sábado, 25 de novembro de 2017

Passei as notícias a pente fino !


E não encontrei uma só linha a recordar o que aconteceu - ou aquilo que poderia ter acontecido - no dia 25 de Novembro de 1975. É como diz o povo, o tempo apaga tudo. Naquele dia, com a ajuda do Jaime Neves e do Ramalho Eanes, enterrou-se o PREC e iniciou-se, em Portugal, uma nova era que felizmente dura até hoje, uma era sem fascismo. Ia acrescentar "e sem comunismo", mas seria um erro, pois comunismo não é mais que fascismo e muito pior que esse, pois alia o extremismo com a miséria em que o povo é obrigado a viver (sobreviver).
E também não encontrei nada sobre a chuva que caiu nos últimos dias. Tanto falamos, rezamos e choramos por ela e, afinal, ninguém lhe dá valor. Não sei sequer se choveu alguma coisa que preste ou se foram umas meras pinguinhas que mal serviram para assentar o pó. Na minha horta choveu o suficiente para eu semear as favas e ervilhas que são a alegria da minha cozinheira, nos campos e montes dos outros não sei se não me vierem dizer. Espero que algum riacho tenha engrossado o seu caudal e vá aumentando ao passo que se aproxima do rio onde vai despejar a sua água.
E espero também que tenha chovido no Seixal e regado bem o complexo desportivo do Benfica. Ao cair-lhes água pela cabeça abaixo, talvez os jogadores do Benfica acordem e comecem a correr atrás da bola. É que logo á noite temos jogo e é preciso ganhá-lo!

3 comentários:

  1. Nessa noite de 25 de Novembro, estava eu na Rua Castilho em Lisboa. Em frente do edifício onde funcionava o Copcon, de Otelo Saraiva de Carvalho, o qual disse que teve o cavalo mas que o não soube montar. Porque nos livrámos de uma nova Pide. Ainda bem que assim foi!
    Havia nas imediações, movimentação de militares barricados em postos de controle. À meia noite todos se retiram e embora não chovesse, lá se forem as ideias revolucionárias de Otelo pela água abaixo!
    Para tua alegria, que hoje não aconteça com o Benfica, o que aconteceu naquela noite ao cavalo do Otelo.

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  2. Do 25 de Novembro não convém lembrar, numa altura em que o PCP faz parte do governo. Não sei se choveu muito no Seixal, como sabe tenho o Coina a separar-nos, mas deste lado a chuva foi minima.Praticamente uma hora em que choveu bem, mas o campo aqui em frente no dia seguinte já estava de novo seco.
    Um abraço e bom fim-de-semana

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  3. O 25 de Novembro/75 serviu para pôr alguma ordem no anarquismo que se vivia na sociedade portuguesa e que, segundo uns, importava acabar com esse estado de coisas e onda comunista que se alastrava ; enquanto outros, protestavam e afirmavam que a nossa democracia estava fortemente ameaçada e que o fascismo estava de volta . Bom, mesmo com a enorme dificuldade em analisar convenientemente o que se passou, parece que houve, alguns protagonistas, de ambos os lados, que nunca se soube, muito bem, quais as suas verdadeiras intenções ; isto, sem pôr em causa aqueles que directamente se arriscaram e que, posteriormente, deram provas de autênticos democratas . Através dos tempos, sempre se verificou que, ditaduras, tanto podem surgir baseadas em doutrinas de esquerda como de direita, ao passo que a democracia só se afirma com os que recusam quaisquer espécie de totalitarismo e de ataque aos seus direitos e liberdades ; por isso, pouco interessa o que muitas vezes se diz, mas sim o que se pratica no dia-a-dia e a capacidade que se tem em demonstrar o que se defende . Por fim, espero que a chuva não nos decepcione e possa resolver as nossas carências, devido à sua falta . Um abraço .

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