Há dias, passei em Trancoso e disparei a máquina fotográfica de dentro do carro, pois lá fora fazia um frio do caraças. Céu cheio de nuvens e a temperatura um pouco abaixo dos 10º não convidavam a grandes passeios. E, é claro, os 300 kms que tinha pela frente até chegar a casa, também não permitiam grandes perdas de tempo.
Se fosse no mês de Outubro, teria comprado um saco de castanhas para o S.Martinho, assim limitei-me a atravessar a cidade e reparar nos prédios antigos, alguns com uma traça bem bonita, a precisar de cuidados urgentes. Nota-se que há uma certa falta de dinheiro por aqueles lados. Refiro-me a dinheiro investido em recuperar e embelezar uma terra que os turistas gostariam de visitar e não só no tempo das castanhas ou dos enchidos da Beira Alta.
Podia contar-vos umas coisas a respeito desta cidade, mas para isso existe a Wikipédia. A minha passagem por ali deve-se apenas ao facto de não querer fazer 300 kms por autoestrada e perder a oportunidade de apreciar o interior do nosso país. De Celorico da Beira até Lamego, passando por Trancoso e Tarouca, dá-de um grande salto da Serra da Estrela até à do Marão, vendo desfilar à nossa esquerda a do Montejunto e quase a chegar a Lamego a das Meadas. Isto é muita serra para quem vive à beira-mar!
Quem vive à beira-mar sente desejos de visitar o interior, é muito chato vermos os prédios antigos como se não tivessem dono, mas para quê fazer obras se os avaliadores do IMI nos metem em cima uma contribuição como se a casa fosse feita de novo, como foi o meu caso que passaram de 2.800€ para 108.000€, fiz a respectiva reclamação e vêm-me pedir as plantas do recuado que tenho no sótão, portanto agora só espero que carreguem mais no acelerador e o pior é que não posso pedir a isenção permanente por ter outra vivenda na aldeia, por isso estou sempre lixado, ou da esquerda, ou da direita! Uma Santa Páscoa para ti e familiares do Páscoa com um abraço.
ResponderEliminarEsse edifício se calhar foi construído para albergar os filhos do senhor prior de Trancoso? Segundo se consta eram mais de duas centenas e meia! Essa cidade de Trancoso deve ter muitas histórias para contar! Tais como as profecias de Gonçalo Annes Bandarra ou, ainda, Gonçalo Anes, o Bandarra (Trancoso, 1500 — Trancoso, 1556) foi um sapateiro e profeta português. Quanto ao dinheiro para reparações e conservação de edifícios degradados, a coisa por aqui parece estar preta! A banca está falida, apesar da mão de obra em Portugal ser uma das mais baratas da Europa, todavia, os investidores que têm massa, vou investir noutros países onde ela ainda é mais barata! É o que penso?
ResponderEliminarCorrijo:- Vão, não vou!
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