sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Ex-combatentes!


Esquecendo, por agora, as receitas de bacalhau e outros pratos de que ainda hei-de falar, hoje quero dizer algo sobre o assunto dos «Ex-Combatentes» - parece que agora se deve dizer "Antigos Combatentes" - que ontem esteve na ordem do dia.
Era dia de o assunto ser discutido no Parlamento e alguns (poucos) ex-combatentes juntaram-se em frente ao edifício para fazer pressão e ver se o assunto se resolve, de uma vez por todas. Depois de se saber o resultado,

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o Estatuto de Antigo Combatente "incorpora os instrumentos de apoio económico e social desenvolvidos pelo Ministério da Defesa Nacional, com resultados comprovados, e cria novos instrumentos destinados a apoiar o envelhecimento digno e acompanhado daqueles que serviram o país em teatros de guerra".
"A proposta de lei prevê, ainda, um plano de apoio aos antigos combatentes em situação de sem-abrigo. O Estatuto de Antigo Combatente define o dia 9 de abril - data em que se comemoram os feitos históricos dos Antigos Combatentes na Batalha de La Lys - como o Dia Nacional do Combatente", refere ainda.

ouvi alguns "palradores" a deitar achas para a fogueira e pedir tudo aquilo que nunca tiveram, e o mais provável é que nunca venham a ter, incluindo uma pensão de reforma nunca inferior ao salário mínimo nacional. E dei comigo a pensar que pedir não custa, o que custa é arranjar o dinheiro para todas essas larguezas. É bom não esquecer que do nosso bolso sai, os mamões do costume não querem ver reduzida a fatia do bolo que lhes toca, por isso temos a despesa sempre a subir.
O mais provável é que se fique por uns pequenos benefícios que pouco interesse terão para a grande maioria dos interessados, como entradas livres nos museus, e talvez um jeitinho nos transportes públicos. Dinheiro que é bom e a gente gosta, vejo muito difícil. 

3 comentários:

  1. Essa lenga lenga tenho ouvido da boca dos sucessivos governantes. Que vão deixando passar o tempo. Até que não exista mais nenhum ex-combatente da guerra do Ultramar.

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  2. Os antigos combatentes têm sido esquecidos através do tempo. Para o Poder, quanto mais esquecidos melhor devido a uma só palavra-"Dinheiro".
    Na verdade alguns AC vivem razoavelmente. Mas não é destes que temos de falar. O grande problema são aqueles que vivem na miséria, por falta de saúde ou por falta de meios. Acresce dizer que a maior parte dos AC vivem com doenças incuráveis devido ao stress da guerra.
    Fala-se agora no Estatuto 45 anos depois-é vergonhoso....
    Dos que restam, se virem as suas condições melhorar, já não é mau. Vamos esperar para ver.
    Abraço Fuzo

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  3. Os políticos têm protelado sempre a situação dos antigos combatentes. Não me custa a crer que depois de muita conversa, fique tudo em águas de bacalhau, ou quando muito lhes dêem como diz algumas benesses que pouco lhes vale. Afinal de contas, a guerra já acabou há quarenta e cinco, os antigos combatente estarão os mais novos a chegar aos setenta, e como é sabido que a esperança média de vida é mais curta para os homens que para as mulheres, se protelarem a coisa por mais uns dez anos, o assunto resolve-se por si.
    Abraço e bom fim de semana

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