reclamava que ninguém gostava dele. Lembrei-me disso ao ouvir, ontem, os comentadores do costume a dizer que não há quem goste do André Ventura, ou do seu partido que incomoda muita gente.

O Marcelo não gosta e não o quer no governo!

O Montenegro, líder da AD, afirma que não é não e nunca mudará de opinião!

O PS não gosta e diz que não conta com ele para nada! 
Todos os partidos à esquerda do PS se regem pela mesma cartilha, impossível ligar os extremos da política!
A IL não quer misturas com a extrema direita, prefere a que se diz social-democrata, seja lá o que isso for!
O PAN não presta para nada e não conta para este campeonato! 

E, no entanto, mais de 1 milhão e 100 mil eleitores escolheram-no para defender os seus direitos no Parlamento e tenho quase a certeza que voltariam a fazê-lo se o PR os mandasse ir a votos de novo. Se a grande questão é admitir a prisão perpétua para certos crimes ou confiscar a riqueza dos políticos, quando não consigam provar de onde ela veio e ainda não dar o RSI aos ciganos, ou até uma reforma igual para quem trabalhou e para quem nunca o fez, eu estou com ele e reclamo o direito a dois votos.

Isto faz-me lembrar o Tiririca, vote em mim que pior não fica. Dizem os tais comentadores - que tudo sabem e sobre tudo têm uma opinião - que não há a mínima hipótese de um governo saído destas eleições funcionar. E que lá para fins do ano, ou início do próximo, iremos outra vez a votos.

Para quê, pergunto eu, se o resultado já se adivinha? O melhor será fazer um referendo, perguntando aos portugueses se aceitam ou não a existência do Chega e a liderança de André Ventura. E já agora, antecipar a eleição de um novo PR que este parece já ter esgotado todas as suas capacidades de fazer algo que preste. Ele tem netos? Então que vá para casa brincar com eles! Ou escrever as suas memórias que muita gente adorará ler!

segunda-feira, 11 de março de 2024

Por um se ganha e por um se perde!

 Não chegou a 1% a diferença de votos entre o PS e a AD. Ainda faltam os 4 deputados do círculo da emigração, mas não acredito que venham mudar grande coisa, talvez repartam a coisa a meias e assim teremos o mesmo resultado entre as duas formações políticas.

Gostei à brava destas eleições! Primeiro pela grande afluência do eleitorado às urnas de voto, há muito tempo que não se via uma abstenção tão baixa. E isso é bom, o partido que estava no poder fez asneira e o povo levantou-se em peso para lhe dar o merecido castigo.

Em segundo lugar por terem falhado rotundamente as sondagens feitas por todo o bicho careta. Desde o princípio da longa pré-campanha que apostavam numa diferença de 10 pontos percentuais, entre a AD e o PS, em desfavor deste último. Como se viu, ontem à noite, a diferença não chegou a 1%.

Em terceiro por ver o André Ventura multiplicar o número de deputados do seu partido por três. É muito bom ter um terceiro partido com poder para retirar maiorias a um dos outros dois. Nada passará no Parlamento sem o seu acordo ou abstenção e eu acredito na sua inteligência para decidir o quê, como e quando pôr-se de um lado ou do outro. Sendo ele um jurista, espero também que venha do seu lado, e rapidamente, uma proposta de reforma da Justiça que necessita disso como pão para a boca. E vou atribuir-lhe o título que, há centenas de anos foi atribuído, a si próprio, pelo rei D. Sancho I.

D. Sancho I continuou a política de expansão do reino, chegando a conquistar Silves e Albufeira, no Algarve, praças que voltaria a perder. Foi o primeiro monarca a usar o título de Rei de Portugal e dos Algarves.

A partir de , hoje, dia 11 de Março do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2024, o título de «Rei de Portugal e dos Algarves» passa a pertencer a André Ventura.

