quinta-feira, 1 de outubro de 2020

É dinheiro outra vez, pá!

Genebra anunciou, esta quarta-feira, que o salário mínimo naquele cantão será de 4.086 francos suíços, 3.783 euros.
A subida foi aprovada após 58% dos eleitores terem votado a favor da medida num referendo realizado no domingo.
A proposta tinha sido rejeitada por duas vezes, em 2011 e 2014, mas relatos sobre o crescimento da pobreza na cidade, uma das mais caras do mundo, devido à crise provocada pela covid-19 terá levado os eleitores a alterarem o sentido de voto.
O valor está a ser avançado pelos media suíços como o mais elevado do mundo e deverá entrar em vigor a 17 de outubro.


Não é tanto o que se ganha, mas mais o que se gasta que nos interessa. Ou melhor dizendo, a diferença entre um e outro é que nos mostra quem vive às largas e quem se farta de apertar o cinto para não chegar ao fim do mês a comer fiado.
O Jerónimo de Sousa e o seu partido bem se esfalfam para tentar convencer o Costa a planear um aumento do SMN para o ano de 2021, mas se estivermos a falar de 7.50€ eu vou ali e já volto. Para isso mais vale ficarem quedos e mudos que assim me poupam os tímpanos. O segredo está em controlar a subida do custo de vida e isso dará mais resultado que um aumento do SMN. Aliviar um pouco os impostos que fazem encarecer os bens que consumimos, a começar pela água, electricidade, gás e gasolina, pode representar mais que 7.50€ por mês.
Fiscalizar o funcionamento das creches e impor limites aos preços praticados seria outra boa medida. E de seguida fazer o mesmo aos lares de terceira idade. Há lares onde cada utente paga mais de 1.000€ por mês. Expliquem-me lá como se podem pagar estes preços com os salários praticados neste país. E se vos disser que a Santa Casa da Misericórdia - fundada em 1498 pela rainha D. Leonor - é a que mais explora os nossos velhinhos, vocês nem vão acreditar. Não é culpa da Santa Casa, mas sim dos "homens" que a dirigem e alguns já têm sido levados à Justiça por isso. Mas isso agora não interessa nada, não é o assunto desta publicação.
O que está em causa é a discussão do OE para o ano que vem e não há quem convença o Costa a aumentar os salários e diminuir os impostos. É que o dinheiro faz falta, lá em Lisboa, para mostrar obra feita e distribuir pelos amigos que são muito pobrezinhos e vivem com muitas dificuldades. Pelo que afirmam os comentadores da nossa praça, estamos nas mãos da Catarina (BE) e do Jerónimo (PCP) e só me resta desejar-lhes o maior sucesso na sua empreitada!

4 comentários:

  1. Ainda há poucos dias soube que no coração de Lisboa na Quinta do Ferro (não muito do antigo Hospital da Marinha) há portugueses a viverem sem luz/sem água e a usarem o penico que por sua vez é despejado na via pública. Ontem soube que o Ministério da Defesa proibiu termos como "não sejas maricas" ou "porta-te como um homem". E hoje venho a saber que o salário
    mínimo da Suiça aumentou para quase 4 mil euros... Sinceramente estou desconfiado com o interesse do Ministério da Defesa Portugues em defender tanto o kú dos portugueses... Será que vão todos ser en@#$%os pelo regime socialista do antonio costa (?!)

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  2. O mundo seria maravilhoso se as bibliotecas fossem tão importantes como os bancos.

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  3. Prometer aumentos é muito fácil. Mas concretizá-los é mais difícil. Os representantes dos emprsários já avisaram o governo que aumentar o salário mínino Nacional vai ser a ruinas de muitas empresas. O governo está entre a espada e a parede. O pais precisa dos empresários são eles que criam emprego. O Jerónimo e a Catarina, querem que governo dê aquilo que não têm para dar. Rui Rio diz que é um erro, em tempo de crise provocada pela pandemia, aumentar o salário mínimo Nacional. Há aquele ditado que diz. Na casa onde não há pão, todos ralham mas ninguém tem razão!

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  4. A pandemia serve para muita coisa. Até para não baixar impostos e não aumentar salários.
    Em 2010 já paguei 800€ mês pelo internamento da minha mãe, quando deixei de poder tratar dela, com a neta pequenina e o marido com cancro. Oitocentos euros por mês por quarto duplo e comida. Tudo o resto, fraldas medicamentos, cremes para o corpo, para evitar feridas já que estava acamada, era à parte. Raro era o mês que não chegava aos 1100€. E ela tinha de reforma com o suplemento de grande invalidez, 425€ E Isto foi há dez anos.
    Abraço e saúde

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