Mortos por uma causa!

 A propósito da invasão pelos ucranianos da "Oblast" de Kursk - pus a palavra no feminino, porque a entendo como região ou província - ouvi um comentador referir que morrem mil (1.000) soldados russos por dia. Isso é que é amor à causa! Ou ao seu líder!

Claro que não sei se isso é verdade ou mera especulação de quem não sabe mais o que dizer sobre uma coisa que se passa num país em que tudo é uma grande aldrabice e nem os próprios habitantes sabem o que lá se passa. A grande Mãe Rússia foi tomada pela força por um ditador corrupto que lhes roubou tudo, desde a liberdade até à alegria de viver.

Seja como for, parece que o Putin foi apanhado com as calças na mão e não tem uma resposta à altura do atrevimento dos ucranianos que com muito menos meios à sua disposição lhe têm dado boas dores de cabeça. Para responder a esta acção do exército de Zelensky a Rússia teria que fazer deslocar umas quantas brigadas da zona de Donetsk para norte, coisa que aliviaria as dores dos militares ucranianos que lutam aí com todo o seu empenho, mas menos forças envolvidas.

Os especialistas acreditam que a Rússia tem grande dificuldade em recrutar e treinar mais militares e está a mandar para a frente de batalha, e para a morte, milhares de homens sem qualquer preparação. Segundo eles é isso que os faz morrer aos milhares, como acima referi. Ainda bem, pois assim a guerra acabará mais depressa. Não acredito que ele, o ditador e os seus acólitos, consiga reunir mil homens todos os dias para substituir os que caem.

Se as tropas ucranianas continuarem com o sucesso dos últimos dias poderão girar à direita e rumar a sul, apanhando os russos pelas costas, na região de Kramatorsk e Dontesk. Isso é que seria ouro sobre azul! Ao Putin restaria apenas a hipótese de recorrer às armas nucleares para acabar com a desgraça que tem sido esta "Operação Especial", como ele lhe chamou, onde os mortos já se aproximam de um milhão, mas isso eu acredito que ele não terá coragem de fazer. Ser-lhe-ia mais fácil recolher-se a um país amigo e aí desfrutar das enormes riquezas que amealhou.

Nesta invasão à Oblast de Kursk os ucranianos têm optado por fazer prisioneiros, em vez de os liquidar, para lhe servirem de moeda de troca e assim reaver alguns dos seus combatentes feitos prisioneiros pela Rússia. E sem esquecer os milhares de crianças levados à força de todo o Donbass para serem educadas como cidadãos russos de pleno direito e cantarem louvores a Putin. Isso transporta-me para o tempo da minha instrução primária, quando cantávamos o Hino Nacional e também o da Mocidade Portuguesa.

Cortar aos russos o acesso à Península da Crimeia seria o golpe de misericórdia na tal Operação Especial, mas isso, infelizmente, ainda está longe de acontecer! Rezemos todos, como pede o Papa Francisco, para que esse dia chegue o mais rapidamente possível!