Não dou nada pela liderança de Montenegro, à frente do elenco governativo. Para me convencer ele vai ter que dar no duro. Como a corrupção instalada no país é um dos nossos maiores males e o PS sempre se recusou a aprovar a lei do enriquecimento ilícito, seria uma grande coisa que a proposta para o Parlamento discutir e aprovar viesse do seu lado. Acredito que o CHEGA votaria pela aprovação ao seu lado. E a segunda coisa que o faria subir uns pontos na minha consideração, seria a nomeação de um ministro que apostasse em combater a burocracia a sério, pois é daí que nascem os maiores casos de corrupção com que nos temos debatido.

O PR Marcelo nunca acreditou nas capacidades do Montenegro (parece que estudou pela mesma cartilha que eu) e disse-o abertamente, terá agora que corrigir o seu discurso para o encarregar de formar governo, ou tudo soará a falso. Vou ficar atento a esse pormenor e voltarei ao assunto se a coisa se justificar.

Na revisão da Justiça que espero venha a acontecer, há um pedido que vou fazer ao presidente do CHEGA e é o seguinte: - sempre que um réu seja condenado a pena de prisão efectiva deve transitar do tribunal para a prisão, imediatamente. E se o advogado de defesa decidir interpor recurso da decisão do juiz, o réu deve esperar, pacientemente, na prisão pela decisão do juiz do recurso. Acredito que assim se evitaria o grande problema (criado pelos advogados e por quem tem dinheiro para lhes pagar) da prescrição dos crimes que hoje acontece, veja-se o caso do Sócrates, como um exemplo bem carismático.

E por aqui me fico, em breve se seguirão as cenas dos próximos capítulos!!!


domingo, 10 de março de 2024

Decisão difícil!

 

Esta sondagem (que vale o que vale, talvez seja pouco confiável) deixou-me numa situação difícil. Não quero votar no PS nem na AD, decidi votar num dos partidos que sirva para desempatar as coisas, na hora de ver quem se alia com quem. Mas (há sempre um mas a complicar as coisas) se escolho o BE, Livre ou CDU posso entregar o comando ao Pedro Nuno, coisa que não quero, pois de governos do PS já tivemos que chegasse e sobrasse. Por outro lado, se escolho a IL vai o Montenegro, personalidade que detesto, receber das mão do nosso PR o ceptro do poder, o que não me agrada nada.

No meio desta confusão de alianças que se adivinham no horizonte próximo, o destino está a empurrar-me para o André Ventura. E talvez eu escolha ir por aí, representando o meu voto um grito de protesto contra os governos alternados do PS e AD que não nos levaram por bons caminhos, nos últimos 50 anos. Excluindo o curto reinado do Camarada Vasco, auxiliado pelo Dr. Cunhal e pelo Capitão Otelo, foi sempre a alternar entre os outros dois, ora o PS de Soares, Guterres, Sócrates e Costa, ora os da direita com Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Freitas do Amaral, Cavaco e Passos Coelho (entre outros menos importantes).

E, logo à noite, quando se começarem a conhecer os números finais, muita gente vai chorar e muitos outros se vão rir, mas de partir o coco mesmo, vai ser o Ventura, se os da esquerda ganharem e a direita precisar dele para chegar ao poder (que é o que eles mais querem). O Montenegro diz que não governa se não ganhar e que nem morto se alia ao Chega, mas ele não manda só, há outros dentro da AD que aceitam governar em qualquer situação e que darão a mão ao Chega se isso lhes abrir o caminho para o primeiro lugar do pódio.

Para castigar o PS pelos seu muitos erros, eu preferia um governo à direita, mas sem o Montenegro, pois com ele nem para o céu eu gostaria de ir!

sábado, 9 de março de 2024

Pelas 10 horas da noite ...!

 ... completarei os 80 anos que levo neste planeta cada vez mais poluído. Nunca soube a hora ao certo, se perguntava à minha mãe ela respondia que foi de noite. Bem, no último mês de inverno, é noite a partir das 7 horas, por isso decidi que às 10 horas é uma boa escolha. Não tenho ninguém para me contrariar e assim sinto-me feliz. O meu lema de vida sempre foi "não fazer nada contra-vontade", mas quando o não conseguires evitar ... cara alegre. Como canta aquela cantora do pisca-pisca, "aceita que dói menos".


