domingo, 22 de dezembro de 2019

Uma coisa muito séria!

A água que bebemos, o ar que respiramos e o fogo que nos aquece são bens absolutamente necessários à sobrevivência da espécie humana e que devemos tratar com mãos de veludo e, acima de tudo, com muita inteligência.
A água falta em muitos lugares da terra e cria problemas enormes quando é demasiada, em muitos outros lugares. O fogo, uma das mais importantes descobertas dos nossos antepassados, anda fora de controlo e faz arder vastas áreas pelo mundo fora. Veja-se o caso dos incêndios da Califórnia e da Austrália. O ar que respiramos está totalmente irrespirável, em muitos lugares por esse mundo fora. Quanto maior a concentração de pessoas (e os seus automóveis) maior é o problema. Atente-se naquilo que se passa na China e na Índia, já nem com as máscaras conseguem respirar.
Nem vale a pena repetir que muitos destes problemas teriam solução se a população do mundo quisesse adoptar as medidas certas e prescindir de muitos modernismos e luxos que nos conduziram a esta situação. O petróleo e o carvão teriam que passar à história. As indústrias poluentes teriam que ser modernizadas para eliminar ou, pelo menos, reduzir muito a emissão de gases. Os transportes teriam que ser reorganizados, menos carros (de preferência nenhuns) mais cavalos e bicicletas.
Tudo isso teria um brutal impacto na vida das pessoas, a perda de muitos empregos e o regresso ao cultivo da terra como meio de subsistência. E, por tabela, o esvaziamento das cidades e o regresso ao mundo rural. Já se imaginaram a viver numa pequena casa e ter uma carroça como meio de transporte para ir até à vila mais próxima trocar batatas e cebolas por arroz e massa? Se isso for a alternativa a morrer intoxicado, talvez valha a pena.


Mas, entretanto, há coisas mais simples que podíamos ir fazendo. Já existem oleodutos e gasodutos que atravessam mares e continentes, está na hora de começar a construir «aquadutos» para levar a água dos lugares de onde sobra para onde falta. Vendo as notícias de ontem, sobre o rio Mondego e as enormes cheias que afectam toda a gente que vive entre Coimbra e a Figueira, dei comigo a pensar no tamanho da «Barragem da Aguieira» e na sua localização, quase no centro do país. Ontem estava a descarregar 2.200 metros cúbicos de água por segundo, provocando cheias de meter medo, desde Coimbra até à foz.


Se não se fizer nada para mudar o rumo das alterações climáticas, talvez não haja solução para esse problema. Mas poderíamos minorá-lo e, ao mesmo tempo, resolver o problema da falta de água no sul do país. Como? Construindo um «aquaduto» a ligar a Aguieira ao Algarve, passando pelo meio do Baixo Alentejo. É difícil? Não. Custa dinheiro? Muito.


Mas se essa for a única solução é melhor começar a reservar dinheiro para isso. Uns milhõezitos em cada ano para ir começando a obra e na próxima vez que chover muito talvez já se possa aproveitar alguma água para dar a quem faz falta. Gasta-se tanto dinheiro mal gasto (dos muitos impostos - reparem bem no significado desta palavra - que nos tiram do bolso que melhor serviria para esse propósito.
Segundo os entendidos na matéria, o Costa e o Centeno já elevaram a cobrança de impostos até aos 35% de toda a riqueza criada em Portugal. Antes da Troika - tempos do Zé Pinóquio - já era de 33% e, por muitos, considerada exagerada. Em vez de pedirmos ao governo que reduza e regresse aos 33% do PIB, vamos pedir-lhe que cative esse enorme capital para a construção desse aquaduto de que vos falei. Boa ideia? Porreiro, pá, vamos a isso que amanhã será tarde !!!

4 comentários:

  1. Bom dia
    Será que não haverá mais cabeças a pensar assim ??

    JAFR

    ResponderEliminar
  2. Tudo isso é muito fácil de dizer. Mas, tarde ou nunca será posta em prática. Pensando eu que os responsáveis não irão ler este texto que bem escreveste. Devia essa imagem do aquaduto ser colocada num painel publicitário junto À Assembleia da República, para que aqueles cabeças ocas. Botassem essas boas ideias em prática. No futuro podiam-se evitar as cheias que estão acontecendo no Norte e no Cento do pais. Podendo também dessa forma ser resolvido o problema da falta de ágau no Alentejo e Algarve.

    Bom Domingo.

    ResponderEliminar
  3. Pois é, pensar/mencionar o que seria desejado, bem como sugestionar soluções, demonstra capacidade de observação e inteligência apreciável . No entanto, para dificultar tudo isso, surgem os inúmeros interesses a pretexto de teorias sem fim ... e, assim, energúmenos que abundam por esse mundo fora, indiferentes a tudo e a todos, vão agindo nefastamente e proclamando teorias de mal-feitores e barbaridades sem limite ; isto é, pensam em si e nos seus, a considerarem-se como eternos, e que o mal que afecta o planeta em que que vivemos, apenas tem consequências maléficas para os outros ! Como exemplo disto, olhe-se para o ignorante e prepotente que está à frente dum dos Países mais industrializado/poluidor do mundo e para a visão/actuação que tem acerca destas matérias ; todavia, vai tendo admiradores/apoiantes de diversos quadrantes e várias origens que, lamentavelmente, apreciam esta criatura sem regras e sem escrúpulos . Chega-se ao ponto, de se provar publicamente as suas arbitrariedades e falsidades ao mais alto nível e, como se isto não bastasse, tem cobertura partidária para o ilibar/desresponsabilizar e continuar na impunidade ! De facto, a ser assim, é caso para dizer que a democracia republicana dos Estados Unidos da América está doente e de difícil cura ; aliás, mal que vai alastrando por muito lado e, como é óbvio, também existe por cá . Naturalmente, a diversidade de excessos cometidos pelo ser humano têm que ter o seu preço e daí as catástrofes que inesperadamente vão surgindo e cada mais difíceis de controlar/atenuar ; logo, aspectos de ordenamento territorial, aproveitamento de recursos e defesa do meio ambiente, são indispensáveis e devem constituir prioridade de quem administra/governa, sem esquecer o esforço da comunidade em geral em tudo que estiver ao seu alcance . Se assim não for e continuarem à solta os do costume e outros idênticos, com a bênção/admiração de uns quantos que me dispenso de classificar, então as desgraças não param de surgir e de aumentar . Desejo um SANTO NATAL e um NOVO ANO repleto das maiores felicidades . Um abraço .

    ResponderEliminar
  4. Tema lindo, por ser bem apresentado mas, muito sério para toda a gente! Contem dicas saudáveis e capazes de serem resolvidas. Tudo é possível desde que o "HOMEM" queira.
    Parabéns Carlos-Agora é que o cérebro está bom. Em frente com a escrita.
    Com votos de BOAS FESTAS para todos. Esperamos muito mais em 2020.

    ResponderEliminar