terça-feira, 2 de outubro de 2018

O bendito pitrol!


Ele sobe, ele desce, ele enche os bolsos de tanta gente e tanta gente sofre por sua causa, é o bendito ouro negro, o petróleo. Nós a vê-lo descer e a suspirarmos por uma baixa significativa no preço dos combustíveis. Nós a vê-lo subir e a tremer, porque adivinhamos que vamos, uma vez mais, ser os sacrificados e pagar com língua de palmo a maldita da subida. Uma espécie de jogo do gato e do rato, em que o pobre ratinho se esfalfa a fugir de buraco em buraco, mas no fim acaba sempre preso entre as unhas afiadas do bichano.
Petróleo a 150 dólares o barril e muito político corrupto a encher os bolsos e a viver á grande. Lembrem-se de 3 exemplos apenas, Brasil, Venezuela e Angola. O preço do dito começa a cair e chega abaixo dos 40 dólares. E é ver as finanças públicas desses países a ruir como um castelo de cartas. Havia fartura e o povo desses países pouco lucrou com isso. Da fartura passou-se para a miséria - falo dos proveitos advindos do petróleo - e foi o povo que a sentiu na pele. Os magros dividendos nem os custos de produção conseguiam cobrir, mas os mesmos (corruptos) de sempre lá conseguiam retirar a sua (mais pequena) fatia antes que o bolo desaparecesse. Angola começou a viver da dívida externa, a Venezuela não arranjou quem lhe emprestasse e deu naquilo que todos sabemos, supermercados vazios e o povo à fome.
Neste início de Outubro nota-se já o aumento dos preços, na origem, com medo da eventual falta por causa das guerras comerciais entre os grandes blocos e o expectável aumento de consumo no inverno, por força do aquecimento. Dos 40 dólares de há 2 ou 3 anos, o preço já ultrapassou os 80 - ontem bateu mesmo os 85 - e promete não ficar por aí. E quem vai beneficiar desse aumento de preço? O povo dos países produtores que vêem as suas receitas passar para o dobro? Isso é que era bom! Para nivelar as despesas e pagar as dívidas contraídas, dirão os políticos. Para voltar às antigas mordomias dos mesmos de sempre, digo eu.
E nós que não contamos com receitas do petróleo seremos duplamente penalizados. Além de pagarmos os combustíveis mais caros, o aumento de preço na origem vai servir de desculpa para todo o tipo de aumentos que se possam imaginar. E se o nosso governo (xuxalista) não nos espremer mais, será apenas para o contemplarmos com o nosso voto no próximo ano que é de eleições.
Pobre povo que tanto sofre e não se consegue levantar da lama! Era assim no tempo da Monarquia e não melhorou nada com a República. Qual será o sistema ideal para garantir uma mudança favorável?
Respondam vocês que eu não sei!

2 comentários:

  1. Tudo o que falaste é a pura realidade dos tempos modernos e já ninguém quer voltar aos tempos em que em minha casa haviam duas bicicletas uma para o meu pai que percorria todos os dias 15 Kms para apanhar o comboio até à Figueira onde trabalhava e outra para eu ir aos bailes ao domingo por vezes a 20 Kms de distância, hoje o pai tem um carro, o filho outro e a mãe outro, já ninguém passa sem o seu popó, mesmo com transportes públicos à porta e todos bebem gasóleo ou gasolina, os luxos são pagos, até eu já não sei quando peguei na bicicleta pela última vez e estão três na minha garagem.

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  2. São espertos eu direi,
    os que não são burros
    tu não sabes eu não sei
    mas, sabem os corruptos!

    Para dizer a verdade,
    eu até sei mas não digo
    afastava-os da sociedade
    para um subterrâneo abrigo!

    Sem portas e sem janelas,
    para evitar a propagação
    do mal nas coisas mais belas
    que ainda existem nesta Nação!

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