domingo, 30 de agosto de 2020

Os melhores do mundo e arredores!

Nos bons velhos tempos, futebol era ao domingo! Domingo à tarde com o relato a fazer abanar as colunas de stereo na voz de Artur Agostinho ou, mais tarde, na de Jorge Perestrelo. Ripa na rapaqueca, lembram-se dessa? Pois, já que hoje é domingo, escolhi esse tema para a minha publicação de hoje.
Não vou falar do Benfica, nem do Cavani, nem de Jesus, nem dos seis craques que vinham, mas não vieram. Vou antes dedicar-me aos grandes negócios do ano passado que provaram, mais uma vez, que há gente que não sabe o que anda a fazer no mundo da bola e se deixam hipnotizar pelo brilho dos milhões. E, a talhe de foice, vou também meter-me ao meio no imbróglio do Messi que se quer ir embora de Barcelona e quase provoca uma guerra civil na Catalunha.


Dois dos grandes negócios da época passada foram a saída de Griezman do Atlético de Madrid para o Barcelona e a contratação de João Félix, ao Benfica, para ocupar o seu lugar no plantel colchonero. Tal como diz a Lei de Murphy, quando a tendência é para correr mal, vai acontecer de certeza. Nem o jogador francês se adaptou à equipa do Barcelona, nem o português à de Madrid, fizeram os dois uma péssima temporada que só teve maior impacto por causa do Corona que apareceu por aí para trocar as voltas a todo o mundo.
Um custou 200 milhões ao clube blaugrana e o outro significou a maior venda de todos os tempos, em Portugal, e meteu 120 milhões nos cofres do Benfica. É muito dinheiro e os clubes procuram agora uma solução para minorar as perdas. Sabendo que o João Félix não se adaptará à equipa de Madrid, enquanto El Cholo for o treinador e sabendo também que o francês se dava às mil maravilhas naquela equipa, o Barcelona propôs a troca, equiparando o preço dos dois jogadores, ou seja, o João Félix passou a valer 200 milhões, uma valorização de 80 milhões em apenas um ano. E só porque as coisas não lhe correram bem na capital espanhola, imaginem se tivessem corrido!


No caso de o Atlético aceitar o negócio - falta saber se os jogadores concordarão com o plano - irão juntar-se, em Barcelona, as duas maiores promessas do futebol luso. Não perceberam? Eu explico.
A abrupta saída do Messi de Barcelona, traumatizado pelo histórico 2-8 contra o Bayern e ajudado pelo mau relacionamento com o presidente do seu clube, causou uma espécie de efeito dominó entre os grandes craques da bola. Vários deles terão que trocar de clube para que as peças se ajustem e tudo volte a funcionar na perfeição.
Assim, aparece em campo o Manchester City, treinado por Guardiola - que foi o treinador mais impactante na vida de Messi - que pretende levar o Messi para a Inglaterra a troco de 100 milhões e ainda ... o Bernardo Silva, aquele pigmeu que é o terror das defesas por onde penetra como uma minhoca em terra mole. Para se livrar de encrencas e longas passagens pelos tribunais, à espera que lhe dêem razão, o Barcelona pode aceitar a proposta e assim teremos o Bernardo e o João Félix juntos a deliciar os catalães com os seus passes de mágica, como já fez Luís Figo, em tempos que já lá vão.


E o Griezman, será que se adapta ao Atlético de novo? Quero lá saber, uma vez que não fica lá nenhum português - até o Tiago que era treinador adjunto se passou para o Guimarães - eles que se amanhem como puderem. E que percam todos os jogos com o Barcelona, daqui em diante, e, de preferência, com golos do Bernardo e do Félix. Se estas trocas se efectivarem, vou passar a ser "torcedor" dos blaugrana!

5 comentários:

  1. A propósito de futebol... Ansioso por saber o que o Rui Pinto tem nos dicos rígidos sobre os clubes da nossa terra. Vai ser lindo vai...

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  2. Com ou sem portugueses, eu sempre fui torcedora deles.
    Abraço, saúde e boa semana

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  3. Esse tempo em que o relato do futebol se houvia na rádio pelas vozes desses dois senhores Artur Agostinho e Jorge Perestrelo. Aos domingos à tarde até a guerra em Angola parava para ouvir o releto. Dizia Lobo Antunes. Duvido que seja verdade. Porque em Moçambique os guerrilheiros da Frelimo aproveitavam a distracão dos militares portugueses para atacar.

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