quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Olha que dois!


O Bruno de Carvalho anda a ver se os entala por causa do que fizeram no Sporting. Juntos foram para o Algarve à procura de petróleo, mas parece que o negócio não vai para a frente. O Sousa Cintra que por acaso é um dos filhos da minha escola) já andou pela construção civil, meteu-se nas águas, mudou-se para a cerveja e acabou, ou queria acabar, no petróleo e gás. Ideias não lhe faltam, o sucesso é que parece fugir-lhe a cada passo que dá.
Segundo as notícias de hoje, foi o governo do Passos Coelho que lhe passou a licença de exploração no Algarve. Numa altura em que, por razões de protecção ambiental, se desaconselham novas prospecções e se aposta na reconversão da indústria automóvel para os carros eléctricos, a concessão dessa licença parece um erro crasso. Cabe ao actual governo cancelá-la e ver se se livra de pagar uma indemnização de alguns milhões por isso. Até pode ser só isso que os dois "melros" procuram.
Como defensor do meio-ambiente eu sou contra o consumo do petróleo sempre que haja uma alternativa. Há coisas onde não é possível evitar, mas nos automóveis começa a avistar-se uma luzinha ao fundo do túnel, a electricidade. Li em qualquer lado que um dos países nórdicos, acho que a Suécia, tenciona proibir todos os carros não eléctricos a partir de 2030. Ah, valentes, é assim que eu gosto.
E então a solução de futuro é:
1) Carros eléctricos nas cidades.
2) Carros de tracção animal nas zonas rurais.
E vai ser implantado nos limites citadinos um novo sinal de trânsito (copiando aqueles que hoje existem para delimitar a zona tarifária dos táxis) em que aparecem duas setas, uma virada para o centro da cidade e a outra em sentido contrário. E com o sinal de faísca na primeira e um cavalo (ou uma ferradura) na segunda.


Daqui a 14 anos ainda só terei 86 anos de idade e devo andar por cá para apreciar isso. Troco o meu Ford Mondeo de 130 cavalos, se ainda não tiver ido para a sucata, por uma caleche de um cavalo só e fica o planeta a ganhar. E ao estimado filho da escola (que aparece lá em cima, do lado esquerdo) recomendo que volte ao negócio das águas que é muito mais saudável e tem mais futuro que o da gasolina. Penso eu de que!

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Sendo assim, lá se vai o petróleo,
    do senhor empresário Sousa Cintra
    terá que procurar outro negócio
    já sem força para o meter na pinta!

    Sem petróleo toda a gente,
    neste mundo de carroça andar
    do que já foi não diferente
    isso será ao passado voltar!

    Não se irá habituar a Nova Geração,
    viver no mundo sem poder acelerar
    e sem o trigo na terra se semear
    também para se comer não haverá pão!

    Já por cá não andarei,
    para ver as bestas de volta
    da azinheira jamais apanharei
    para com fome comer uma bolota!

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  3. Realmente, este mundo é complicado ... ! Quando nos queixamos por ser pobres, logo aparece a frase : " não temos petróleo nem gás e muito menos ouro ou diamantes " e, por isso, temos de viver com o que temos e resignados ao fracasso . Depois, se surge a hipótese ou forte possibilidade de tal acontecer, lá vem a defesa do ambiente a impor-se a pretexto de teorias sem fim ... . Bom, o pior disto tudo é que, certamente, não haverá algo que justifique a sua exploração e nos atire para o desenvolvimento que se pretende . Naturalmente, defender o ambiente é essencial e cada vez mais necessário ; todavia, as tecnologias existentes permitem, se devidamente aplicadas, resolver/evitar efeitos nefastos e criar condições ambientais satisfatórias, ainda que com alguns riscos, como é evidente . Não há progresso sem inconvenientes ; contudo, o que é certo, é que ninguém quer abdicar dos seus privilégios e passar a primitivismo e andar de tanga ; pois, como se sabe, para além do petróleo, existem inúmeras fontes poluentes consequentes de outras industrias que passam ao lado das maiorias, talvez porque proporcionam melhor bem-estar . A exploração em si mesma não constitui o maior perigo, mas sim a sua transformação e consumo de que todos querem usufruir ! A electricidade não cai do céu e aparece por obra e graça, também deriva, em parte, de centrais que não beneficiam o ambiente, isto para não falar do nuclear e, ainda, provoca alguma dependência externa com custos elevados . Assim, se não incentivarmos e desenvolvermos o que está ao nosso alcance, à semelhança daqueles que podem mais do que nós, a nossa autonomia, a vários níveis, será cada vez mais dependente . Seria bom, que todos os países se mobilizassem para minimizar ou eliminar poluições de grande gravidade mas, como se sabe, cada um tenta defender-se e levar por diante os seus interesses, apesar de afirmarem a necessidade de conter os efeitos em causa . Por tudo isto, resta-nos a competição e não a condenação ao orgulhosamente sós . Um abraço .

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  4. A minha filha mais nova comprou agora um Mercedes classe A, era para comprar um eléctrico, só não comprou porque os postos de carregamento ainda são raros! Quanto à negociata do Sousa Sintra, todos sabemos que a mira dele era aquilo que acabaste de escrever, mas pode tirar o cavalo da chuva porque os portugueses não querem petróleo a poluir o seu jardim, e com a ajuda dos nuestros hermanos, muito menos hipóteses lhe restam.

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  5. Cada um vê as coisas diferentes, depende do lado do prisma em que estao. A exploraçao petroliera pode muito bem poluir toda a orla maritima do Algarve e Alentejo, mas como a curto termo o descongelamento da neve vai fazer subir o nivel dos oceanos, poucas prais vao ficar intatas e os turistas dirao adeus as colonias balneares portuguesas e ao menos a exploraçao petrolifera continuara a fazer entrar massa .
    A minha avo queria comprar um carro elétrico, mas a dor de cabeça dela éra onde ir buscar tanto cordao elétrico.
    Cabeças de porco que dizem nao importa o que seja.
    Tenho lido de tudo no teu blog filho da escola e tenho a dizer que continuo com a mesma ideia que me fez sair dos Fuzos ,
    Sera que um dia te rencontrerei para te explicar o meu ponto de vista ! ...

    16491

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    1. Contigo num extremo de Portugal e eu no outro não vai ser fácil, mas não percas a esperança.

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