sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Oh, Benfica do meu coração!


Com a expulsão de um defesa do Porto, logo no princípio do jogo, pensei que iria ser uma barrigada de golos e um resultado para ficar na história, mas nada disso aconteceu. O Benfica ganhou mas jogou mal para cralh!!! Aproveitaram-se uns 15 minutos da segunda parte e os 3 pontos que podem representar a conquista do título, tudo o resto foi uma grande chachada.

O Porto foi muito mais organizadinho, mais combativo, e podia ter-nos dado um desgosto. O melhor remate de todo o jogo foi do Pepê que o nosso guarda-redes teve a sorte de defender. O Taremi ainda deu dois mergulhos, mas o árbitro não alinhou na golpada e mandou-o levantar-se.

Se o Glorioso continuar assim, a não mostrar mais habilidade, vai ser difícil ser campeão. As equipas pequenas estão cada vez mais agressivas e a qualquer momento podem dar um desgosto aos ditos grandes e roubar-lhes o papel principal na competição. O Benfica perdeu por 3 a 0 com o Boavista e o Braga com o Farense pelo mesmo resultado. Pela lógica das coisas isso não deveria acontecer, o Benfica investiu milhões para ter jogadores melhores no seu plantel e, portanto, devia jogar melhor que os outros. Infelizmente, não funciona assim e ás vezes os fraquitos dão água pela barba aos craques que custaram milhões.

Vamos ver como corre o jogo com o Inter de Milão e só depois disso decidirei se acredito nesta equipa ou volto ao mesmo dos anos passados, à espera de um desgosto a cada jornada.

Acabei de ver e ouvir o Sérgio Conceição na conferência de imprensa pós-jogo. Ele fez um grande esforço para não disparatar, mas no fim esteve quase a descarrilar. Ele queria atirar-se à arbitragem, mas pensando melhor deixou isso para futuras oportunidades que não hão-de faltar.

Efemérides!


 Ontem, foi quinta-feira, dia 28 de Setembro, um dia especial para eu recordar por diversas razões. Por volta das 11.30 horas, parti para Barcelos, não para ir à feira, como tantas vezes faço, mas para ir almoçar com a minha nova nora (o meu filho voltou a casar, 20 anos depois de o ter feito pela primeira vez e que não deu certo) que ali trabalha e ao jantar não estaria disponível para cantar os parabéns.

Para além do aniversário desta minha nora, há também o aniversário da minha única neta, a Raquel, que ontem atingiu a maioridade e vai passar a guiar-se pela sua própria cabeça assumindo a responsabilidade pelos seus actos. Ela é estudante do Ensino Superior e mora um pouco longe de mim, pelo que não tive oportunidades de lhe cantar os parabéns.

Ontem, completaria 85 anos o sargento Moisés, meu camarada da CF8, mas como sabem morreu há alguns dias apenas, não quis o destino que ele chegasse aos 85 e riscou-o do mapa com uns dias de antecedência. O Facebook avisou-me do aniversário e eu aproveitei para enviar uma mensagem, ao cuidado do S. Pedro, mas duvido que chegue até ele.

Ao chegar a casa, recebi a notícia de que falecera a viúva do meu primo mais velho, ele já falecido há para aí uns 20 anos levado pela Diabetes que a seguir a ele levou todos os irmãos, vítimas da mesma doença. A minha tia teve um grande rancho de filhos, sendo a mais velha uma menina que nasceu quando ela tinha apenas 16 anos. Depois dela veio esse meu primo que ontem recebeu a visita da sua mulher, ao fim de tantos anos à espera dela. Pensando nisso, agora, os irmão morreram todos com a Diabetes, por volta dos 60 anos, mas as suas irmãs não sofreram dessa enfermidade. Exceptuando uma que explodiu numa fábrica de foguetes, todas as outras morreram de cancro.

Mas as más notícias não acabaram aí, durante a noite, não me disseram se antes da meia noite ou depois, morreu a esposa de um grande amigo meu e colega de trabalho, durante uma vida inteira. Ele era alfaiate de profissão e ao regressar de África, depois de cumprida a respectiva comissão, foi pedir emprego à empresa em que eu trabalhava e lá ficou o tempo todo, até à reforma, a dele e a minha. Em 1973, tinha eu comprado um pequeno carrito, um Fiat 850, para arrumara a minha mota (uma antiga BSA que fazia mais barulho do que andava) que me fazia chegar ao emprego todo despenteado. De fato e gravata e de mota também não combinava muito bem.

Nas férias de verão desse ano convidei o João (é esse o nome do mais recente viúvo que conheço) e a sua mulher (agora falecida) para darem uma volta comigo e a minha cara metade e testar as minhas habilidades como condutor e cicerone. Já tinham decorrido 5 anos, desde que abandonara a Briosa, mas não tinha ainda tido oportunidade de gozar umas férias e oferecer às duas senhoras uma oportunidade de esquecerem as fraldas e as papas dos seus filhos - cada uma tinha um casal - que era a preocupação do seu dia-a-dia. Acabámos por dar uma volta grande, só regressámos a casa uma semana depois. Agora, foi ela de viagem sozinha e deixou-nos aos 3 a pensar nela.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

A cabaça e o cabaço!

Sempre me questionei se a palavra cabaço, muito ouvida em Moçambique, seria o masculino de cabaça. Cabaça era muito usada na minha infância para transportar vinho ou aguardente, raramente água, para os trabalhadores que labutavam nos campos agrícolas. Antigamente, bastava dizer campos para se saber a que nos referíamos, agora podem ser de futebol, de ténis ou até de aviação. Por isso eu disse agrícolas para perceberem a que trabalhadores me refiro.

Nesse tempo, antes de a guerra vir desgraçar tudo, para um pai moçambicano era uma alegria ter filhas, quantas mais melhor. E porquê, perguntarão vocês, aqueles que nunca puseram um pé em África? Porque as raparigas negras, a partir dos 15 anos, estão mais que prontas para  a vida sexual e começam a ficar debaixo de olho daqueles que são candidatos ao casamento. Em termos modernos deveria dizer "união de facto", pois casamento não havia mesmo.

Sempre que um pretendente queria uma dessas catraias dirigia-se ao pai e discutia com ele o preço a pagar para lhe levar a filha. Nos meus tempos iniciais, em Moçambique, lembro-me de ouvir dizer que o preço de um cabaço - dizia-se assim se a miúda fosse virgem, o que era atestado por uma das velhotas da família (ou tribo) - andava à volta de mil escudos, um barril de 100 litros de vinho e um cabrito de 10 kilos. Os preços variavam um pouco, conforme a beleza da catraia e o número de pretendentes que abordava o seu pai. Vender logo à primeira era mau negócio e um pai experiente nunca ia nisso. Deixava ir o primeiro e até o segundo com a desculpa que a filha ainda era nova demais para ser "vendida". Se o pretendente voltasse à carga, os mil escudos já se tinham transformado em mil e quinhentos.

E nesse negócio havia uma regra que era discutida e aceite sem problema pelo pai. Se a sua filha fosse infiel ao marido, poderia ser devolvida ao pai e ele teria que devolver o dinheiro que recebeu. O vinho e o cabrito não, pois isso tinha servido para festejar o casamento, todos comeram e beberam à custa da noiva, desejando-lhe as maiores felicidades e se algo deu errado não foi culpa do pai.

