segunda-feira, 26 de abril de 2021

Abajo e arriba!

 


Os Castros, em Cuba, já não riscam nada. O mais velho morreu, há alguns anos, e o mais novo decidiu arrumar as botas, pois já não tem a idade que tinha, quando partiu da Sierra Maestra à conquista de Havana, terra dos famosos charutos que duram toda a semana. O sonho de impor o Comunismo em Cuba e obrigar o mundo a respeitá-lo, tal como queria Fidel Castro e o seu irmão Raúl, só trouxe desgraça e miséria ao povo daquela ilha. Liberdade, talvez sim ou talvez não, depende do ponto de vista de cada um, mas muita miséria à mistura que durou anos demais.
Não sei o que vai acontecer, agora que a liderança trocou de mãos, mas uma coisa sei com toda a certeza, enquanto os políticos cubanos preferirem a amizade dos russos, em vez da dos americanos, não sairão da cepa torta. Uma convivência sadia com os nossos vizinhos, a permuta de bens, a troca de experiências são factores de sustentação da economia, por isso, Cuba só sairá do buraco, quando fizer as pazes com os americanos. Pode demorar ainda muito tempo, mas vai acontecer, isso é tão certo como a morte.


Há muitos castros no norte de Portugal, um dos quais e bem conhecido é o da «Cividade de Terroso», situado a meia dúzia de quilómetros da Póvoa de Varzim. Na foto parece uma coisa muito limpinha e organizada, mas na prática é uma desgraça. Já tentei lá ir por diversas vezes, mas os acessos são muito difíceis, não chega lá um carro, é preciso ir a pé e já não tenho pernas para isso. Podiam cortar meia centena de pinheiros (que não fazem lá falta nenhuma), criar uma zona de lazer, com umas mesinhas e bancos, além de um pequeno parque de estacionamento. Eu sei que a frequência de turistas arrasta consigo a poluição (em vários sentidos), mas isso é um problema com que a Câmara Municipal tem que aprender a lidar. Isto, claro, se querem que o nosso Castro perdure mais que os de Cuba.



Ainda na Póvoa há outro Castro que usa a alcunha de «Quilores», herdada do seu pai e avô. Todos eles conhecidos por estarem ligados ao «Museu Etnográfico da Póvoa» de que a família foi curadora, durante 3 ou 4 gerações. Ele é o único filho homem que o seu pai deitou ao mundo e tem também um único filho, o qual já tratou de garantir a continuidade no nome de família. Talvez por influência do museu, arranjou mulher de Fozcoa e construiu uma residência pertinho do famoso museu das gravuras rupestres. O seu herdeiro, nascido há pouco mais de 1 ano, foi baptizado com o nome de António, como o seu avô e bisavô e será o portador do apelido CASTRO para a posteridade, uma vez que o resto da família é tudo mulheres.
Abajo el Castro de Cuba, arriba o Castro da Póvoa! Ala Arriba, como se grita na Póvoa!

1 comentário:

  1. Cuba é um exemplo vivo que o socialismo não funciona. A ilha está a cair de pôdre para quem a quizer visitar e descobrir 'o socialismo'. Desde que o homem descobriu que podia trocar amendoins por flechas, o negócio só tem parado quando aparece um Castro pelo caminho. Uma história que de tão repetida já cheira mal. Eu vendo e tu compras - simples! Qualquer artimanha para dividir lucros do teu trabalho com o teu vizinho acaba sempre em merd@. Ninguém dobra-a-mola e ninguém pensa sem incentivo... Nem mesmo os prostitutos da Castro Street em San Francisco.

    ResponderEliminar