A vida é um carrocel, ora vai a subir, ora vem a descer, tanto estás lá no alto, como estás no ponto mais baixo a que se consegue descer. Nada de anormal, é assim mesmo que as coisas acontecem. Comigo, contigo e com toda a gente, portanto ... cara alegre e siga o baile!

Completei os 21 anos, em Lourenço Marques, pouco antes de embarcar no Infante D. Henrique de regresso a Lisboa, onde cheguei a 11 de Abril. Como bom marujo, a minha primeira visita foi ao Bairro Alto e lá comprei o casaco, a camisa e a gravata que vêem nesta imagem. O emblema dos fuzileiros que levo na lapela foi comprado na Rua de S. Domingos, numa lojinha especializada que todo o militar conhece, pois ali pode comprar divisas e galões, assim como qualquer medalha (de bom ou mau comportamento) ou emblema.

Alguns meses depois voltei para Moçambique e o casaco passou à história, não me lembro do que lhe aconteceu, mas com o calor moçambicano, o máximo que se tolerava era uma balalaica de manga curta. E a gravata - que era uma daquelas tipo ió-ió - deve ter ido parar ao caixote do lixo, com toda a certeza. Mas o rapaz da foto manteve-se o mesmo, em casaco, camisa ou tronco nu, estava sempre afinado para a borga.

Feliz aniversário para mim que, dentro da pele toda engelhada, continua a ser o mesmo de 1965!

sexta-feira, 8 de março de 2024

Versos de outrem!

A minha homenagem a todas as mulheres que passaram pela minha vida!

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

(De: Machado de Assis)

Eu e o malfadado Benfica!

 Alguma bruxa me viu, diz-se na minha terra, quando as coisas correm ao contrário dos nossos desejos. Deve ser por isso que o Benfica, o "Glorioso SLB" não sai da cepa torta, nesta época de 2023/2024. Será por culpa do treinador, dos jogadores, do presidente, ou é apenas a má sorte que nos veio empecer a vida? Começo a pensar que é um pouco de tudo. E se a culpa for dos jogadores, o que é fácil acontecer, será preciso estabelecer uma regra que não lhes permita ficar no clube mais de 3 anos. E porquê? Porque ao fim de 3 anos eles se tornam em «Vacas Sagradas» e já não se esforçam como convém a uma equipa que quer ganhar sempre.

Ontem, depois do jogo que não ganhámos e me deixou para lá de mal-disposto, ainda recebemos a notícia do falecimento de um grande benfiquista, o Minervino Pietra, que dedicou a sua vida ao Benfica. Chegou em 1976, com 22 anos de idade, e abandonou o clube ontem, aos 70 anos, por motivos de força maior, porque a morte não aceita desculpas, bate à porta e diz: - chegou a tua hora, acompanha-me!

Um rapaz à minha beira! Nasceu 10 anos depois de mim e eu, embora muito gasto, ainda não me considero um velho. Velho è quando a gente já não dá uma para a caixa e se torna dependente de outrem para as mais pequenas coisas. Ou porque não vê, ou porque não ouve, ou porque não anda, precisa dos olhos, dos ouvidos e das forças de alguém que o possa ajudar, esse sim é um velho em fim de vida.


Como na idade em que eu estou se sentem grandes saudades de melhores tempos que já vivemos, em especial da juventude que ficou lá muito longe (ia a escrever perdida, mas perdida não foi, vivi-a com todas as forças do meu ser), entre as brumas do passado, vou deixar-vos aqui uma foto que tirei, em Nampula, aquando do meu 22º aniversário. E podem começar a preparar as as frases relativas a parabéns que amanhã me serão devidas!

quinta-feira, 7 de março de 2024

Bisbilhotar!

 

Andei a espreitar o que fazem aqueles que me visitam e por onde andam, pois de anónimos não quero saber. Sou como os americanos ou os russos que andam sempre a espreitar o que o outro faz para ser serem apanhados de surpresa. Mas acredito que conseguem ver mais do que eu, pois só com uma bolinha cor de rosa não ficariam a saber grande coisa.

