sexta-feira, 21 de julho de 2017

S.O.S. !

Também aprendi isso, quando cheguei à Marinha. São as iniciais de «Save our souls», palavras inglesas que em português se traduzem por "salvem as nossas almas", mas que quem lança este apelo está mais interessado que lhe salvem o corpo que a alma.
Lembrei-me disto, porque não sabia que assunto abordar nesta manhã de sexta-feira, cheia de sol e algum vento que os meteorologistas prometeram que vai parar para o fim de semana. O envio de um SOS serve para vos avisar que estou à rasca e preciso de ajuda. Não ajuda financeira, que dinheiro é o que menos me preocupa, pois na prática não preciso dele para nada de especial, para além da comida e comprimidos para travar as doenças todas que os médicos me anunciam que vão acabar com a minha vida.
Por falar nisso, esta semana fui ao Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, fazer o checkup ao pacemaker e a minha que me fez o implante disse-me, meio a sério meio a brincar:
- O pacemaker está em ordem.
- Ainda bem doutora.
- Já o mesmo não se pode dizer do seu coração.
- Porquê?
- Continua aos soluços, num pára-arranca constante e isso não é nada bom.
- Porquê?
- Porque vai criando coágulos nas veias e às tantas temos aí um avc.
- Oh, diabo, isso não é lá um grande prognóstico para o que me resta da caminhada neste mundo.
- Pois não, mas vamos tentar atalhar esse problema com mais um comprimidinho para tornar o sangue mais fininho, mais fluido e ver se diminuimos o risco.
E lá vim eu embora do Pedro Hispano com mais uma receita na mão para juntar a uma gaveta cheia que já tenho em casa. Quem se fica a rir é a minha farmácia que se vem queixando que o negócio anda mau para o lado dela. Agora já percebi que o meu mal é o bem dela. Porca miséria franciscana!
Bem, meti aqui um parentesis para mencionar algo completamente diferente, quando o que eu queria era dizer que preciso de inspiração. O assunto principal, desde que me tornei bloguista (ou blogueiro, como vos aprouver) era a Marinha, os Fuzileiros, a Guerra do Ultramar, Moçambique e o Niassa, mas todos esses assuntos estão mais que esgotados. Já mudei de assunto várias vezes, falei de mulheres, de religião e de futebol. E agora? A última coisa que quero é tornar isto num rol diário de queixas de saúde que é o mais provável em que se vai transformar o meu dia-a-dia.
Não, doença não!
Por vezes lembro-me que poderia ser uma boa ideia meter uns milhares de euros na carteira, atestar o depósito do carro e partir por aí, sem destino até se acabar o gasóleo e o dinheiro. E aí queimar os documentos, atirar o carro por uma ribanceira abaixo e ficar por lá como sem abrigo, sem médicos e sem comprimidos. Só para ver se a vida me pregaria alguma partida inesperada.
Outra ideia é ficar aqui quietinho e fazer aquilo que já faço há alguns anos, procurar a vossa companhia. 

3 comentários:

  1. Esse comprimidinho, que pode ser o Cartia, ou o aspirina, já eu tomo há 35 anos, quando apanhei dois sustos seguidos!
    Se quiseres distrair, vai comigo dar um abraço ao nosso camarada "Cansado" e visitar a sua empresa em Alcáçovas no próximo dia 1 ou 2 e lembra-te que para esquecer uma doença é fazer uma viagem! Quando apanhei os dois sustos, andei por Espanha oito dias, quando me foi diagnosticado o cancro, fui à Madeira, quando me foi dito que tinha uma doença respiratória crónica, fui aos Açores 4 dias e olha que tem resultado, ainda por cá vou andando.

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  2. Depois de ter lido esse texto. Bem eu tenho razão de não ir ao médico assiduamente, mas só ir de quando em vez. Para que não descubra, ou não invente doenças no meu esqueleto que ainda se vai mexendo. Sendo essa a melhor e mais tranquila maneira de continuar a viver sem saber quando é que me é concedido o bilhete para a última viagem. Amigo, não alinhes neste meu paleio. Trata bem do teu esqueleto. Mais vale um gosto na vida, do que sem euros na mão!

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  3. bom dia
    amigo isto nem parece seu . onde está o seu bom humor , força que hoje joga o nosso GLORIOSO.
    Abraço e um bom fim de semana.
    JAFR

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