As mulheres, cujo casamento não dava certo, regressavam a casa do pai. Quando era o homem a desfazer o casamento não havia lugar a indemnização e o pai podia vender a filha de novo, se lhe aparecesse um pretendente. Nesta caso, o preço era reduzido para metade, o que se compreende, pois se tratava de mercadoria em segunda mão.

Durante a guerra, dita colonial, a população masculina disparou, foram da Metrópole para lá muitos batalhões do Exército, muitos fuzileiros, paraquedistas, polícias, etc.. E como eram raros os que levavam as mulheres consigo - era um privilégio para oficiais e alguns sargentos apenas - havia que procurar uma da população local que lhe tomasse o lugar. Só que era difícil arranjar um cabaço e aproveitavam o que havia pelo melhor preço que conseguiam negociar. Conheci um par de camaradas fuzileiros que foram por esse caminho e no fim da comissão foram entregar a filha ao pai.

 


E voltando à cabaça de que falei no início deste texto, ela é uma espécie de abóbora defeituosa que forma um pescoço na parte que fica junto ao pé. Há quem tente modelá-las, enquanto são ainda pequenas, apertando-lhe o "pescoço" para que não alargue naquele ponto. A minha avó enchia-a com água-pé e levava-a para a horta, quando o trabalho era mais demorado ou mais pesado. De quando em vez, parava, limpava o suor da testa e bebia um trago da cabaça, antes de voltar para a enxada e continuar a tarefa que se tinha imposto. Não havia homem em casa, os trabalhos mais pesados ficavam para ela. Quando eu nasci, já ela levava 54 anos de vida e trabalhava como uma escrava. E eu? Eu ajudava no que podia com as minhas fracas forças de rapaz de menos de 10 anos de vida!

A cabaça da minha avó não era enfeitada como esta.
Andava pelo chão da horta e cumpria a sua missão.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Trepar!

 Cada Língua tem os seus segredos e os brasileiros dão ao verbo trepar outro significado que não aquele que tenho na ideia, neste preciso momento!


O Benfica começou a trepar na classificação e já atingiu o segundo lugar. Se o Sporting ganhar, logo à noite, lá teremos que descer um lugar e ficaremos empatados com o Boavista - que nos derrotou na 1ª Jornada - com 13 pontos. Mas a subida é a pulso e se Deus quiser e o diabo deixar continuaremos a trepar até chegar ao cimo da montanha.

Já no próximo fim de semana, será o jogo que poderá determinar se é o Porto ou o Benfica que dará um passo de gigante a caminho do título. Se não houver empate estão em jogo 6 pontos, ou o Porto fica à nossa frente 4 pontos, ou o Benfica com apenas 2 de avanço.

Mas, como diz um amigo que todos conhecemos, o campeonato é uma grande maratona e ainda mal comçámos a corrida. Logo se verá quem tem mais pernas. Nós temos melhor equipa que eles, é um facto, mas eles são muito mais eficientes a jogar fora das 4 linhas. Arranjam sempre estratagemas para levar a água ao seu moinho. E assim vai continuar, enquanto o Pintinho se mantiver ao comando e for "oleando" as estruturas do futebol como o tem feito, nos últimos 40 anos.

Ontem, o Benfica jogou muito bem, na primeira parte, depois foi-se um bocado abaixo com as substituições feitas e as mudanças de posição de alguns jogadores, mas voltou a melhorar com o andar do cronómetro. O Bah e o Musa saíram com queixas musculares e espero recuperem para o próximo jogo. E o Neres faz sempre falta na equipa, fez um golo e uma assistência que era meio golo cantado. Espero que o treinador ache uma lugar para ele jogar mais vezes, antes que desanime e tenha que ir embora também, como foi o Odysseas.

E na Liga dos Campeões veremos como corre a próxima jornada, ainda é cedo para fazer vaticínios.

Carrega Benfica !!! 

sábado, 23 de setembro de 2023

E se houver um bis?

 


Logo à noite, o meu Gil vai jogar ao Dragão. Lembram-se de qual foi o resultado da última época? Precavido, o FCP levou-me o Fran Navarro para evitar o risco de perder de novo.

O Porto tem um plantel mais valioso que o Gil, mas nunca se sabe, eu vou esperar até logo, por volta das 22.30 horas volto aqui para fazer o rescaldo do que tiver acontecido.

--------------------------

E depois do embate entre galos e dragões ...

Aos 90 minutos, o Gil tinha um empate garantido, mas o jogo só acaba quando o árbitro apita e aponta para o balneário. E nesses 5 ou 6 minutos restantes lá pareceu o golo do Porto para aliviar a tensão do seu treinador que estava a deitar fumo pelas ventas. Pena que o meu clube não tenha segurado o empate, pois seria para mim uma alegria e por 3 razões. Em primeiro lugar garantia um ponto para o Gil e cada ponto amealhado é um passo no caminho do sucesso. Em segundo lugar porque travaria a caminhada do nosso (do Benfica) mais ferrenho adversário. E em terceiro e último lugar porque me daria a possibilidade de estudar o comportamento do Sérgio Conceição que nestas circunstâncias perde o controlo do seu sistema nervoso e arma um circo que é um gosto ver. Desde que ele voltou às conferências de imprensa tem sido só risos e chalaças e estou curioso para ver tempo isso vai durar.

Os comentadores da nossa praça apontam o facto de mais uma vez o Porto só ter conseguido garantir a vitória depois dos 90 minutos, o que para eles é sinónimo de pior qualidade do jogo dos dragões. Que Deus os ouça, é o que eu peço, pois para o Benfica ser campeão os outros têm que jogar pior, ou pelo menos ter piores resultados.

Mas, por outro lado, também o Benfica tem que fazer a sua parte e fazer por recuperar o atraso provocado pelo derrota com as panteras. E depois de recuperar o atraso manter-se na frente da corrida, o que sabemos todos que não é coisa fácil de conseguir. Isto é como diz o ditado, grão a grão enche a galinha o papo e amanhã à noite logo veremos se as águias têm fôlego para voar!

Carrega Benfica !!!

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

O porquê das coisas!


Ontem, foi dia de ir ao barbeiro. O Vitor, assim se chama o dono do negócio que mantém aquilo aberto com a ajuda da filha - mais velha que já deixou cá, com menos de um anos de vida, quando partiu para Moçambque - e do filho.

Dá-se a coincidência de ele ter andado na Guerra Colonial e ter percorrido os mesmos caminhos que eu, embora em tempos mais recentes. E, quando me sento na cadeira, é certo e sabido que temos que falar de Metangula, de Nova Coimbra, de Meponda, do Catur, de Belém e Nova Freixo, lugares por onde ele passou e que me são familiares. Eu passei por lá, como uma rajada de vento, ele amargou por ali uma comissáo inteira de 24 meses, ou perto disso. Excepção feita a Metangula, onde foi ele que passou, em cima de uma Berliet, a caminho de Nova Coimbra, e eu vivi durante um ano e meio.

Tenho que procurar algo que me lembre de não ter sido mencionado na minha visita anterior, senão a conversa parece um disco riscado em que a agulha não consegue ultrapassar o risco e fica a martelar na mesma tecla, até ser desligado. Valha-me a minha boa memória que ainda funciona como um relógio suíço.

