quarta-feira, 23 de março de 2016

Interior abandonado!


Há dias, passei em Trancoso e disparei a máquina fotográfica de dentro do carro, pois lá fora fazia um frio do caraças. Céu cheio de nuvens e a temperatura um pouco abaixo dos 10º não convidavam a grandes passeios. E, é claro, os 300 kms que tinha pela frente até chegar a casa, também não permitiam grandes perdas de tempo.
Se fosse no mês de Outubro, teria comprado um saco de castanhas para o S.Martinho, assim limitei-me a atravessar a cidade e reparar nos prédios antigos, alguns com uma traça bem bonita, a precisar de cuidados urgentes. Nota-se que há uma certa falta de dinheiro por aqueles lados. Refiro-me a dinheiro investido em recuperar e embelezar uma terra que os turistas gostariam de visitar e não só no tempo das castanhas ou dos enchidos da Beira Alta.
Podia contar-vos umas coisas a respeito desta cidade, mas para isso existe a Wikipédia. A minha passagem por ali deve-se apenas ao facto de não querer fazer 300 kms por autoestrada e perder a oportunidade de apreciar o interior do nosso país. De Celorico da Beira até Lamego, passando por Trancoso e Tarouca, dá-de um grande salto da Serra da Estrela até à do Marão, vendo desfilar à nossa esquerda a do Montejunto e quase a chegar a Lamego a das Meadas. Isto é muita serra para quem vive à beira-mar!

3 comentários:

  1. Quem vive à beira-mar sente desejos de visitar o interior, é muito chato vermos os prédios antigos como se não tivessem dono, mas para quê fazer obras se os avaliadores do IMI nos metem em cima uma contribuição como se a casa fosse feita de novo, como foi o meu caso que passaram de 2.800€ para 108.000€, fiz a respectiva reclamação e vêm-me pedir as plantas do recuado que tenho no sótão, portanto agora só espero que carreguem mais no acelerador e o pior é que não posso pedir a isenção permanente por ter outra vivenda na aldeia, por isso estou sempre lixado, ou da esquerda, ou da direita! Uma Santa Páscoa para ti e familiares do Páscoa com um abraço.

    ResponderEliminar
  2. Esse edifício se calhar foi construído para albergar os filhos do senhor prior de Trancoso? Segundo se consta eram mais de duas centenas e meia! Essa cidade de Trancoso deve ter muitas histórias para contar! Tais como as profecias de Gonçalo Annes Bandarra ou, ainda, Gonçalo Anes, o Bandarra (Trancoso, 1500 — Trancoso, 1556) foi um sapateiro e profeta português. Quanto ao dinheiro para reparações e conservação de edifícios degradados, a coisa por aqui parece estar preta! A banca está falida, apesar da mão de obra em Portugal ser uma das mais baratas da Europa, todavia, os investidores que têm massa, vou investir noutros países onde ela ainda é mais barata! É o que penso?

    ResponderEliminar