terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Assunto não falta!

Tal e qual como as dores que me afligem neste momento.
Quando não se sabe do que falar, toma-se a meteorologia como tema. O meu meteorologista tem andado a prometer chuva para um dos próximos dias, mas é um azarado de primeira ordem, ainda não acertou. Esteve marcada para sábado, depois passou para domingo e chegamos a segunda sem ver uma pinga a cair. Em crise de confiança, marcou-a, agora, para esta noite. Diz que vai começar logo depois da meia noite e durará até amanhã, depois do almoço. Deus queira que ele acerte, pois por aqui o índice de humidade no solo está muito próximo do zero.
Um passo em frente, marche!
No primeiro parágrafo falava de dores e é delas que escolhi falar hoje. Devido a uma série de acontecimentos que não vale a pena estar aqui a relatar, fui obrigado a mudar de médico de família. Marcou-me a primeira consulta para as oito horas da manhã desta terça-feira, hoje. Como sou para lá de pontual em tudo o que faço, apresentei-me lá às 07.45 horas. Abriram-me a porta 20 minutos depois, comigo já a deitar fumo pelas narinas, e quando cheguei ao guichet de atendimento disseram-me que a médica estava doente e seria substituída por outra.
Isto começa mal, pensei eu! Mas afinal não tive de que me queixar, a médica que me atendeu foi super atenciosa, passou comigo mais de uma hora, quis saber toda a minha história, mudou-me a medicação, fez-me uma análise à urina e outra ao sangue, uma inspecção cuidados aos pés por cauda da maldita diabetes e convenceu-me a tomar mais uma vacina que custa 50€ (aqui fiquei na dúvida se ela estará a defender a minha saúde ou os interesses da farmacêutica que produz a vacina, mas tenho que dar-lhe o benefício da dúvida) que vai garantir que eu não morro com uma pneumonia. Vacina com garantia vitalícia, disse ela.
Já cheio de andar em cima dos meus pezinhos, tive que acompanhar a cara-metade na compra do bacalhau. Como já não me sentia com pedalada para o Pingo Doce, agarrei no primeiro que vi pendurado na montra de uma mercearia do meu bairro. E acho que não escolhi mal, gostei do peixinho de 5 kilos e assim fica o lucro cá na vizinhança. E resolvi a coisa com meia dúzia de passos.
Pensava que as minhas atribulações tinham terminado para hoje, mas fui recambiado para o LIDL, à procura de comida para gatos e mais umas coisinhas que faziam falta cá em casa. Depois de percorrer as prateleiras, esperar uns minutos de pé ao pé da caixa, e depois arrumar as coisas no carro já sentia os pés em brasa. Mas faltava ainda muito para o meu martírio terminar. Tinha que ir até casa descarregar os sacos das compras e procurar um lugar para estacionar o carro, coisa que rareia por estas bandas e me faz andar mais uns mil metros extra.
Pois, se estavam à espera que terminasse aí o meu sofrimento, enganam-se redondamente. Faltava-me ainda ir ao banco e aos correios tratar de um documento para fazer a «prova de vida» que a minha seguradora me pediu com urgência, pois se tinha esquecido de o fazer durante o mês de Outubro, como vem sendo habitual. Cerca de 500 metros até ao banco, 15 minutos de descanso à espera do milagroso papelinho que me garante uma pensãozita extra uma vez por ano, por alturas da Páscoa, e mais 200 metros até aos correios para despachar a encomenda. Mais 700 metros no regresso a casa, onde cheguei a arrastar os pés e a amaldiçoar a minha sorte.


O estado físico em que me sentia fez-me lembrar da primeira prova a sério que fiz nos fuzileiros, durante a recruta. Eram 11 kms corridos com a maneliken ao ombro, fato macaco, botas de borracha  e que terminavam com a travessia do lodo, vindo do lado da seca do bacalhau e terminando mesmo no meio da Parada de terra batida, ao lado dos barracões pré-fabricados em que tínhamos as aulas teóricas. A diferença é que nessa altura e depois de um banho refrescante, eu FICAVA COMO NOVO!

9 comentários:

  1. Aguenta que é serviço. Era o que nos diziam nos fuzileiros durante as provas, como a que mencionaste, além de outras bem mais bicudas.
    Espero que o teu estado de saúde vá melhorando, agora com nova médica. Hoje estou um bocado em baixo porque foi o funeral de um vizinho e parente meu com 62 anos, o que é uma pena, quando esperava gozar um pouco mais a vida.
    Um BOM NATAL e um abraço.

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  2. Depois de um dia tão atarefado, desejo que tenhas uma noite sossegada, sem dores. Também para o teu bem estar na vida, que tenhas acertado na escolha da tchimbanda, para melhor te tratar da saúde!
    Aquilo que se sê na imagem era lodo ou era merda descarregada dos esgotos para as bordas do Rio Tejo?

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  3. Bom dia
    amigo oxalá que para o ano por esta altura volte a fazer o mesmo que fez ontem pois é sinal que ainda esta no mundo dos vivos. e vamos pedir um de cada vez.
    um abraço
    JAFR

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  4. Tenho pena de Ti pobre pecador: que ganhas a te lamentar de teu mau estado de saude ? Acho que farias melhor em mentir e certamente muitos "mangas" ficariam menos contentes.
    Diz que das tres ou 4 por noite, que "bandas" que nem um cavalo e te sentes menos cansado do que quando estavas nos fuzos.
    Ninguém nos dà remedio as nossas dores e ainda se vanglorisam.
    Bom Natal a todo o Mundo que ainda fode,

    16491

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    1. Eu sei que não concordas comigo, filho da escola, mas este é o meu modo de ganhar a vida, por isso não me estragues o negócio.
      Bom Natal para ti também!!!

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  5. Esqueci-me de lhe dizer, que essa vacina, vitalícia, só o livra das três principais e mais graves estirpes de pneumonia. Mais tarde, daqui por um ano ou dois, terá que levar uma outra, que é mais barata, e que o livrará das outras vinte e tal estirpes. Quando voltar à médica pergunte se não é verdade. Eu levei essa No ano passado, estou quase a levar a outra. O meu marido levou essa o mês passado.
    Um abraço

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