segunda-feira, 22 de julho de 2024

Política internacional!

Em princípio, são coisas que não nos dizem respeito e não deveríamos preocupar-nos com isso. Mas é só em princípio, pois na realidade o que os Estados Unidos, ou o seu presidente, decidam fazer pode afectar-nos a todos e muito. Seja na paz ou na guerra, especialmente nesta última, por sermos parceiros da aliança NATO, temos que estar preparados para sofrer as consequências de qualquer decisão, errada ou não, que venha daqueles lados.

Eu sempre fui da opinião de que o Joe Biden já estava velho demais, mesmo que ele o não queira admitir, para assumir o cargo de presidente do país mais poderoso do mundo. Agora, a meio da campanha, não sei se a substituta, escolhida para tomar o seu lugar, ainda terá tempo de se afirmar perante o eleitorado que vira para qualquer lado como um catavento, em cima do telhado.

Está muita coisa em jogo. A imparável caminhada da China rumo ao lugar cimeiro nas dinâmicas do mundo, quer se fale na economia, das finanças ou do armamento. Ninguém pode ignorar que um país com perto de 1.500 milhões de almas - quase 5 vezes a dos Estados Unidos - conforme se vá modernizando, pode aspirar a destronar o regulador mundial, papel, até hoje, desempenhado pelos americanos do Tio Sam.

Num futuro ainda longínquo, só a Índia poderá fazer sombra à China, devido ao seu tamanho e ao número de habitantes, muito semelhante ao da China. E digo longínquo, porque a Índia não conseguiu fazer aquilo que fez a vizinha China, adaptar-se à economia de mercado, tipicamente americana, mantendo a sua ideologia política que é, radicalmente, contra esse tipo de política. A grande diferença entre esses dois países está na mentalidade dos seus habitantes. Os chineses são humildes e trabalhadores, enquanto que os indianos são pobres e indolentes. Os primeiros sentem-se motivados para sair do grupo dos pobres, os segundos preferem que os deixem em paz, mesmo que não tenham um bago de arroz para matar a fome.

O mundo está dividido em grandes grupos, não apenas por razões religiosas, mas com esse pormenor a marcar bem as suas diferenças. De um lado os cristãos, também referidos como "civilização ocidental", do outro os muçulmanos que se regem pelo Corão que prega a morte a todos os infiéis e de um outro ponto de vista, os budistas da China e também os hindús da península indostânica.

Assim como entre os muçulmanos existe a divisão entre sunitas e xiitas, também entre os cristãos existem os comunistas e não comunistas que obstam a que se possam unir numa luta que a todos interessa. Ao nível do armamento há os que têm capacidade nuclear e os que estão a tentar consegui-la. É certo e sabido que as armas nucleares não servem para mais nada a não ser manter o inimigo "borrado" de medo que elas possam, um dia, ser utilizadas.

A China tem, hoje, dinheiro suficiente para se armar até aos dentes, incluindo o nuclear e mantêm-se ao lado da Rússia, tanto pela ideologia política que ambos os países seguem, como pelos interesses comuns em tecnologia e armamento. O continente africano não teve ainda tempo para se afirmar como potência de relevo, atrasado por muitos séculos de colonialismo, mas lá chegará o seu dia. Há, em África, matérias primas que já são escassas no resto do mundo e isso é o seu trunfo que não tardará a ser lançado sobre a mesa.

E é no meio de toda esta guerra de interesses que acontecem as eleições americanas. Mais que um presidente para o seu grande país, os americanos vão a votos para escolher um líder mundial. Um que seja capaz de manter o equilíbrio entre os povos e seus interesses. Um que continue a fabricar armas para fornecer aos seus aliados para manterem o inimigo comum em respeito. Um presidente que não se assuste com as bravatas de Putin ou os joguinhos de interesses de Xi Jimping e que ao mesmo tempo consiga manter a "America great as it has always been"!

Nós, os pequeninos e insignificantes lusitanos, não podemos esquecer que estamos no mesmo barco e diz-nos muito ter um presidente que, com a sua atitude e medidas a tomar, vá defendendo os nossos interesses. Sem esquecer que, se ele decidir pelo caminho da guerra, teremos que alinhar ao seu lado e oferecer as nossas vidas pela sua causa!

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