Há um filho da minha escola que mora na costa oeste do Canadá e lá aparece a bolinha para me lembrar isso. Ele desertou da Marinha, teve que completar o tempo de tropa no Exército, foi para a pesca do bacalhau, casou lá (não sei se com uma portuguesa ou americana) e por lá ficou até hoje. Em 2010, veio até cá para confraternizar connosco, prometeu que voltaria no ano seguinte, mas nunca mais o vi. Faz-me lembrar os nossos políticos que andam aí pelas ruas a prometer tudo e mais alguma coisa, mas não têm a menor intenção de cumprir o que dizem.

Também fiquei de olhos arregalados ao ver a quantidade de gente que vive nas estepes russas e se dão ao trabalho de vir até mim para saber o que eu escrevo. Será que são portugueses, que falam português, ou são motivados por outra coisa qualquer?

E não posso esquecer-me do camarada da Marinha que mora em Sidney, cuja bolinha aparece ali a brilhar, como uma estrela em céu escuro!

A Praça 7 de Março!

Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.

Quem passou por Lourenço Marques sabe o significado disto

Há dias, se bem se lembram, eu mencionei a Praça 7 de Março, em Lourenço Marques, onde a minha namorada sul-africana me fez uma bela surpresa. Hoje, vivemos nessa data e eu quis saber de onde teria surgido o nome da tal praça que ficava no extremo sul da Rua Araújo. Tudo o que encontrei foi o «Édito de Constantino» que data do Século III da nossa Era, mais precisamente, em 7 de Março do ano da graça de 321. Será esse o motivo pelo qual a praça foi baptisada? Desconfio que não, mas não tendo encontrado outra razão dou um viva ao dia do Sol.

Em contraste, não esquecer que vivemos no hemisfério oposto, hoje não se avista o sol, temos um dia sem sol e com frio e chuva. Saudoso Lourenço Marques, capital do Império Português onde me fiz homem. Foi ali que, em 9 de Março de 1965, comemorei o meu 21º aniversário e me tornei membro da sociedade socialmente responsável. Até essa data, respondia por mim o meu pai e na falta dele o meu comandante de Companhia, a 2 de Fuzileiros, única até então, naquela nossa Província Ultramarina. O Salazar determinou que assim se chamasse para podermos afirmar, perante o mundo, que o nosso Império ia do Minho até Timor.

Em 1970, morreu o ditador português (e também a minha muito querida avó Maria) e todos esses sonhos imperialistas seriam apagados da nossa mente com o fim da Guerra Colonial e a entrega das nossas colónias aos comunas negros que eram apoiados pelos comunas brancos de Moscovo e Pequim. O nosso império mede-se agora em largura, de Badajoz até à ilha mais ocidental do arquipélago dos Açores a das Flores.

1957 Iniciaram-se há 66 anos as emissões regulares da RTP, nos antigos Estúdios do Lumiar, em Lisboa. No mesmo dia, mas em 1980, sob a presidência de Soares Louro (1933-2007), a RTP começou as emissões a cores, com a transmissão do Festival da Canção.

Por curiosidade, acrescentei esta outra efeméride que é importante para nós (pequenos lusitos), mas que acredito eu, nada tinha a ver com Moçambique e a cidade de Lourenço Marques. Uma última nota que quero aqui deixar como uma pista para quem quiser completar estas minhas notas, é o nome de Joaquim Araújo, fundador da cidade de Lourenço Marques, que deu o nome à rua que une a Praça Mac-Mahon à Praça 7 de Março. Quem sabe se o nome da praça está ou não relacionado com esta personalidade ou algum evento com ele relacionado.

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terça-feira, 5 de março de 2024

Cantadores da Aldeia Nova de São Bento!


Como ainda não posso abusar dos meus olhos, tomem lá uma musiquinha de um dos actuais e melhores cantadores do nosso país!

domingo, 3 de março de 2024

Arriscando um pouco!

 Porquê e para quê?

Para vos fazer uma visita que estou cheio de estar sozinho!

