Custa vergar a mola!

 

Para esquecer as mágoas e não pensar em coisas tristes, meti-me a fazer uma obra de trolha no quintal, ladrilhar o pátio onde tenho um galinheiro com uma dúzia de poedeiras que fornecem os ovos cá para casa. Os bolos que a patroa faz e as omeletes com que encho o bandulho sabem muito melhor com os ovos que elas põem, portanto tenho que tratá-las bem e dar-lhes o luxo que merecem.

Só que o físico já não está habituado e as dobradiças estão todas gripadas, de modo que ao fim de uma manhã de trabalho estou nas lonas, doem-me as pernas como se tivesse ido a Fátima a pé. Pode ser que amanhã acorde com disposição para continuar, mas se não for o caso ... o patrão não ralha comigo!