Ele já era barbeiro, quando foi chamado para a tropa, aprendeu em casa com o pai que era o barbeiro do nosso bairro, deve ter escapado de muitas saídas para o mato com a desculpa que fazia falta no quartel para aparar os cabelos e barbas de toda aquela gente. Cada batalhão tinha 4 companhias, 3 de atiradores e uma de comando e serviços. Normalmente, barbeiros, escritas, corneteiros e outros que tais ficavam na CCS para facilitar as coisas. Ele começou a comissão na zona de Nova Freixo, onde a actividade guerrilheira era pouca ou nenhuma, foi até Nova Coimbra, onde passou 6 meses, e regressou de novo à zona anterior, Catur, Nova Freixo e Massangulo, onde estava estacionado o seu batalhão.

No meu tempo, a estação do Catur era o «Fim da Linha» que vinha de Nacala e parava ali até que houvesse dinheiro disponível para a prolongar mais para norte, a caminho do Lago. Para facilitar o movimento das tropas o Salazar lá arranjou uns cobres extras e começou a assentar carris, até Vila Cabral, onde chegou em 1969. Como o Vitor ainda não tinha chegado a Moçambique, nessa altura, escolhi o assunto para a minha visita de ontem.

Locomotivas com um rebenta-minas à frente, soldados armados com metralhadoras ligeiras, instalados num furgão que seguia entalado entre os dois, emboscadas pelo caminho, granadas-foguete disparadas do meio do mato, quando o comboio passava em lugares mais quentes. De tudo isso falámos, muito embora eu pouco tenha presenciado - só por ali passei uma vez e foi sempre a andar - e o Vitor talvez tenha cortado mais cabelos que outra coisa qualquer. Não me parece que a guerra dele tenha sido muito dura.

Ainda lá vou mais uma vez, antes do Natal, e tenho que ir organizando as minhas ideias para saber do que vamos falar, nessa altura. Talvez a festa de Natal seja um bom assunto, eu passei 6 natais, em Moçambique, 2 deles em Metangula e se puxar pelas lembranças do Vitor, talvez arranjemos assunto para meia-hora de conversa. Um Natal no mato, sem o mínimo de condições para comer um bom jantar de consoada e beber uma garrafa de vinho, é coisa para lembrar. Nós, os marinheiros, não passávamos por esses apertos, em Metangula tínhamos instalações 5***** e na Machava não faltava nada, desde o bacalhau `"água-de-Lisboa"!

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Azar?

 


Azar ou incompetência!

Dos jogadores ou do treinador?

Depois de ver o Glorioso levar com 3 batatas no Boavista, já nada me admira! No ano passado, não foram a Chaves perder? Parece que com o Benfica tudo pode acontecer. E os jogadores não são bem os mesmos, o treinador é que é.

Os primeiros 15 minutos do jogo foram um verdadeiro pesadelo. Dois penalties e um cartão vermelho. Vá lá que o primeiro penalty não deu golo. Vou ficar atento para ver como corre o jogo em Salzburgo, quem sabe o Benfica vai lá ganhar?

Costuma dizer-se que isto não é como começa, mas sim como acaba. Vou esperar com toda a paciência do mundo até ao fim e então falaremos do assunto.

Abre os olhos Benfica!!!

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Falar de ouvir dizer!

 
Há pessoas que gostam de repetir coisas que ouviram dizer e a que acharam alguma graça. E não sendo especialistas no assunto metem a pata na poça e são motivo de riso. O assunto de é futebol, não poderia deixar de ser no dia em que começou a primeira jornada da Liga de Campeões 2023/2024. E é no decurso dos comentários feitos a esse respeito que apanhei uma frase que, aliás, não é a primeira vez que oiço.

O FCP foi a Hamburgo defrontar o Shaktar da Ucrânia que devido á situação de guerra que se vive no seu país é obrigado a usar uma casa alugada para receber os seus adversários. O resultado bafejou os portistas que marcaram dois golos, logo nos primeiros minutos de jogo e depois o jogo foi-se arrastando até ao fim sem mais nada que seja digno de nota. O Porto não queria e o Shaktar não podia acelerar o jogo, de modo que toda a segunda parte foi uma chachada sem grande interesse.

O Barcelona, onde agora joga o nosso conterrâneo (e reconhecido benfiquista) João Félix, recebeu o Antuérpia, equipa belga de quem nunca ouvi qualquer referência de relevo, e goleou-a por 5 bolas a 0. De duas equipas como o muito famoso Barcelona e o totalmente desconhecido Antuérpia outro resultado não seria de esperar. São boas notícias para nós, uma vez que o João Félix é um dos candidatos a ocupar o lugar do capitão Cristiano Ronaldo que não demorará muito a pendurar as botas e deixar os mais novos escrever os novos capítulos da história da nossa selecção.

Como é sabido, o avançado-centro do FCP é um mergulhador nato e dentro da grande-área adversária é vê-lo esticar-se ao comprido e tentar a sua sorte na caça ao penalty. Na verdade ele está quase curado dessa doença que na época de 2021/2022 foi a conversa diária de todos os amantes de futebol, no luso rectângulo. Chegou a haver jogos com 3 penalties escavados por este artista no mesmo jogo.

Na Liga dos Campeões a conversa é outra e os árbitros não vão na conversa dos mergulhos bem ou mal treinados no Olival, em Gaia. Hoje, em Hamburgo, o Taremi  lá se atirou para a piscina e o árbitro fez-lhe sinal para se levantar, antes que lhe mostrasse o cartão amarelo por simulação. Um dos comentadores da nossa praça, a respeito desse lance, disse que "aquilo lá pia mais fininho, não é como aqui".

Eu que passei a minha vida toda na indústria têxtil sei o que quer dizer "fiar fininho", o que só se consegue com boas máquinas e matéria prima de qualidade. Quando se usa a expressão "fiar fininho" chama-se a atenção para a dificuldade daquilo que está em questão, neste caso a arte da arbitragem que só é bem feita por quem sabe da poda. Quem não sabe do que está a falar diz "piar fininho" que tem um significado muito diferente. É a expressão usada pelos fanfarrões que a usam para intimidar os seus adversários, pia fininho que é como quem diz "baixa o tom de voz", senão puxo-te as orelhas.

Lembro-me de um treinador de futebol feito à pressa que não tinha mais que a 4ª Classe e se viu metido em trabalhos, quando virou moda fazer conferências de imprensa, antes e depois dos jogos, e ele se saiu com a expressão "isso é uma faca de dois legumes" que tinha ouvido em qualquer lado. Claro que ele não conhecia essa expressão que também se pode traduzir por "virar-se o feitiço contra o feiticeiro" e limitou-se a papaguear aquilo que tinha ouvido.

Além dos mergulhos treinados pelo Sérgio Conceição, da algaraviada do Jesus que só aprendeu o dialecto da Amadora e das patacoadas dos nossos comentadores de televisão, ainda muito hei-de ouvir. antes que o Criador me mande regressar ao sítio de onde vim. Lembra-te que és pó e ao pó hás-de tornar! 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Desculpa de mau pagador!


