domingo, 26 de março de 2023

 Hoje, os nossos pensamentos e a nossa esperança estão no Luxemburgo. Também tenho lá alguns amigos que, ultimamente, se têm esquecido de mim, portanto a esses posso esquecê-los. Espero que o seleccionador me faça a vontade e ponha o Toino Silva em campo, deixando o Danilo sentadinho no banco a coçar ... os calções!



A esse propósito queria escrever algumas palavras para vos pôr em sintonia comigo, mas não sei por onde começar. Talvez pela minha história de emigrante (nas minhas memórias haverá um capítulo inteiro dedicado a isso) que me levou até à Alemanha, numa zona próxima da fronteira com o Luxemburgo e onde se fala um dialecto, chamado KÖLSCH, que é comum ao Luxemburgo e ao povo da zona onde vivi e trabalhei. Metade dos meus colegas de trabalho eram antigos soldados do exército do Hitler e expressavam-se nesta "língua" e, raramente, em alemão clássico. O lema do Luxemburgo que podem ler na imagem acima, está escrito nesse idioma e eu traduzi-lo-ia como "eu quero ficar para sempre como sou hoje". Para completar a imagem do meu Luxemburgo, onde nunca fui, acrescento ainda que a cerveja Kolsch, ex-libris daquela região, era a minha preferida.



E para completar o quadro, devo falar nos muitos portugueses que fizeram do Luxemburgo a sua Pátria, chamem-lhes parvos (!), com um Pib per capita daqueles quem escolheria outro destino? Segundo ouvi, há momentos, na TV, os portugueses são, hoje, 20% da população do país, mas já chegaram a ser 40%. Os salários pagos são, agora, menores que antigamente e bem estão os reformados que estão a ser pagos nessa base. Alguns desses foram meus camaradas na Marinha e um deles ficou viúvo na semana passada. Como a família que lhe resta é um filho que nasceu e ficou, até hoje, no Luxemburgo, já estou a vê-lo a fazer a mala e ir juntar-se a ele.


Bem, dos actuais  95516 espero ver uma grande parte a comparecer no estádio, pois estão em confronto as suas duas selecções, a Lusa e a Luxa, a do país de onde vieram e aquela do país que os acolheu e lhes enche o bolso para viverem uma vida mais desafogada do que a que nos toca a nós, aqui no Reino do Marcelo & Costa!

Força PORTUGAL !!!

1 comentário:

  1. Com raras excepções o português emigrante consegue sempre uma vida melhor do que aquela que deixou para trás. Porém está-se a passar um fenómeno em países que tradicionalmente nos acolhiam e que já deixaram milhares de famílias em pantanas. Refiro-me à Venezuela, Africa do Sul, Argentina... Países que graças a politicas socialistas passaram de sonho a inferno. Neste momento há portugueses que nem dinheiro tem para regressar. Um problema que pouco interessa à nossa comunicação social e muito menos ao corrupto governo de antonio costa.

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