Como estamos mergulhados a fundo numa campanha eleitoral que nos vai trazer mais dores de cabeça do que soluções para o nosso problema, lembrei-me de conferir um pouco quem foi que nos governou, ou desgovernou, nos últimos anos, pois ouço tantas informações contraditórias que preciso de tirar isso a limpo. Ainda, ontem, o António Costa se gabava de ter post a dívida pública a andar para trás, desde que recebeu o governo das mãos do PPC, em 2015. O Sócrates fê-la subir em flecha da casa dos 90% para 114% (do PIB) e o PPC manteve o mesmo ritmo de crescimento, até ultrapassar os 130%. E parece que agora anda pelos 98% e já recebemos uma notação positiva das casas de controlo do rating das dívidas soberanas, um belo A-, muito melhor que todos os B´s dos anos pós-troika.

Esse é um grande trunfo para o Costa, temos que reconhecer. Mas a que preço conseguiu ele esse milagre? Deixando ir tudo à ruina, não há uma única parcela da sua governação que escape a este desastre. O seu primeiro ministro das finanças foi o Centeno que ficou famoso pelas suas cativações. Para quem não sabe o que isso é, são as verbas orçamentadas para cada um dos ministérios e que, à custa de muita discussão, foram incluidas no Orçamento de Estado e que ele se recusou a libertar, quando chegava o tempo de as gastar. Depois dele veio o João Leão e mais tarde o Medina e todos seguiram a mesma linha, reter o dinheiro para apresentar contas certas. Grande erro, pois contas certas seria seguir à risca o que a Lei do Orçamento de Estado estipulava e não reter o dinheiro com a desculpa de reduzir a dívida pública para poupar nos juros. Numa altura em que os juros vieram para baixo de "0", foi a política mais errada que podiam ter adoptado (digo eu que sou um leigo em Economia).

A seguir, deixo-vos uma lista de quem nos governou, nestes 50 anos de "grande" democracia (o poder nas mãos do povo), em que os partidos fizeram tudo o que lhes deu na real gana e se estiveram a marimbar para o povo, para os seu direitos constitucionais e para as suas necessidades mais básicas. Começo da frente para trás que é mais fácil de entender.

António Costa (2015 a 2024) - Nem preciso de repetir o que já disse acima, de cativação em cativação deixou ir tudo à ruína, não há um único ministério em que se veja uma evolução para melhor. Salários, educação, saúde, justiça, habitação, nenhum teve evolução positiva. E a prova viva de tudo isso é que há cada vez mais pobres e os ricos, particulares e empresas, estão muito mais ricos que em 2015.

Pedro Passos Coelho (2011 a 2015) - Com a grande desculpa que foi a troika a estabelecer as regras, cortou a direito em tudo que eram direitos adquiridos dos seus governados e, em alguns casos, gabar-se de ter ido além da troika, ou seja, cortar ainda mais do que a troika tinha exigido que se cortasse para parar o aumento da dívida, coisa que mesmo assim, com cortes radicais e a criação de uma sobretaxa que massacrou os ganhos da classe média, não conseguiu. Mau período de governação da direita que, em altura de eleições, o povo não deve esquecer.

José Sócrates (2005 a 2011) - Depois de tudo o que sabemos, através do Processo «Operação Marquês» pouco tenho acrescentar. Mas há uma coisa que vai caindo no esquecimento e ainda é o maior de todos assaltos ao dinheiro público, é o caso do BPN que foi nacionalizado por este "grande" político e nos custou cerca de 10 mil milhões de euros que ao câmbio de hoje, daria mais de 15 mil milhões. O seu forte era lança obras públicas, cujos orçamentos era multiplicados por 1,5 para ter dinheiro para pagar todo o tipo de cunhas, apoio ao PS e encher a sua conta na Suíça. Dívida pública a subir 30% no seu período de governação.

Santana Lopes (2004 a 2005) - Ficou com o lugar do Durão Barroso que fugiu para Bruxelas para ganhar direito a uma reforma de 20 mil euros mensais, mas pouco durou a sua governação, pois o Presidente Sampaio dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições.