 No sábado houve um aniversário cá em casa e o computador ficou arrumado num canto. Pensei, cá para comigo, que um dia fora dos blogs talvez até fosse vantajoso para mim, depois do descanso começa-se com novas energias. No domingo tinha planeado ir fazer a minha horta, mas o S. Pedro trocou-me as voltas e mandou chover todo o dia. A lógica seria aproveitar para ir buscar o computador e recuperar o tempo perdido, mas não aconteceu nada disso, pelo meio arranjei sempre outras coisas para fazer e muitos jogos de futebol para assistir.

Ontem, choveu e amaciou aterra, hoje veio o sol para me dar ânimo a ir para a horta. Não vos tinha contado, mas descobri, no Facebook, um velho marinheiro, como nós costumamos dizer, um filho da escola, que é o rei das hortaliças, na zona da Apúlia. Na sexta-feira, apareceu-me à porta com um cento de pencas e outro de couves galegas. Como vocês devem saber, há um curto prazo de tempo, antes de aquilo começar a murchar e se não é plantado morre.

Pela segunda vez aconteceu que, como por artes mágicas, tudo o que tinha escrito desapareceu, sobrando apenas os dois parágrafos que podem ver acima. Isto é um problema de o auto.save estar ou não activo, mas isso não depende de mim. Acredito que falhando a ligação wi-fi durante alguns minutos o auto-save perca o controle e quando a ligação regressa não apanha tudo o que ficou para trás, vai apenas até ao ponto em que a rede falhou.

Enquanto fui escrevendo isto fiquei sempre de olho no icon do aut-save a ver se ele falhava, coisa que não aconteceu. Tenho que me habituar a fazer isso no fim de cada parágrafo e quando a rede falhar, esperar até que normalize.

Para hoje ficaram as couves galegas. No texto que desapareceu estava eu a explicar que as couves já existiam antes de Portugal aparecer e até ao rio Douro, pelo menos, era tudo Galiza, portanto não é de admirar que se chamem galegas e não portuguesas como há quem lhes chame. Pelo menos foram galegas até D. Afonso I de Portugal mandar dizer `s sua mãe que agora aqui é Portugal e até as couves teriam que passar a ser portuguesas também. Bem, cada um que lhes chame como quiser, eu que sou velho e ranzinza continuarei fiel aos galegos, meus antepassados do século XI.

Limpar a velha horta deu-me um trabalhão, já tenho pouco fôlego para essas empreitadas, mas isso já foi feito e plantei meia dúzia de pés para encarreirar o serviço. Amanhã dou conta do resto e depois farei um grande descanso, até chegar a data de semear as favas. O mais difícil de tudo vai ser tomar conta dos caracóis e lesmas que estragam mais do que comem.

sábado, 16 de setembro de 2023

Sem paciência!

 


Já não sei em que canal devo sintonizar a minha TV, os comentadores de desporto estão cada vez pior! Hoje deu-lhes para massacrar o treinador do Benfica, que não sabe fazer as substituições, que deixa rebentar os jogadores antes de os tirar de campo, que acabou o jogo à rasquinha a rezar para que o jogo acabasse, etc. e tal. Deus me dê paciência!

Na CMTV os comentadores parecem inimigos prontos a saltar ao pescoço do colega do lado. Na TVI ou CNN - nunca sabemos quando é uma ou a outra que está no ar - os comentadores primam por discordar em todas as matérias, se um diz que é branco e outro afirma a pés juntos que é preto. Na RTP3 que faz jus de ter os mais velhinhos e conceituados comentadores, alguns dizem ter convivido com o Artur Agostinho, atacam tudo e todos, hoje deu-lhes para bater no Roger Schmidt.

E tudo porque ele disse, na antevisão do jogo, que não vive para rodar jogadores, mas sim para garantir os 3 pontos cada vez que entra em campo. E eu faria o mesmo, primeiro ganhar e só depois é que vem o resto. Tem que haver 11 jogadores capazes de ganhar todos os jogos e são sempre eles a iniciar os jogos, logo que o resultado esteja, ou pareça estar, garantido, pode começar a rotação, tanto para fazer descansar uns como para puxar pelos outros.

No jogo de hoje, em Vizela, parece que os jogadores foram drogados, durante o intervalo, não havia quem segurasse neles na segunda parte. E o Benfica, de facto, viu-se à nora para neutralizar os seus ataques pelas laterais Disso saiu um penalty, marcado com sucesso, e poderiam ter metido mais 2 ou 3 golos, pois oportunidades não lhe faltaram.

E aquele lance que representaria a expulsão do guarda-redes deu uma verdadeira anedota no VAR. Em vez de analizarem o lance da mão na bola, fora da área, foram descobrir um fora de jogo anterior que invalidava a actuação do guarda-redes. Há aí qualquer coisa de contraditório, se não fossem analisar a jogada, não dariam pelo fora de jogo que fiscal de linha não tinha assinalado.

É melhor eu não me preocupar muito com isso, pois a minha sobrevivência não depende disso, é melhor "fazer aquilo que Deus mandou, juntar pelo com pelo e menina dentro ficou" que é o mesmo que dizer, dormir. E que se danem todos os comentadores que, esses sim, precisam de garantir o seu sustento, enchendo os nossos ouvidos de patacoadas!

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Golpe de teatro!

 


Ontem, calho ver o programa em que o treinador do Porto apareceu todo sorridente e bem disposto, pronto para responder a todas as perguntas dos jornalistas desportivos que vinham preparados para o crucificar, quer ele atacasse pela esquerda ou pela direita.

Teve tempo para refletir e chegou à conclusão que tinha entrado pelo caminho errado. Foi esperto o suficiente para arrepiar caminho e conquistar as graças dos comentadores, pelo menos aqueles que não são como eu e ainda acreditam que não há bruxas.

Ir contra todos, dentro e fora do âmbito portista, seria um suicídio e ele, embora não pareça à primeira vista, tem muito a perder se não ficar esperto. Fiquei banzado, quando no fim do programa ouvi alguns comentadores baterem às palmas e aplaudir o que ele disse, esquecendo-se de tudo o que ele disse e fez, desde o momento em que acabou o jogo da Supertaça em que sofreu uma derrota por 2 a 0.

Não é preciso ir à universidade para aprender que o Sérgio Conceição só é verdadeiro e transparente quando perde, pois solta a sua personalidade truculenta e vem tudo à superfície. O senso comum que o faz comportar-se bem é esvai-se como uma nuvem em dia de vento.

Hoje à noite, terá um jogo fácil e pode ser que mantenha o bom humor e não solte a língua aos outros participantes no espectáculo desportivo, a começar pelos árbitros e treinador da equipa contrária. Vamos ter que esperar pelo próximo jogo em que se veja confrontado com uma derrota para ver reaparecer o verdadeiro Sérgio, escravo de Pinto da Costa e pronto a rasgar as vestes pelo clube de ambos.

Agora, para os comentadores tenho um conselho que espero entendam, um lobo é sempre um lobo, mesmo que, às vezes, apareça disfarçado com uma pele de cordeiro. Não sejam como o vento que ora sopra de um lado, ora sopra do outro e não precisa de qualquer justificação para assim proceder. Aquele que tem espinha dorsal como deve ser não se dobra ao sabor de opiniões alheias.

Ciao, vou p'rá horta !!!

P.S. - A imagem é um tributo às vencedoras da supertaça de futebol feminino.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Alz Heimer!


