domingo, 22 de outubro de 2017

Cabrões, cabras e cabritos!

Bom dia!
Bem vindo seja quem veio aqui à procura de novidades!
Aviso já que nem tudo aquilo que escrevo serve de exemplo seja para quem for, gosto de pôr um pouco de humor naquilo que trago a este blog, pois a vida já é complicada que chegue para eu aparecer aqui de cara muito séria e a impor respeito a quem por aqui passa.
Um bem haja a todos por o continuarem a fazer.
Comecemos pelo título. Cabras morreram muitas nos incêndios deste 15 de Outubro. E deixaram muitos cabritos desmamados que não cessam de balir à espera de quem lhes dêem mama. Cabrões são todos aqueles que, à sucapa, vão tirar dividendos desta desgraça.


“Obviamente o país tem de prosseguir uma gestão responsável das suas finanças públicas. Não passámos a ter meios ilimitados, mas quero dizer com clareza o seguinte: o que é urgente ser feito vai ser feito e temos a margem orçamental hoje para poder fazer aquilo que nos comprometemos a fazer e tal como até agora temos cumprido tudo aquilo que nos comprometemos, isso resulta de duas coisas: nunca assumir um compromisso que não tenhamos condições de cumprir e nunca desistir de cumprir mesmo quando ele é difícil de cumprir”.

Estas palavras de António Costa fizeram-me lembrar o discurso do director financeiro do Benfica, na assembleia de aprovação das contas, "nós temos dinheiro para investir" e para ser sincero não me senti muito feliz com os pensamentos que me atravessaram a mente. O Benfica está como se sabe e Portugal está endividado até os meus bisnetos terem os seus próprios netos e sabe Deus se esse tempo será suficiente.
Não sei se o Costa e os outros três, Capoulas, Azeredo e Cabrita (cujos nomes vou tentar reter na memória até Portugal se incendiar de novo) serão capazes de travar os incêndios. Uns milhõezitos de euros vão ser espalhados por aí, como quem atira confeitos num baptizado (a maior parte dos portugueses nunca ouviu falar neste costume) e feliz de quem os apanhar. Aquilo que é tão certo como a morte é Portugal voltar a arder logo que chegue o próximo verão. Uma coisa vos posso garantir, durante pelo menos 15 anos não voltará a arder onde ardeu este ano.
Juntar os ministros da Agricultura, Administração Interna e Defesa - atribuindo-lhe responsabilidades - parece-me uma boa ideia. Se eles souberem comunicar e juntar esforços pode ser que no próximo ano não seja tão mau como foi neste de 2017. Em vez de chorar que não há bombeiros suficientes, podem começar já este mês com um curso de sapadores-bombeiros, no Exército, que os nossos rapazes (soldados) não têm mais nada que fazer a não ser guardas de serviço à Porta de Armas.
A Força Aérea no ar e o Exército em terra, não precisamos de mais ninguém para controlar o fogo. Para mim, os bombeiros estão mais vocacionados para as ocorrências dentro das cidades e pequenos fogos ao redor das povoações. A guerra aos grandes fogos florestais tem que ser feita por um exército a sério e bem treinado. Quanto mais penso nela mais me agrada esta ideia. Se eu estivesse na pele do ministro Azeredo convocada já os Chefes do Estado Maior do Exército e Força Aérea para uma reunião, amanhã às 9 da manhã, para começar a alinhavar o plano.
Talvez seja desta que mamem mais os cabritos que os cabrões!

4 comentários:

  1. Bom dia
    ja dizia o poeta popular Antonio aleixo

    Sei que pareço um ladrão
    mas há muitos que conheço
    que não parecendo o que são
    são aquilo que eu pareço.

    um bom domingo para todos
    JAFR

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  2. Esta ementa que nos arranjaste para hoje, espero que nos faça bem a digestão para o próximo verão! Gosto de chanfana, por isso espero que as cabras não acabem, também gosto do cabrito transmontano assado no forno, já desses cabrões, nem vê-los à frente!
    A Força aérea já está disponível, para as tarefas que lhes forem atribuídas, resta o exército, a marinha, a GNR e PSP, dizerem AMEN. para nossa segurança, isto deve servir de exemplo aos governantes, que nenhum país está livre duma catástrofe do género, ou atentado e são as nossas forças armadas que têm obrigação de nos proteger, mas com alguém com competências para os preparar.

