Estamos quase lá, no fim deste ano de 2024, e é forçoso fazer um balanço do que de bom ou de mau nos aconteceu. E, se possível, das esperanças que nunca se concretizaram ou da fé inabalável que mantemos de que se venham a concretizar um dia.
A nível pessoal tenho pouco que reportar, terminei uma intervenção cirúrgica que começou em Junho do ano passado, aos olhos, um de cada vez, e terminou em março deste ano. Há quem se queixe de ter passado por essa provação sem se sentir beneficiado, eu só posso dizer bem, embora sinta algum incómodo com os cristalinos artificiais.
No mês passado, fiz a substituição do gerador do Pacemaker que me garantirá que o coração não pare nos próximos 10 anos. Os níveis de açúcar no sangue nunca estiveram tão bem como agora e o fígado e os rins têm aguentado com a medicação que me vejo obrigado a fazer. É isso ou ir desta para melhor, diz a minha médica de família.
Em Abril, acordou a "velha ursa" que trouxe de Moçambique, há muiiiiitos anos. Passei uma noite no hospital, dali fui à consulta da especialidade e o cirurgião mandou-me para casa com um recado: - para operar há sempre tempo, por enquanto aconselho a não o fazer. Fiz-lhe uma vénia e agradeci!
A outra metade da minha laranja lá vai carregando a sua cruz como pode. Há coisas em que está melhor que eu, noutras está pior, mas a mulher tem mais resistência que o homem a essas coisas, sofre mas segue em frente. A tanatofobia é o seu pior mal, tem tanto medo de morrer que passa o tempo a dizer: - quem me dera não ter nascido!
Partiram deste mundo alguns familiares, amigos e vizinhos, mas isso nem é notícia e somos obrigados a repetir aquela velha frase: - a vida continua! Um camarada da Marinha que em breve completará 84 anos, sempre se gabou que nunca ficaria viúvo, pois a Esperança (nome da sua mulher) é sempre a última a morrer. Pois, estava bem enganado, há dois meses que ela faleceu e ele está ... viúvo!
Quanto às finanças, este ano foi o tal em que voltei a receber de pensão tanto como no ano em que me reformei, tinha andado para trás cerca de 400€, e no passado mês de Setembro, com aquela alteração da "Retenção na Fonte", tive um acréscimo de 150€. Veremos como isso termina, quando apresentar a próxima declaração de rendimentos, em Abril de 2025.
Mas a inflação que tanto faz falar os políticos, come uma pate dessas melhorias, pois, embora, oficialmente, a inflação ande pelos 2%, há coisas, como os cereais, as frutas, o leite ou o azeite subiram mais de 10% e alguns casos mais de 20%. Tomem como exemplo um saco de 20 kgs de batata que há um ano valia entre 5 e 7€ e hoje não se consegue a menos de 12€. Ainda por cima de batata francesa de má qualidade.
Os meu filhos, pode dizer-se que tiveram um ano positivo. A filha é professora e viu, finalmente, a sua carreira descongelada e subiu um ou dois degraus na escadaria da progressão, resultado da queda do governo do Costa. O meu filho que é patrão dele mesmo, melhorou o seu negócio, comprou um imóvel onde instalar as máquinas e mais os rapazes do Banladesh que trabalham para ele e, pela primeira vez, desde os seus 18 anos, vejo-o com a vida encarreirada.
Os meus netos que estão entre os 20 e os 30 anos correm o risco de ter que pegar em armas para defender a Nato e a Europa se as coisas se complicarem e os políticos que nos representam não souberem resolver o problema pela via pacífica. O Putin continua a ameaçar com a guerra nuclear, mas eu não acredito que ele seja tão louco como isso, ele também tem família, amigos e o próprio coiro para cuidar. E, em última análise, as armas modernas são mais poderosas e a gente morre sem sequer dar por isso!
Venha o 2025 que já estamos fartos do velho 2024!
Mais uma semana e picos e estaremos lá, no ano 25 deste milénio.
ResponderEliminarSe lá chegaremos só Deus sabe, eu penso que ainda ando aqui para as curvas e não me queixo...De que me serviria?
Festas Felizes.
Boa ou má - nós os velhotes - já vivemos uma vida. Uma vida colorida e cheia de boas memórias!!! O problema é para os que cá ficam - filhos e netos que terão de viver com uma grande % de estrangeiros que só irão criar problemas: etnias com credos & culturas que NUNCA se assimilarão. Com 50 anos fora de Portugal e conhecedor da maior parte do nosso planeta acho ter bagagem suficiente para afirmar categóricamente que o problema da imigração - tal como se encontra - é uma bomba relógio para a nova geração de portugueses. Boas Festas!!!
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