Primeiro deixem-me explicar a razão porque escrevi Alz Heimer e não como estão habituados a ver esta palavra. É que heimer, palavra alemã, significa balde e isso leva-me a pensar que o famoso doutor descendia de alguém que devia ser um balde de ideias. O ALZ devia ser a abreviatura de qualquer coisa que devia estar dentro desse balde, neste caso um cérebro humano.

O famoso doutor que estudou os males do envelhecimento só dedicou a sua atenção à parte mental do nosso corpo. E a parte física, pergunto eu?

Ontem, como tive o cuidado de vos informar, fui para a horta dar um treino aos meus músculos que andam bastante enferrujados. Ao fim de pouco tempo percebi que o meu corpo sofria de Alzheimer muscular. Os músculos tinham-se esquecido completamente qual a sua finalidade e não respondiam aos impulsos (ordens) que o meu cérebro lhes transmitia.

De manhã, o sol começou a aquecer e, ao fim de pouco tempo, deu-me o abafa. Quase a desmaiar, sem conseguir respirar, ao terceiro sinal, atirei com a sachola pelo ar e fui para o sofá até normalizar o ritmo cardíaco. Ao fim da tarde, com o sol já a mergulhar nas ondas do Atlântico, fui resgatar a sachola e fazer as pazes com ela.

Consegui dar conta do amanho da terra e ainda espetei 48 pencas, naquele sistema de espetar um ferro, abrir um buraquinho e meter lá dentro a raiz da planta. Com mais umas 12 teria conseguido acabar a metade do terreno reservado para o efeito, mas faltou-me a pedalada para o fazer. Eram quase horas de jantar e eu já meio adormecido no sofá da sala. Ainda pensei em passar por cima do jantar e deixar-me dormir, mas isso faria da minha noite um inferno, pois raramente durmo mais de 6 horas.

Esta manhã resolvi testar se há ou não alzheimer muscular. Eu já dei muito trabalho aos meus músculos nos muitos anos que já levo neste mundo e custa-me aceitar que eles se tenham esquecido disso. Antes de tomar o pequeno almoço, fui para a horta e dei corda aos músculos, principalmente, aos que suportam a coluna, pois cada vez que me abaixo para pôr a planta no buraquinho, eles se recusam a trazer-me à posição de partida.

Ainda plantei mais uns 30 pés, mas comecei a sentir o sol a aquecer-me as costas e pus-me ao fresco. Logo, ao fim da tarde, vou acordar outra vez os músculos e ver se eles obedecem ao meu comando ou não. A essa hora, já não dá o sol naquele pedaço de terra e isso sempre ajuda.

Este último período remete-me para o tempo em que prestava serviço no Aquartelamento da Machava. Havia lá um campo de futebol que tinha uma grande árvore plantada mesmo em cima da linha lateral e mais ou menos a meio do terreno. Quando começava o jogo eu ia logo avisando que só sabia fazer a posição de extremo esquerdo. Como é sabido, o jogador que ocupa essa posição corre pela linha lateral, desde a linha de meio campo até à bandeirola de canto. E eu, depois de cada avançada, regressava à minha posição, debaixo da árvore, à sombra. O sol a partir das 4 horas da tarde escondia-se atrás dela e já não incomodava tanto os jogadores da bola, em especial os que se mantinham na sombra (como eu).

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Pencas da Póvoa!

 


Dizem por aí que o terreno mais fértil e propício ao cultivo de hortaliça, alhos, cebola e outros comestíveis de origem vegetal é aquele que fica na orla marítima, entre a foz do Cávado e do Ave.

Exactamente, onde eu vivo e, por conseguinte, sinto-me obrigado a participar nesse movimento natural, seja o de plantar ou o de colher, embora este último seja mais leve e me agrade mais.

Nos últimos dias, encontrei nas redes sociais um filho da escola um filho da escola que virou agricultor e me ofereceu uma coisa que hoje náo abunda por aí, couves para plantar. Antigamente, toda a gente tinha isso em casa, mas agora é um negócio dos viveiros organizados e quem as quer tem que pagar entre 10 a 20 cêntimos por cada pé.

Vou ter que abandonar isto, e já, para ir sachar a horta e preparar a terra para receber tão boa dádiva. Diz ele que com uma ajudinha as couves ainda vêm a tempo de as cozinhar com o bacalhau do Natal.

Bem, tenho que ir, até mais ver !!!

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Grande jogo da nossa Selecção!

 

Hoje tivemos um jogo de encher o olho! Enquanto, na Polónia, a vida corre mal ao nosso ex-seleccionador, corre às mil maravilhas para o novo que temos à frente da nossa equipa. Um resultado de 9 a 0 é para ficar na história  do futebol luso. E ver o Bruno Fernandes e o Bernardo Silva a jogar é uma festa para qualquer cristão que goste de futebol. Três jogadores bisaram, Ramos, Jota e Inácio, e outros três, Horta, Felix e B. Fernandes, marcaram cada um o seu para perfazer o resultado final.

Dizem os entendidos que foi o resultado mais volumoso de sempre, embora eu tivesse na memória uns jogos com Gibraltar, S. Marino, Lichtenstein e outros pequenotes que ultrapassaram os 10 golos. Mas, se calhar, estou enganado e isso aconteceu no Hóquei Patins.

Desde os defesas, passando pelos laterais e chegando aos avançados, todos jogaram muito bem. Ou então são os pobres luxemburgueses que estão habituados a jogar com uma bola de trapos e não dão uma para a caixa. Só chegaram à nossa baliza na segunda parte, fizeram dois remates e marcaram dois cantos, o que sabe a muito pouco.

E nós jogamos sem o melhor do mundo que estava de castigo. É engraçado como ainda há adeptos que dizem que só vêm ao estádio para ver o Ronaldo. A era dele já passou, hoje temos o Bernardo, o Bruno, o Leão, o Félix, o Jota e tantos outros que é um regalo ver. Para tudo ficar perfeito, eu só peço ao seleccionador que esqueça o Pepe e o Octávio e use os jogadores portugueses que temos e bons. Felizmente não precisamos da ajuda desses naturalizados e é um insulto pô-los a jogar deixando os nossos no banco.

Sabemos que o Luxemburgo tem uma equipa fraquinha e só depois de apanharmos um dos fortes pela frente saberemos se o Mister Martinez tem o engenho e a arte necessários para o levar de vencida. Veremos isso na próxima fase, agora aproveitemos para apanhar um pifo e comemorar esta vitória gorda.

O vómito!

 


A CMTV tem um a maneira de fazer televisão que agonia os estômagos mais resistentes. Espalhou uma rede de agentes (repórters) por todo o país, de modo a chegarem primeiro ao local da ocorrência, seja um acidente de trânsito, um incêndio de origem criminosa ou um namorado violento que foi ao focinho da sua mais que tudo, esquecendo que ainda na véspera lhe tenha jurado amor eterno. A porta do hospital, do tribunal ou da prisão são lugares vigiados a toda a hora, à espera que algo os faça ligar a câmara e fornecer ao seu público imagens que não prestam nem servem de nada. Hoje, à tarde, lá estarão para mostrar o Rui Pinto que alguns acreditam não vai pagar pelos seus crimes (há quem defenda que ele fez uma boa acção ao denunciar a corrupção no futebol).