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  3. Se os militares nas instalações à sua guarda não conseguem evitar os assaltos. Também não serão competentes para extinguir o fogo na floresta. Muito do que aconteceu se podia ter evitado. Se as Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias, entidades particulares e o povo em geral. As Câmaras Municipais e as Juntas de freguesia, limpassem o que lhes compete limpar. Não se esquecessem de o fazer em tempo útil como também não se esquecem de cobrar o IMI. Os particulares limpassem os seus terrenos, não estivessem à espera do seu vizinho o fazer por si. Depois acontecem as desgraças choram-se lágrimas de lamento e desespero. O Estado que também os não fez cumprir as leis em vigor, tem de estar preparado com dinheiro para acudir a quem por algum desleixo seu também perdeu os seus haveres. Todos se esqueceram do provérbio "Quando vires as barbas do teu vizinha a arder, põe as tuas de molho"

    Um texto com muito humor,
    com aviso aos mais descuidados
    que fazem ouvidos de mercador
    mais ainda abarrotando recados!

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  4. O discurso do PM, ao contrário dos anteriores, relativamente à matéria em apreço, pareceu-me bastante equilibrado e realista, indo ao encontro do que se torna indispensável ... . Sou dos que também sofri prejuízos com a tragédia em causa e sinto o quanto é doloroso para outras vítimas que, infelizmente, sofreram muito mais do que eu, especialmente no que se refere a lesões físicas e perda da própria vida, o que lamento profundamente e pelas quais tenho o máximo máximo respeito . Depois, na qualidade de conhecedor do que se tem feito na nossa floresta e, logicamente, o que se contribuiu para um beco sem fácil saída, não posso deixar de censurar certas entrevistas, discursos e comentários mesquinhos, cínicos e com ignorância inqualificável, por parte de alguns políticos e de outros entrevistados, incluindo comentadores da treta, que demonstram desconhecer o que se passa no terreno e, assim, irresponsavelmente, falam por falar ou então, maldosamente, tomam partido miserável em favor ou prejuízo a seu belo e patético prazer ; tanto mais que, não se pode/não se deve brincar com coisas sérias de mais, muito menos ajudar à confusão e a deturpar o que por demais está identificado . Como já tive ocasião de dizer, os culpados de tudo isto são todos aqueles que, directa ou indirectamente, nunca tiveram em conta o que se regulamentou e os perigos que se podiam prever ; fazendo plantações sem rei nem roque e ignorando a limpeza dos terrenos à volta das zonas povoadas, não obstante legislação o impor - terreno limpo e árvores devidamente podadas, numa área de 50 metros de distância das casas/habitações - e que praticamente ninguém cumpre ; nem as Câmaras Municipais, que agora aparecem a reclamar tudo e mais alguma coisa, não fiscalizam o que devem e fazem de conta que a sua responsabilidade é transferível e não lhe compete ; portanto, vir-se dizer que o Governo é o único responsável pelo sucedido, é não se ter consciência e dignidade no que se afirma e, deste modo, criar ilusões aos menos esclarecidos que, muitos deles, esquecendo-se das suas obrigações, apenas reclamam para o " salvador " que é o Estado, o mesmo dizendo, que somos todos nós . Assim sendo, poder-se-á dizer sem qualquer demagogia e rigor que as responsabilidades têm de começar pelos proprietários dos terrenos, Câmaras Municipais e responsáveis pela prevenção e combate - Protecção Civil e Bombeiros - e, por último, os Governos que temos tido, face ao que deixaram chegar tudo isto . Se porventura houver alguém com dúvidas acerca do que menciono, poderá deslocar-se ao muito que ainda não ardeu e verá árvores com ramagem caída por cima de telhados de casas de habitação e outras destinadas a diversas actividades, bem como junto a terrenos de cultivo e, assim, poderá tirar todas as dúvidas e não cair em disparates e revelar algo mais ... . Logo, quando o PM ministro disse numa entrevista que, infelizmente, outras tragédias iriam acontecer, apareceram as " virgens do costume " a gritar aos quatro ventos, que tal não de admitia e revelava pouca sensibilidade perante o sucedido ! Em tudo na vida, quando se não é capaz de se assumir o que se deve e usar de frontalidade sincera, então entra-se num triste faz de conta ... . Um abraço .

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