Estou como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor!
A minha médica de família é uma jovem médica e mãe que me acompanha desde o seu primeiro parto. Quando a seleccionei para substituir a anterior (que não valia um pataco) estava ela em casa, de parto do seu primeiro filho (filha se não me engano) e tive que andar por outras mãos, durante o primeiro ano.
Profissionalmente, não sei como a classificar, qualquer queixa que eu apresente põe-me a correr para o HPH (Hospital Pedro Hispano) e eles que assumam a responsabilidade. Ela é toda sorrisos, muito atenciosa, mas não me faz qualquer favor. Na primeira vez que tive que renovar a Carta de Condução, como eu andava em consulta de Neurologia (HPH) ela cismou que só com uma declaração precisa do neurologista me passava o atestado. Lá tive que ir ao hospital e incomodar o médico para ele ligar o computador, procurar o meu dossier e apontar lá que a minha doença não era impeditiva de conduzir. Nessa altura fiquei uma barata, mas já lhe perdoei.
Registar o peso, medir a tensão, auscultar, verificar a aparência dos joelhos e tornozelos, cujas articulações estão "gripadas", e o veredito final foi: - está tudo nos trinques, 1 Kilo a menos no peso, diabetes controlada, tensão impecável, continue assim que nunca mais morre!
Umas pernas novas davam-me jeito para não passar as 24 horas do dia sentado ou deitado, respondi-lhe eu. Mas isso não está ao meu alcance, disse ela. Se quiser aplicar umas próteses nos joelhos, eu passo-lhe o papel! Não, obrigado, disse-lhe eu e mandei-me pela porta fora! É muito incómodo para o resultado que posso esperar (disse eu para os meus botões)!

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