O assalto ocorrido, ontem, na zona de Sintra e que resultou na morte de um empresário que se recusou a ceder o seu Mercedes para os larápios de porem em fuga, deixa as pessoas a pensar que além de ladrões aqueles assaltantes também são maus. Se o não fossem nunca disparariam sobre um inocente por motivo tão fútil.
Feios, porcos e maus é o título de um filme italiano que vi, há muitos anos, e de que me lembrei, quando ouvi a notícia deste assalto e da morte do condutor do Mercedes. E serve às mil maravilhas para ilustrar estas poucas palavras que decidi aqui deixar, a respeito deste caso.
O acto de roubar eu ainda aceito, pois num país onde não há oportunidades de qualquer espécie, roubar pode ser a última opção para quem não tem outro modo de arranjar dinheiro para matar a fome da família. A miséria em que vivem muitos milhares de portugueses facilita acontecimentos desta natureza, ou seja, que a criminalidade se torne uma espécie de emprego para quem não arranja outro tipo de emprego. Mas daí até desatar a disparar sobre as pessoas que, mesmo involuntariamente, se vêem envolvidos nos seus actos, eu já não aceito de modo nenhum.
Países como o Brasil, onde a criminalidade é extremamente violenta servem de contraponto para mostrar como Portugal é um país pacífico e de gente boa. Infelizmente, parece que as coisas estão a mudar e creio que isso se deve à grande influência de gentes de outras latitudes que encontraram no nosso país um ambiente propício à sua actuação criminosa. E depois, é como diz o ditado - junta-te aos bons e serás como eles, ou junta-te aos maus e serás pior que eles.
Este assalto mostrou que há uma classe de assaltantes para quem a vida humana não vale nada e que não têm escrúpulos em puxar o gatilho.
ResponderEliminarMuito diferentes dos assaltantes que roubam por necessidade.
Um abraço
Esses desumanos que roubam e matam, quando capturados se forem, deviam pagar com a própria vida, como fizeram a quem a vida tiraram. Prendê-los e alimentá-los à custa de quem trabalha isso é bom demais e eles não merecem!
ResponderEliminarJá sabemos que existe muita miséria,real. Para os detentores infelizes dela,os pacíficos limitam-se a pedir ás portas e não recorrem ao crime (roubo ou morte).
EliminarSe já é mau roubar, matar é muito grave! ninguém tem o direito de tirar a vida ao seu semelhante!
Também sou dos que pensam que estes assassinos não são portugueses. Oxalá sejam apanhados e levem o máximo castigo,(o que é pouco).
Para este tipo de assassinos era a pena de morte! Acham que é para matar a fome aos filhos? Eu não acredito.
ResponderEliminarVim dar uma explicação para o facto de aparecer a foto do Cristo-Rei e no blogue estar outra coisa. Se reparar a foto do Cristo-Rei, diz que é o capítulo 30. E a história vai no 22. Acontece que não sei como fiz mas publiquei sem querer o 30 em vez do 22. É claro que imediatamente emendei, publicando o 22, mas ali na sidecar já estava registado aquele e não consegui emendar.
ResponderEliminarAs minhas desculpas.
Um abraço
Infelizmente, a existência da vida, entre os portugueses, há muito que deixou de ter o valor que merece . Esta minha afirmação não se reporta, apenas, à prática dos bandidos, mas também à de muito boa gente que, por demagogia ou falsas teorias, perderam de vista a realidade e o sentido de responsabilidade . Durante décadas enfrentei infractores de vária ordem e de extractos diversos, incluindo criminosos de maior ou menor perigosidade e que se movimentavam, em certos casos, a nível nacional e internacional ; contudo, posso afirmar que, regra geral, os que recorrem ao crime para sobreviver e pouco mais, actuando em áreas locais e de forma isolada ou acidentalmente em grupo, dificilmente atentam contra a vida das pessoas, salvo imprevistos/acidentais de percurso ; cujas situações, muitas vezes, são susceptíveis de certa compreensão ou atenuante . Depois existem os outros, os engravatados e bem falantes que, como de santinhos se tratasse, falcatruam e surripiam tudo por onde passam, chegando a pôr em causa o bem comum que, como sabe, reflecte-se naqueles que em nada contribuíram para isso, mas que sempre suportam consequências resultantes destes patifes que, quando colocados perante a prestação de contas, entram nos folhetins do costume e consequente impunidade ! Quanto aos restantes bandidos/criminosos/altamente perigosos, normalmente, a sua actuação, desenvolve-se tanto a nível regional como nacional e internacional e não com o fim de sobrevivência, mas sim para reinar à grande e à francesa enquanto durar as receitas dos furtos ou roubos praticados . Estes, não conhecem o quanto vale a vida humana e nem se preocupam com danos ocasionados, actuam sem qualquer tipo de contemplações contra tudo e todos . Evitado será dizer, qual a dificuldade e risco de vida que se corre, para perseguir, enfrentar e deter esta corja que, quando levados a prestar contas perante a justiça, lá aparece a compreensão do costume, a benevolência habitual e, assim, a pena miserável e atentatória à dignidade humana ; esquecendo-se, em grande parte, sofrimentos e outros riscos de vida, particularmente, para quem tem que os descobrir/identificar, prender e apresentar à justiça . Assim, termino como comecei, a defesa do valor da vida está muito para além dos que fisicamente atentam contra ela . Quando se vive numa sociedade em que a pena máxima é de 25 anos de cadeia, independentemente do número de mortes ocasionado, está tudo dito . Temos um sistema de justiça que deve envergonhar os seus responsáveis, isto para não falar daqueles que, mesmo com esta fragilidade, ainda se dão ao " luxo " de minimizar as respectivas molduras penais ! Isto, é simplesmente inqualificável ... . Um abraço .
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