segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

No «Reino da Confusão»!

Um dos grandes assuntos do dia, na comunicação social, é o manifesto de uma centena de personalidades contra o famigerado Acordo Ortográfico. Juntando-me a eles no seu protesto, transcrevo para este meu blog alguns parágrafos da citada notícia.
  • O ‘Acordo Ortográfico’ de 1990 (AO90) nasceu de uma ideia imprevidente do então primeiro-ministro, Cavaco Silva, a pretexto de ‘unificar’ ‘as duas ortografias oficiais’ do Português (sic) - alegadamente para evitar que o Português de Portugal se tornasse uma ‘língua residual’(!) -, e de ‘simplificar’ a escrita.
  • Na realidade, o que fez foi abrir uma caixa de Pandora e criar um monstro. O AO90 — a que os sucessivos Governos, com uma alegre inconsciência, foram dando execução —, é um fiasco político, linguístico, social, cultural, jurídico e económico.
  • Teve os efeitos exatamente opostos aos que se propunha: não uniu, não unificou, não simplificou. É um fracasso político, linguístico, social, cultural e jurídico.
  • É também um fracasso económico, pois, ao contrário do que apregoou, não fez vender mais nem facilitou a circulação de livros. Pelo contrário: as vendas caíram.
  • O AO90 dividiu a sociedade e as gerações, ao impor uma forma de escrita nas escolas, universidades, instituições do Estado e da sociedade civil — enquanto a esmagadora maioria dos Portugueses continua a escrever com o Português pré-AO90.
E assim os manifestantes exigem, e eu junto à deles a minha voz, que o Presidente da República, a Assembleia da República e todas as demais autoridades que têm algo a dizer sobre esta matéria:

... a desvinculação de Portugal ao ‘Acordo Ortográfico’ de 1990, do 1.º e do 2.º Protocolo Modificativo ao AO90 (ou, no mínimo, a sua suspensão por tempo indeterminado) e também a revogação imediata da resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de janeiro, com efeitos retroativos, apagando os efeitos inconstitucionais e, por isso, nulos, que produziu iniquamente ...

6 comentários:

  1. A confusão foi instalada em toda a parte, nas escolas inclusive, eu não estudei para além do 2º ciclo, mas para quem se aperfeiçoou na língua de Camões deve ser complicado!

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  2. Apesar de ter começado a escrever segundo o acordo, com o qual estou em profundo desacordo, mas a que tive de aderir desde que comecei a ajudar a neta com os TPC da escola, para que ela não tenha errados os trabalhos. estou convosco e em tempos assinei a petição contra o acordo.
    Note-se, que eu escrevo os meus textos no Word e depois os passo para o blog. Vejamos um exemplo simples. Escrevo cómoda. Sem problema. Mas depois passo para o blog ou para um comentário. E sai-me sublinhado como erro. Porque segundo o acordo passou a ser comoda em português cômoda em brasileiro. Ora se o objetivo era aproximar as duas escritas onde se deu a aproximação, se perdemos o acento e eles continua a tê-lo?
    E isto é apenas uma pequenina amostra, pois quem escreve muito, está sempre a deparar-se com coisas absurdas.
    Por outro lado, já se pensou no impacto de voltar para trás, dizer a milhares de crianças que o que aprenderam até agora não tem sentido.
    Um abraço

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  3. Das muitas borradas que fez,
    faz parte o acordo ortográfico
    por ser mau cidadão português
    professor catedrático ou velhaco?

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  4. Donde saiu a ideia só podia ser patético e, portanto, negativo . O senhor em causa, que muitos portugueses elegeram para representante máximo do País, acabou o seu mandato com o grau de popularidade que se conhece, abaixo de mínimos nunca vistos, em relação a todos os seus antecessores . Por esta razão e outras, tal iniciativa não pode surpreender, a não ser para aqueles que analisam ao sabor da cor partidária, independentemente dos " seus " poderem ou não fazer disparates sem fim ! Por mim, que já estudei a minha parte, a este nível, e não me sinto obrigado a pactuar com a falta de gosto em questão, recuso-me a praticar a escrita em foco, indiferente a eventual critica . Se Camões e semelhantes passassem por cá, seria mais do que evidente, que o ou autores da " obra " em causa não teriam classificação digna de crédito e, provavelmente, receberiam convite para mudar de Pátria ! - Sim, porque de patriotismo parece terem muito pouco . Estes iluminados, colocando o País e a sua língua como algo sem origem e sem história e, por isso, a par com outros falantes do mesmo idioma, que era suposto já saberem correctamente o português, lá fizeram os " arranjinhos " que foram ao encontro de linguagem que, em muitos aspectos, não faz qualquer sentido e nada tem a ver com a respectiva originalidade . Assim, chegaram à sua versão final ; isto é, em vez de serem aqueles que usavam incorrecções a fazer adaptações eficientes, fomos " nós ", detentores da língua mãe, a ir ao encontro do lamentável e inadmissível ! Poderia ir mais além, mas, sinceramente, perante esta idiotice, que considero deplorável, dispenso-me a mais comentários . Um abraço .

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  5. O Hipólito, entre-outros, é aquela máquina!

    Sem mais, abaixo com o patético ACORDO!

    Boas!

    PS.: Expus um pequeno resumo, sobre como escreveria em português um pequeno texto escrito, em português do Brasil, no Facebook do Licínio. Somos diferentes, porra!

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