Durão Barroso (2002 a 2004) - Limitou-se a prosseguir as políticas do seu antecessor, ovelha do mesmo rebanho, e pouco há a dizer do seu tempo de governação. Basta dizer que já tinha feito parte dos dois governos chefiados por Cavaco Silva e seguiu a mesma linha de pensamento do seu ex-chefe. Sobre ele, o mais curioso que se pode referir é que viajou da extrema-esquerda até à direita, em poucos anos. Foi presidente do MRPP, no período pós-revolução e acabou no PSD. Falta de vergonha é o mínimo que se pode dizer deste oportunista que conseguiu chegar até Bruxelas e ser o Presidente da Comissão Europeia. E mais posso acrescentar que, além da coruda reforma de Bruxelas, ele continua a trabalhar como Presidente não executivo do Banco Goldman Sachs International. Um bom lacrau!

António Guterres (1995 a 2002) - Suceder a um governa da direita nem sempre é tarefa fácil. Os portugueses esperavam grandes mudanças, mas elas não vieram co este Primeiro Ministro. Completou uma legislatura e ganhou as eleições seguintes, continuando como Primeiro Ministro, mas não conseguir imprimir força à mudança que o país precisava  e, com a desculpa que tínhamos caído num pântano, abandonou o governo. Eu já não me lembro bem desse tempo, mas acredito que foi o facto de governar em minoria e não conseguir que o Parlamento aprovasse as leis que ele propunha que o fez afirmar que vivíamos num pântano de onde nunca conseguiríamos sair. E, bateu com a porta, indo pregar para outra freguesia. 

Cavaco Silva (1985 a 1995) - Fez tantas asneiras que é difícil escolher qual delas a mais nefasta para o nossa Economia. Se me perguntarem, eu digo que foi a criação do «monstro público», quando decidiu aumentar os salários da função pública de tal maneira que quase obrigou a um colapso das contas públicas. Foi salvo pelo dinheiro de Bruxelas que começou a fluir, como uma fonte inesgotável, para a modernização do país e aproximação à Europa que ia muitas milha à nossa frente (culpa ainda da velha múmia de Santa Comba Dão que nos queria manter longe dos luxos da Europa que no pós-guerra caminhava em passo acelerado para um merecido desenvolvimento. Com o dinheiro a entrar a rodos, pagou para abater a nossa frota pesqueira, pagou para matar a agricultura que fazia sombra à França, à Espanha, à Holanda e Dinamarca, para mencionar apenas alguns. Pagou aos produtores de leite para mandar as vacas para abate, porque havia excesso de leite, na União, e alguns anos mais tarde, voltou a pagar a quem investisse na produção de leite, que se mantém até hoje, com preços de miséria, como todos sabemos. Pensem nisto, aqueles que, no próximo domingo, quiserem votar na AD.

Mário Soares (1983 a 1985) - Dois anos de governação socialista, depois de vários governos em que os PM eram substituídos com a mesma frequência com que mudamos de camisa. Já antes tinha encabeçado um governo socialista (1976 a 1978) e depois desse foi a direita quem governou com nomes como Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Nobre da Costa, Mota Pinto e ainda a M.L.Pintassilgo que já não recordo se era socialista ou da mesma área do PSD. O que importa aqui dizer, é que o Dr. Mário Soares queria ver os comunistas de Álvaro Cunhal longe do governo, pois eles destruíam tudo em que tocavam - assim ocorreu a primeira chamada da troika, durante o seu governo, para nos salvar da bancarrota, mas também não queria que a direita de Sá Carneiro e Freitas do Amaral tomassem as rédeas da coisa. Não teve essa sorte, pois nas eleições de 1985, o PSD derrotou-o, pondo Cavaco à frente dos nossos destinos. 

E termino aqui, pois não tenho olhos para mais, ainda não fez 48 horas que saí do bloco operatório do Hospital Pedro Hispano!

sexta-feira, 1 de março de 2024

O Raio Lazer!

 

Até pareço eu!!!

