Não tenho ligado nada aos debates televisivos entre os candidatos, pois acho que é perda de tempo. Eles falam apenas do que não interessa e têm poucas ligações com a personagem, mais ou menos icónica, que ocupará o Palácio de Belém, a partir de Março (próximo futuro).
O orçamento para a presidência da república deve andar um pouco acima dos 22 milhões de euros, ou seja, quase 2 milhões por cada mês do ano. Talvez fosse um bom começo discutir este valor e ver se não está a ser esbanjado dinheiro que faz falta (e muita) para outras coisas.
As sucessivas viagens que o presidente faz, e o actual abusou desse privilégio, parecem-me desnecessárias ou pouco justificadas. O pessoal que anda atrelado ao presidente, entre assistentes, motoristas, seguranças, etc. talvez pudessem ser reduzidos a um mínimo aceitável e poupar uns cobres. Para conhecer os seus pares internacionais, talvez fique mais em conta mandá-los vir a Lisboa e pagar-lhes o jantar no Palácio de Belém.
Estes parecem-me ser os assuntos de interesse a discutir nos debates, pois o trabalho do dia-a-dia do presidente terá assessores especializados para lhe preparar a papinha toda. Estudar e rever leis que vêm do governo ou do parlamento para publicação terão especialistas em direito constitucional para sublinhar a vermelho a parte do texto que suscite dúvidas para posterior análise do presidente. E receber membros do governo ou os partidos para troca de impressões não é tarefa de todos os dias.
As reuniões do Conselho de Estado também não acontecem todos os dias e a sua serventia é bastante discutível, alguns dos conselheiros fazem lá tanta falta como uma viola num enterro. Talvez valesse a pena discutir esse assunto nos debates. Ex-presidentes ainda concordo que lá apareçam, representantes de partidos eu não os quereria lá, empresários de sucesso talvez e pouco mais, a quantidade raramente é sinónimo de qualidade.
Estão a perceber por onde eu encaminharia a conversa se estivesse no lugar do candidato? Mas não vejo isso na discussão nem os pivots do canal televisivo entram por aí. O que pensa disto, o que pensa daquilo, o que faria nesta situação ou naquela que envolve o risco de entrarmos em guerra numa guerra que não diz grande coisa aos portugueses. O que pensa dos outros candidatos á matéria proibida e terreno escorregadio a ser evitado.
E depois, há as sondagens que, segundo as más-línguas são encomendadas a preceito para darem o resultado que se pretende mostrar ao grande público que é, ao fim e ao cabo, quem garante as audiências e as receitas necessárias para continuar a fornecer o serviço. Aí labutam os estatais, muito dispendiosos, e os particulares, atascados em problemas económicos, que têm que fazer algo que justifique a sua existência e as sondagens parecem ser a solução.
Para mim não, cada vez se tem visto mais e maiores desvios do resultado final em relação às previsões feitas. O que me leva à conclusão desta minha publicação, duvidando que o Marques Mendes (mais conhecido pela alcunha de Ganda Nóia) alguma vez reúna 40% ou mais de votos numa primeira volta. E mais ainda que ultrapasse o candidato apoiado pelo PS, ou o almirante das vacinas que, pelo que se diz nas redes sociais é o candidato preferencial de uma grande parte da população desiludida com o desempenho dos partidos políticos.
Tenho dito !!!
P. S. - A questão da estatura tem a ver com a foto que acompanha a publicação, onde se nota a altura do marinheiro que concorre a presidente, ao lado dos minorcas da política tuga!

Não vejo os debates e depois vira o disco e toca o mesmo com os os especialistas da especialidade como diria o KK:)
ResponderEliminarBeijos e um bom dia!