Mas a CNN, na ânsia de ser melhor que todos os outros também começa a revirar-me as tripas com uma troupe de comentadores e pivots de notícias que não dão uma para a caixa. A Guerra na Ucrânia e os muitos militares que vão buscar tem sido uma autêntica mina que lhes tem garantido infindas horas de audiência. De repente, mudaram-se de armas e bagagens para Marrocos que é a sensação do momento com as casas a esboroar-se como se não houvesse cimento naquele país, quando foram construidas. Ontem, passei pela CNN no meu zapping habitual à procura de qualquer coisa que me ajude a passar tempo e vi um entendido em sismologia a responder a umas quantas perguntas sem nexo que o pivot lhe ia fazendo. Às tantas, disse ele, à laia de despedida, não admira que as casas caiam todas, elas são feitas de lama!

O homem não aprendeu a dizer barro, nem faz ideia como se constrói uma casa uma casa de pobre. Isso remete-me para Moçambique, onde as casas são feitas de "pau a pique" e matope como reboco. E aí os pretos dizem casa de matope, em vez de palhota que é a palavra portuguesa para designar o tal tipo de habitação. Mas eles têm a desculpa de não terem o português como primeira Língua, nem terem frequentado uma escola no verdadeiro sentido da palavra, enquanto que os empregados pela CNN têm um curso superior, formatura em Jornalismo e deveriam saber utilizar as palavras da nossa Língua-mãe com mais acerto.

Casas feitas de lama, onde já se viu?!?!

domingo, 10 de setembro de 2023

Não foi nada disso, pá!

 


Há malta que cai sempre no exagero, quando contam as suas experiências de vida. Isso nota-se muito nas passagens da Guerra Colonial, contadas na primeira pessoa, publicadas em jornais como o Correio da Manhã. O contador precisa que o vejam como um herói e tende a exagerar para dar mais brilho à sua história.

Fiquei a pensar nisso, quando decidi abordar, aqui no blog, aquele episódio em que eu fui baleado num braço e tive que ser internado no Hospital Central de Lourenço Marques para me coserem a pele. Como posso, ou devo, contar a história? Como a contará o Viseu - alcunha por que era conhecido o "polícia militar" que me deu o tiro?

Eu posso armar-me em coitadinho que foi baleado, injustiçado, maltratado e sair por cima, como o herói dessa história. O Viseu pode contar a coisa à sua maneira e ser o herói que travou um bandalho que só apareceu ali para criar confusão, correndo-o a tiro pelas ruas da capital de Moçambique. Estou a vê-lo, hoje, sentado numa esplanada, na sua cidade natal, rodeado de outros velhos camaradas da tropa, esvaziando umas imperiais e partilhando as suas memórias da guerra (que alguns nunca conheceram, pois nunca saíram da cidade). Conta lá como foi isso de dares um tiro num fuzileiro!

E eu que nunca contei essa história, mas já a abordei aqui num dos meus blogs, também já fui requisitado para contar como isso aconteceu, quais foram as consequências e como me safei dessa sem um castigo que me emporcalharia a Caderneta Militar mais do que ela já estava. Para os mais curiosos digo que a bala de 9 m/m disparada por uma pistola Walter e que me estilhaçou o cúbito em 7 pedaços, senti-a como a picada de uma melga. As dores vieram passado mais de meia hora e foram difíceis de aguentar. Quero uma injecção de morfina, gritava eu para os enfermeiros que cirandavam por ali, enquanto eu gemia numa maca de hospital, nas Urgências.

Nunca quis contar a história com todos os pormenores, nem vou contá-la agora, há coisas que devem ficar sempre connosco no segredo dos deuses. Digo apenas que a primeira visita que recebi foi a do comandante da Companhia 8 que deve ter ficado pesaroso por o Viseu ter tão fraca pontaria e não me ter mandado para o outro mundo, livrando-o de uma presença incómoda.

A nossa guerra (a minha e dele) começou ainda a bordo do Niassa, no segundo ou terceiro dia de viagem, a caminho de Moçambique. Ele queria dar aulas de ginástica, logo a seguir ao pequeno almoço, e nós revoltámo-nos contra essa medida, deixando-o sozinho, no convés de apito na boca. Alguém lhe deve ter soprado (?) que fui eu quem instigou aquilo. Disse-me o Sargento Maltês que esteve connosco no convívio realizado em Pombal que havia uma verdadeira rede da PIDE dentro do nossa Companhia e que eu estava no topo da lista de suspeitos. Quer dizer que foi um verdadeiro milagre eu ter escapado de um negro destino.

Mas também existia uma rede de anti-salazaristas que incluía um oficial de alta patente do Comando Naval. E esse oficial tinha um primo que era meu amigo e me ajudou a livrar-me daquele aperto. Felizmente para mim, o castigo a que eu estaria sujeito se fosse considerado culpado, ultrapassava as competências do comandante de Companhia e foi remetido para o Comando Naval que devia dar seguimento ao inquérito e dar a informação ao comandante para estabelecimento da pena que seria, no mínimo, de um mês no Forte da Xefina (pequena ilha à saída do canal e que era uma prisão militar).

O facto, ainda hoje sem explicação, é que o processo desapareceu nos meandros de influências do Comando Naval e, até hoje, não foi encontrado. Eu, depois de cosido e engessado a preceito para permitir a correcta calcificação do cúbito, passei 60 dias de férias, pois não podia pegar na G3 e, por conseguinte, estava dispensado de todo o serviço. Ainda bem que sou dextro e foi o braço direito o atingido, senão ainda me punham a trabalhar em qualquer coisa que só precisasse de um braço, ou mão, para ser executado.

Gesso fora e começaram as sessões de fisioterapia que me levaram ao hospital, dia sim dia não, para esticar o braço que, depois de ser retirado gesso, ficou a fazer um ângulo recto, cujo vértice era o cotovelo. Ainda as sessões iam a meio e foi a Companhia, na sua totalidade, destacada para o Niassa para substituir a CF6 do comandante Patrício que estava em fim de comissão. Mal soube da notícia, fui ter com o comandante e perguntei-lhe se ficaria em Lourenço Marques para completar a fisioterapia, pois o braço ainda pouco tinha recuperado. Ele mandou-me esticar o braço, ao máximo que eu conseguisse, e disse-me logo que no mato, a correr atrás dos turras (ou à frente, coisa que também me aconteceu, mas isso é outra história) ficaria bom em pouco tempo.

E assim ficaram esquecidas, mas nunca perdoadas, as consequências daquele disparo da pistola do Viseu. Por ser o Nº 1 da lista de suspeitos de insubordinação ou por outra qualquer razão que só o diabo conhece, acabei por bater com os ossos na prisão (do quartel da Machava), perdi as divisas de cabo e tracei o meu destino na Armada. Incorrer no Art.º 62 era o caminho mais rápido para abandonar a Briosa, o que aconteceu, mal pus os pés na Metrópole, depois da comissão cumprida na CF8.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Eu e a Matemática!

 


Na verdade não sou bom em Matemática, tenho que reconhecê-lo. No último exame de Liceu a que me apresentei chumbei com um 4 em 20 pontos. Nesse dia, desisti de continuar os meus estudos e, pouco tempo depois, fui para a Marinha.

Hoje, os meus pensamentos estão virados para a Banca portuguesa e a Taxa Euribor que parece servir de desculpa para tudo.