Encontrei esta foto na net e fiquei espantado com a semelhança, se me disserem que sou eu, acredito, parece que estou a ver-me ao espelho (há alguns anos, pois agora além de poucos pelos estão cobertos de neve)!
Hoje, daqui a poucas horas, tenho que me pôr a caminho para o hospital e aturar uma cambada de enfermeiras que me picam por todo o lado e umas médicas que me vão apontar o raio lazer. E, espero eu, com boa pontaria para me ver livre da catarata que me oculta as letras em que eu quero teclar para chegar até vós, meus queridos leitores (e leitoras, como diria o Louçã).
As palavras homófonas pregam-nos algumas rasteiras e quem não estiver bem atento pode ir parar a um concerto dos GNR, em vez de ir ao conserto aos olhos, no hospital, como tenho que fazer eu, neste dia 1 de Março, mês do meu (mui aguardado) aniversário. Depois dos 50 fazem-se as contas de 10 em 10 anos, tipo, cheguei aos 50, veremos se chegarei aos 60. E eu estou mortinho por fazer o mesmo, dizendo coma maior convicção, cheguei aos 80, quero ultrapassar os 90, tal e qual como fizeram os meus antepassados mais chegados.
 Não se admirem se eu amanhã não aparecer por aqui, pois durante uns dias os olhos não darão para isso, mas depois eu prometo descontar o perdido. Ao escrever isto lembrei-me da minha avó Maria que, a cada passo dizia isto, para descontar o perdido! E por falar nela, refiro que foi a minha antepassada que morreu mais nova, aos 80 anos, ceifada pelo muito famoso cancro da mama. O que ela sofreu com essa doença!
E mais não digo, tenham todos um bom fim de semana e desejem-me sorte!

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Ser centenário aos 25 anos!

De quatro em quatro anos, o calendário ganha um dia a mais no fim de fevereiro. É o chamado ano bissexto, uma estratégia matemática para dar uma finalidade as 5 horas, 48 minutos e 47,5 segundos que sobram a cada ano solar – um problema para quem nasceu neste dia peculiar e faz aniversário só a cada quatro anos. Mas, neste ano, os nascidos em 29 de fevereiro têm a chance de comemorar, hoje, o aniversário na data exata. Na ausência dela, os aniversariantes têm de dividir os festejos entre os dias 28 e 1.º de março ou, simplesmente, deixar passar em branco.

Olha ela toda risonha por ter só 11 anos

Para mim, foi durante muitos anos, um dia em que trabalhei de borla para o patrão. Mas ainda me lembro, no meu primeiro emprego, depois de abandonar a vida de estudante, de receber o salário por semana e aí o dia 29 era igualzinho aos outros. Nesse meu emprego trabalhava das 08.00 às 18.00, de segunda a sexta, e no sábado das 08.00 às 11.00 horas. Assim se completava o horário de 48 horas semanais que vigorou até depois do 25 de Abril. E antes de acabar o serviço, ao sábado, lá aparecia o pagador com um carrinho em que trazia o dinheiro que ia entregando a cada um, colocando um visto, à frente do nome, na lista que trazia consigo.

Para saber se um ano é bissexto ou não basta dividir por 4 o número formado pelos dois últimos algarismos do ano em causa. Se der resto zero é bissexto. Exremplo: 2023 tirando os 2 primeiros dígitos fica 23 que dividido por 4 dá  5 e um resto de 3, significando que falta um ano para chegar ao bissexto).

Contas à parte, dou os parabéns a todo e qualquer um que teve a sorte (ou azar) de nascer neste dia !!!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Lenga-lenga!

 30 dias tem Novembro
Abril, Junho e Setembro
De 28 só há um
E os mais de 31

Lá diz o velho ditado
não há regra sem excepção
E eu sinto-me enganado
A dar mais um dia ao patrão

Sim, é bissexto este ano
E Fevereiro tem mais 1 dia
É assim não há engano
Trabalha o Manel e a Maria

Esta vida é tramada
Fica a ganhar o patrão
E sem lhe custar nada
Até aumenta a produção

Poeta eu não sou nem serei
Mas quadras gosto de fazer
Na prosa é que me sinto rei
E nunca paro de escrever

A rima não me faz falta
A métrica, que é isso?
E o que agrada à malta
É pão, vinho e chouriço

Desculpem lá este bocadinho, tinha o computador lidado e parecia-me mal desligá-lo sem falar com ele um pouquinho. Isto até rimou, mas não era essa a minha intenção, desejo-vos a todos um bom dia e não se esqueçam de ir trabalhar amanhã.
Beijos e abraços para quem estiver interessado!!!