quinta-feira, 21 de abril de 2016

Haja paciência!

Li, esta semana, que há ainda quem continue a lutar pela paragem das obras no barragem de Foz Tua. A firma responsável pela marca de vinhos Esporão, ao que parece, tem vinhas plantadas na zona que vai ficar submersa e decidiu juntar-se àqueles que, com razão ou sem ela, lutam pela paragem das obras. A Unesco já aprovou a construção, impondo algumas condições, e não vejo como iriam voltar atrás depois de tanto dinheiro gasto na obra.

18 de Fevereiro de 2011 - A primeira pedra

O Zé Pinóquio que já é odiado por não sei quantos milhões de portugueses acaba por ser o culpado disto tudo. Quem o mandou meter-se no negócio das electricidades? A nível eólico deixou-nos uma conta para pagar que vai fazer crescer cabelos brancos aos meus bisnetos. A nível hídrico é o que se tem visto, barragens suspensas, barragens canceladas e sei lá mais o quê. Anda o actual Primeiro Ministro, agora, a desfazer o que o outro andou a cozinhar em 2010 e 2011.
E tanto mais estranho é isto tudo quanto mais gente aparece a dizer que a barragem não faz falta nenhuma. Já temos energia suficiente e quando acontece haver produção excessiva somos forçados a injectar a parte sobrante na rede espanhola e sem receber nada em troca. Um negócio da China para eles. E enquanto isso pagamos uma fortuna para manter os aerogeradores a trabalhar, por conta das parcerias existentes com os donos dos parques eólicos. É assim, faz parte do contrato.


Também não entendo muito bem aqueles que defendem a paragem das obras por causa de uns terrenos agrícolas que vão ficar debaixo de água. O que mais há por aqueles lados são terrenos abandonados que ninguém quer trabalhar, seja por falta de dinheiro, de mão de obra, ou tudo junto. É uma verdade que a população jovem não quer ficar ali, onde não há qualquer perspectiva de futuro e os velhos já não têm forças para trabalhar.
E ainda outra coisa, como está a acontecer no Alqueva, a grande albufeira que vai ser criada pelo vale do Tua acima, dará origem a um microclima que poderá vir a potenciar outro tipo de agricultura mais moderna e actual. Além de que o turismo também sairá a ganhar. Em vez de um comboio que era muito bonito, mas economicamente insustentável, podem iniciar um transporte fluvial até meio caminho de Mirandela e, se houver interesse nisso, reactivar o velho comboio daí para cima.


O que vai mudar com certeza é a fauna piscícola. Em vez das saborosas trutas que não se dão muito bem em águas profundas e paradas, teremos achigãs que também são muito apreciados e fazem as alegrias dos pescadores desportivos. Estou a pensar em investir nuns barquinhos pequenos (para duas pessoas) e numas canas de pesca para alugar a quem estiver interessado, logo que a albufeira comece a encher.

Um abraço e ...
Boa pescaria!!!

5 comentários:

  1. Não dá para comentar um assunto do qual não sei nada. O que eu li em tempos, é que essa barragem tinha que ser construída com determinadas condições impostas pela UNESCO, e que essas condições não estavam a ser cumpridas. E que essa barragem apenas iria fornecer 0,05 da electricidade necessária ao país e que por isso não ia pagar o investimento. Se é assim ou não, não faço a mais pequena ideia.
    Quanto à passagem da filha do Manel por Moçambique, a história não é dela, é do pai. Ainda assim, eu disse que ela viveu em Moçambique, que esteve doente em Nampula, que estava lá empregada num estúdio fotográfico (aliás era o único que havia na altura) e mostrei as fotos do casamento.
    Abraço

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  2. Hé pá de pescaria só no prato e vivo rodeado de pescadores!
    Do resto estou de acordo com o Tino, um governo faz gastando o que não tem, o que vem a seguir desfaz tudo o que foi feito e as dívidas vão amontoando para gerações vindouras! Os portugueses não mereciam isto, pouca vergonha.

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  3. Haja paciência, porque vergonha não há,
    eles dizem e desdizem, avançam e recuam
    continuem porque o povo tudo isso pagará
    o que já está feito por favor não destruam!

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    1. Queria eu dizer! O que está bem feito. Porque o que está mal feito. Seja aqui em Portugal, ou seja lá na China, quem trabalha mais perturba!

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  4. Com zebros não resulta?

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