Tentem acompanhar-me. Há 2 anos a taxa euribor estava ligeiramente abaixo de zero e as prestações do crédito à habitação andavam à volta de 350€ para um empréstimo de 150 mil. Este ano, a taxa subiu para os 4,5% o que provocou uma subida inexplicável na prestação mensal.. Não seria lógico que os bancos aumentassem a prestação em 4,5 ou 5%? Eu acho que sim, mas de facto, em alguns casos, subiram quase para o dobro!

E os bancos que, coitadinhos, se queixavam de estar a perder dinheiro no negócio, passaram a ganhar 2 milhões por dia (entre todos).

Isto a vocês não lhes parece estranho? É que eu como fraco em Matemática não consigo entender como 4,5% na Taxa Euribor, redundam em aumentos de 300€ em cima de uma prestação de 400€!

A Matemática dos banqueiros deve ser muito diferente daquela que eu estudei, há muitos anos, na minha juventude!!!

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Fornecedor de conteúdos digitais!

 


Há dias, vi no Facebook uma piada que algum espirituoso inventou para se descrever. Eu sou navegador e escritor, dizia ele. Como, perguntavam os amigos que o conheciam bem e nunca o viram a navegar e muito menos a escrever, fosse o que fosse. Eu navego na internet e escrevo umas merdas no Facebook, esclarecia ele com um sorriso de orelha a orelha. 

Seguindo a mesma lógica eu também me posso considerar isso tudo e ainda ... fornecedor de conteúdos digitais que é o que eu faço enquanto blogger. Eu escrevo, a Google publica e todo o mundo pode ler. Lendo as estatísticas, há cerca de mil pessoas que visitam o meu blog todos os dias, embora eu acredite que nem sequer 5% desse número leia alguma coisa, o resto são os spybots da Google a criar publicidade para quem lhes paga as despesas.

Não vi com a atenção necessária para poder relatar, mas há dias vi na TV que a Google é a maior empresa do género, vale um trilião de dólares e comemorou o seu 25º aniversário. Prezo-me, devido à minha profissão de fornecedor da Google, de contribuir para a grandeza dessa grande empresa americana. Nem eu suspeitava da importância que eu tenho no mundo!

Aliás, para quem tiver curiosidade, basta escrever "tintinaine" na caixa de pesquisa da Google e poderá ver as milhentas vezes que o meu nickname é mencionado. Eu, gente importante que nem o Edison que inventou a lâmapada ou os irmãos Lumiére que usando essa mesma lâmpada inventaram o cinema que, durante todo o século XX alegrou gerações inteiras. Filmes para crianças, para gente normal, para adultos, para conhecer pessoas e para ver o mundo, havia de tudo como na farmácia.

O mundo, agora, é muito diferente, há os telemóveis que vieram mudar tudo. Mas até nos telemóveis a Google é importante e sem ela muita coisa se torna impossível. Qualquer informação que se precise, o Maps ou GPS, tudo isso há no telemóvel, graças à Google.

E eu faço parte desse mundo, pesquisar palavras como Churchill, Hitler, Salazar ou Tintinaine, dá no mesmo, estão todos presentes na Google.

E esta, hein!!!

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Os que partiram antes de mim!

 

Enquanto chafurdava entre milhares de fotos, à procura da cara do sargento Moisés, surgiu esta foto que foi como um soco no estômago. Os meus indefectíveis amigos e camaradas das duas comissões que fiz em Moçambique, Barbosa. Silveira e Valter (da esquerda para a direita) já receberam a Guia de Marcha para se apresentarem ao S. Pedro e fazerem as contas que constam do livro das suas vidas.

Quis o destino que fosse eu a sobreviver para contar as história que juntos vivemos durante os 5 anos que estivemos em Moçambique. O Barbosa e o Silveira eram da escola de Set/61, 6 meses mais antigos que o Valter e eu na Armada. O Barbosa por razões de saúde não pode jurar bandeira com os restantes filhos da sua escola e juntou-se a nós, os filhos da escola de Mar/62, para fazer o que ainda não tinha feito (como canta o Abrunhosa). O Silveira só o conheci em Outubro de 62, quando se juntou à CF2, no Corpo de Marinheiros, em preparação para seguir para a guerra Colonial.

Tal como o Valter e eu, eles também eram voluntários na MGP e por conseguinte as nossas idades eram muito próximas, o que tornava a convivência mais natural. O Valter era o mais novo de todos, tendo nascido na segunda metade de 1945. Não me recordo por que carga de água tivemos que ir para o Niassa, em 1964, travar os turras que ameaçavam incomodar a nossa equipa de rádio que estava instalada na recém-criada Base Naval de Metangula. Salvo erro, foi o 3º Pelotão da Companhia a ser destacado para essa missão. Como havia 9 elementos com baixa médica, foi preciso arranjar, à pressa, 9 voluntários para preencher esses lugares.

O Valter e eu éramos do 2º Pelotão e foi ele que decidiu o voluntariado. Estávamos de serviço de guarda à Unidade, nesse longínquo dia 25 de Setembro de 64, quando ele veio ter comigo e disse: - eu ofereci-me para ir para Metangula e tu vens comigo. O Barbosa e o Silveira já deviam pertencer ao 3º Pelotão e receberam a guia de marcha, quer gostassem ou não. Correram bem aqueles 4 meses vividos no Niassa. Além de uma emboscada, em que morreu o nosso guia-intérprete, pouco mais aconteceu que valha a pena contar.

Regressados à Escola de Fuzileiros, frequentámos, todos juntos, o Curso de 1º Grau, recebemos as divisas de Marinheiro, em Set/65 e logo nos voluntariámos para regressar a Moçambique. A Companhia 8 que estava em formação recebeu os nomes de nós os quatro e um mês depois já íamos, a bordo do Niassa, em direcção a sul. Tal como tinha acontecido com a Companhia 2, chegamos às instalações da Machava/Infulene, em Novembro, a tempo de preparar a festa de Natal.

Em Setembro de 66, foi toda a Companhia destacada para o Niassa, numa viagem atribulada que começou a bordo do navio Império, até Nacala, depois de comboio até ao Catur e o resto de camião até Meponda, onde apanhámos as nossas lanchas que nos levaram a Metangula. Ali estivemos até ao fim do ano de 67, em que fomos rendidos pelo pessoal da CF2 (2ª comissão) e vivemos diversas aventuras, ora todos juntos, ora cada um por si. O Valter e eu pertencíamos ao mesmo pelotão e para onde ia um ia o outro. Com o Barbosa e o Silveira juntávamo-nos à noite para beber uns copos e carpir as nossas mágoas.

O ano de 1967 foi o ano em que a Frelimo teve um incremento enorme e começou a criar reais problemas às nossas tropas. Até ali tinho sido uma brincadeira, mas a partir dali foi uma guerra a sério com muitos mortos e feridos, também do nosso lado. Felizmente, escapámos de lá a tempo de vir passar o natal à capital e para nós a guerra acabou aí. O Valter e o Barbosa levaram baixa, em Moçambique, para não deixar as namoradas desabonadas. Eu e o Silveira regressámos à Metrópole e tivemos destinos diferentes, eu levei baixa, logo de seguida, e o Silveira continuou na Marinha, atingindo o posto de sargento.

