terça-feira, 24 de maio de 2016

Só para não ficar calado!

No Niassa havia o rio Lunho
Comer e beber é uma festa
Tendo sono dorme-se a sesta
Em Vila Real a 18 de Junho

Mal inspirado anda o poeta
Pela musa foi abandonado
Mas sabe escrever sem caneta
Batendo com força no teclado

Corvetas há na Marinha de Guerra
Bom chouriço em Trás-os-Montes
Bem fresquinha brota da Terra
A água daquelas fontes

Se mais soubesse mais escrevia
Assim, não sabendo fico calado
Se me deixassem até dormia
Uma bela soneca descansado!

8 comentários:

  1. Havia, pois eu bem sei,
    disso eu sou testemunho
    três meses junto dele acantonei
    desse tão falado do Rio Lunho.

    Cheguei lá num dia de muita chuva.
    chovia que se fartava
    no citado rio, corria água turva
    em seu redor o perigo espreitava.

    Naquele sítio medonho,
    de noite no céu só se via a lua
    não havia aguardente de medronho
    nem tão pouco mulher nua.

    No dia 9 de Março,
    toda a noite não me vi livre dela
    bem disso eu ainda me lembro
    de mil novecentos sessenta cindo
    que me causou algum tormento
    apanhei lá uma cadela, não minto.

    Quem diz a verdade,
    não merece castigo
    não fiz nenhum disparate
    por isso é que o digo!

    Eu te dou os parabéns poeta,
    tão bem te safas na poesia
    deixa sempre a porta aberto
    para entrar a fresca maresia!

    Mandava embora a a tristeza,
    antes, quando alegre cantava
    fui apanhado de surpresa
    com esse belo poema não contava!

    Quando chegar o dia,
    pelos caminhos de Portugal
    sairei da Póvoa de Santa Iria
    a caminho de Vila Real!

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  2. Com o regresso da chuva
    Não deu para passear
    Como um poeta deste a curva
    E a Vila Real foste parar.

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  3. Poetas do caraças
    Que botam faladura
    Haja em VR carcaças
    E pinga com fartura

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  4. Artur "Leiria", no Canadá,
    vai aparecendo de quando em vez
    mas, creio que não se esquecerá
    de que um bom cidadão Português!

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  5. "... não havia medronho, nem tão pouco mulher nua"... Uma frase que merece ficar na história.

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  6. Mulher branca nem vê-la,
    pretinha também era raro
    desaparecia o sol no ocaso
    chegava a noite com a tristeza!

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