segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Água, fonte da vida !


Desde os bancos da Escola Primária que eu não ouvia falar no rio Ocreza, afluente do Tejo pela margem direita. Pois, voltei a ouvir ontem, da boca de um Sr. Engenheiro que tem a ver com a água que corre (ou corria) por esses rios de Portugal e é armazenada nas muitas barragens que temos espalhadas por todo o país. Temos muitas, mas não são ainda suficientes, segundo afirma este senhor. Os espanhóis acusam-nos de deixarmos seguir pelos rios abaixo, até ao mar, a água que nos faz falta e segundo ele têm alguma razão. Se não a soubermos guardar quando ela sobra, não a teremos quando nos faz falta.


Segundo ele esteve a contar - e eu a ouvir com toda a atenção - há muito está planeada uma nova barragem na bacia do Ocreza, antes de este despejar toda aquela água que escorre desde a serra da Gardunha, no caudal do rio Tejo. Ele afirma que existem condições para termos ali uma albufeira com a mesma capacidade que a do Alqueva. A coisa parece ser séria e quando assim é merece ser estudada.



Aliás, ele diz mais, afirma que já existe o projecto, que já foi discutido, mas não saiu do papel. Pergunto-me se será mais um dos pecados do Zé Pinóquio que preferiu investir no alcatrão, exactamente na mesma zona de Portugal, deixando a barragem esquecida no papel.


Alvito da Beira é uma pequena aldeia do concelho de Proença-a-Nova, perdida no meio do Pinhal do Interior e situada nas margens do pequeno rio que, em certos compêndios é até tratado por ribeira. Pergunto-me o que mudaria na vida daquela gente se o projecto da barragem for por diante.


Se no inverno escorrem pela serra abaixo milhões de metros cúbicos de água e ela nos faz falta - como se pode ver agora em Viseu - acho bem que ponham mãos à obra e muito rápido, pois não sabemos quantos invernos teremos ainda com chuva. Dêem razão aos espanhóis, segurem-na antes que ela escorra para o Atlântico que já tem água a mais com o gelo que se vai derretendo nos polos.


Já estou a olhar para esta imagem e a ver a água a subir, quando vierem as primeiras chuvas deste inverno. E a chorar por cada litro que se perde seguindo viagem em direcção ao Tejo que é já ali abaixo.





Desde a nascente, na Gardunha, até à confluência com o rio Tejo, há muitos lugares bonitos que podem ser apreciados. Com o novo espelho de água criado pela futura albufeira haverá muitos mais. É claro que serão precisos alguns sacrifícios, algumas coisas de que gostamos vão ficar debaixo de água, mas é o preço que teremos a pagar para não termos falta dela. É a tal história de optar pelo mal menor!

6 comentários:

  1. Temos bons recursos naturais para aproveitamento da água, faltava o dinheiro que agora estamos a pagar para os camiões-cisterna fornecerem água potável às populações, tínhamos que gramar uma seca destas para se lembrarem que a água é a fonte da vida! E a Geringonça começa a ficar descontrolada com tantos pedregulhos que está a encontrar pelo caminho, esperamos que segure bem os cavalos.

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  2. Só tirar, qualquer dia o saco está vazio. Depois dos milhões para reconstruir o que foi dizimado pelos incêncios. Toda a gente reivindica. A reposição dos salários cortados pela Tróika-Passos Coelho do PSD, e Paulo Portas do CDS. Mais ainda a reposição das carreiras dos professores da Função Pública. Será que em tempo de seca não se lembram ao menos que, em primeiro lugar está o reabastecimento de água às populações que dela carecem, enquanto não chove? Greves e mais greves, manifestações contra tudo e contra todos. Se assim continuar qualquer dia temos ai a Tróka a bater-nos à porta. Primeiro faz-se a cama para nela se deitar. A carroça segue atrás e não à frente dos bois. Cada coisa a seu tempo e no seu devido lugar. É melhor pouco do que o nada. Mas, quem assim não pensa nesta altura, será porque tem a barriga cheia e pensa que nunca se acaba?

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  3. Oxalá alguém se digne reparar no projeto e no bem que ele traria para o país.
    Um abraço e boa semana

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  4. Sim, falta fazer muita coisa para assegurar este bem essencial e indispensável . O que é certo e não obstante a escassez de recursos económicos do País, também têm surgido obstáculos por parte de muitos que agora andam calados, relativamente à sua contestação contra a construção de barragens, a pretextos sem grande sentido e em detrimento do que importa salvaguardar . Espero bem que o Governo assuma o que se impõe ... e não sirva de reboque a quem só está bem a dizer mal de tudo e de todos ou a reivindicar o que há e que não há, com total indiferença a impossibilidades ou eventuais problemas futuros . Lá diz o velho ditado : " quem à frente não olha, atrás torna " . Para tanto, torna-se necessária competência, firmeza e atento à realidade que importa acautelar e não embarcar em teorias susceptíveis de retrocesso . Um abraço .

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  5. bom dia
    a agua é sem duvida um dos maiores bens da terra , e se o homem a desperdiça é ele que mais tarde vai sofrer as consequências e se não se tomar agora as devidas precauções não vai demorar muitos anos estamos aflitos como em partes do continente Africano.
    JAFR

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