Agora, estão os 3 lá em cima, á espera que eu chegue para continuarmos as nossas aventuras!

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Sem palavras!

 


A fila não para!

 


A fila continua a andar e ninguém sabe a posição que nela ocupa, uns estão nos primeiros lugares, outros quase no fim, mas a todos chegará a vez de embarcarem para a última viagem. Desta vez calhou ao Moisés Fernandes Almeida, meu camarada da Companhia de Fuzileiros Nº 8 que fez comissão em Moçambique entre 1965 e 1968.

Tomei conhecimento através de uma publicação no FB de um sobrinho seu. Salvo erro, faleceu na sexta-feira e as exéquias fúnebres, seguidas de cremação, foram hoje. Pedi à Associação de Fuzileiros do Barreiro para me confirmar se era verdadeira a notícia, o que eles fizeram de imediato.

Conheci-o na Escola de Fuzileiros, em 1965, ainda com as divisas de cabo nos ombros, e fomos juntos para o Corpo de Marinheiros para formar a CF8 que segui para Moçambique no mês de Outubro desse mesmo ano.

A Companhia passou um ano em Lourenço Marques e, durante esse tempo, não tive grande ligação com ele. Depois fomos para o Niassa e aí, num ambiente mais restrito, convivemos mais de perto. Depois do regresso à Metrópole, eu abandonei a Marinha e nunca mais o vi, até ao dia em que organizei o encontro da CF8, em Pombal, em que ele compareceu. Desde aí, mantivemo-nos em contacto, mas não soube que ele estivesse doente. Assim, a notícia apanhou-me, completamente, de surpresa. Salvo erro, ele tinha mais 6 anos que eu, portanto 85, e faria os 86 no próximo dia 28.

Sei que ele ainda voltou a Moçambique, na 3ª comissão da CF2, juntamente com o Óscar Barradas, também já falecido, e outros conhecidos e filhos da escola.

Agora, a comissão é lá em cima, junto a S. Pedro a quem rezo para que o trate bem e lhe perdoe os pecados que possa ter feito neste mundo. Um dia lá nos juntaremos todos outra vez, até lá que descanse na paz do Senhor!

domingo, 3 de setembro de 2023

Avante camaradas!

 


A festa sem o Jerónimo parece-me muito diferente!

Comunistas há muitos, uns mais que outros, o Jerónimo é um comunista diferente, daqueles que mais vale quebrar que torcer. O Raimundo é um comunista diferente, poderia ser de qualquer outro partido se estivesse para aí virado. Não passou pelo forte de Peniche, se calhar está aí a diferença.

Para a juventude aquilo é um pagode com muita música, muita bebida e alguma droga, tal e qual como eles gostam. E de política não percebem nada nem estão para aí virados.

Há um comunista que tem dado nas vistas, nos últimos tempos, por causa da guerra na Ucrânia. É aquele general que se chama Agostinho qualquer coisa e gosta mais do Putin que do Zelensky. Será que também vai aparecer na Quinta da Atalaia? Tenho as minhas dúvidas, não o estou a ver entregar a reforma ao partido, como fazia o velho Jerónimo. Reforma de general do Exército é muito diferente do salário de um soldador da indústria metalúrgica, as ideias que tem dentro da cachola é que podem ser as mesmas (mais coisa menos coisa).

Eu fui uma vez a essa festa, apenas para saber como é e não falar pela boca de terceiros. Fui lá no primeiro dia e almocei naquelas barracas que eles montam para fazer algum negócio. Andei por lá a tarde toda e quando achei que já tinha visto tudo vim embora. No último dia, fui lá espreitar e ao fim de uma ou duas horas pirei-me dali para fora, para nunca mais.

Aliás, toda a gente que me tem lido sabe que os comunistas me dão urticária. Basta ter vivido na Alemanha, no tempo em que toda a gente queria saltar o Muro de Berlim para o lado de cá, para o lado de lá nem a tiro! Quantos desgraçados morreram a tentá-lo!

Eram os tempos do socialismo à moda de Marx e Lenine, agora, aqui em Portugal, vivemos essa mesma doutrina, à moda do Costa e Medina!

A escalada!

 


Uma jornada a zero fez-nos começar esta época com zero pontos e 3 golos sofridos. Seguiram-se 3 jornadas a vencer, incluindo a de hoje, e somamos agora 9 pontos. Começou a escalada que só terminará na 34ª jornada, lá para Maio do próximo ano. E sabe Deus aquilo que acontecerá pelo caminho!

Sendo o FCP o nosso mais directo adversário, fiquei triste por ter sido gorada a saída do Taremi, o mergulhador profissional que tantos desgostos me deu no ano passado. Fiquei radiante por ver o Octávio partir a caminho das Arábias, pois é jogador trafulha que ficava muito mal no nosso campeonato. O Chiquinho "Escrevilhoto" bem podia ter ficado na Holanda e escusava de vir para cá mexer-me com o bichinho do ouvido. Vamos vê-lo cumprir as ordens do pai e enredar-se nas pernas dos adversários, dentro da grande-área, tentando sacar uns penalties e ganhar alguns pontos para o clube dos morcões.

Agora temos que dar vivar à nossa selecção e ver se ganhamos aos dois adversários, Eslováquia e Luxemburgo, no caminho para o Euro 2024.

E de hoje a 15 dias estaremos de volta para ver o nosso Glorioso entrar de novo em campo e continuar a escalada até atingir o cume do monte, onde reside o 39º título que queremos conquistar!

sábado, 2 de setembro de 2023

No Outono da vida!


 
Muitos amigos tive, enquanto andei na Marinha
Mas todos eles bem depressa me esqueceram
Trato, o melhor que posso e sei, da vida minha
E eles outro tanto, se é que ainda não morreram !!!

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Trânsito intenso!

 


Estou aqui sentado a ver jogadores que vão e jogadores que vêm e vai ser assim até à meia-noite!

O Benfica mexe muito, tem mais dinheiro para estragar! Entretanto foi o Ristic para Espanha e o Odysseas para Inglaterra, vindo o Bernat para ocupar o lugar deixado vago pelo Grimaldo e que o Jurasek não teve unhas para agarrar.

O Sporting mexe assim assim, o Varandas tem que provar que é melhor que o Bruno de Carvalho. Um campeonato já conseguiu e não é coisa pouca.

O Porto está mais paradão, as finanças andam pelas ruas da amargura, mas pode ser que ainda se verifique algum movimento no aeroporto Sá Carneiro. Vou ficar de olho! Pelo menos o Chiquinho, filho do azeiteiro insurreto, parece que vem emprestado pelo Ajax. O Taremi ia para Milão, mas alguém lhe estragou o negócio e vamos ter que o aguentar mais uma época. Pelo menos ele tem melhorado na questão dos mergulhos, deve ter sentido vergonha das críticas que recebeu na passada época.

---------------

Já passa da meia noite, agora nada pode já mexer. Quem comprou comprou, quem vendeu vendeu e daqui em diante cada um que se governe como puder.

Parece que o Herr Schmidt tem uma promessa do Rui Costa de comprar mais uns craques se passarmos a fase de grupos da Liga dos Campeões. Não tenho grande confiança nas nossas possibilidades, pelo que vi até agora, mas a esperança está lá no alto, Deus queira que ela não caia e se esborrache no chão!