quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Grande Trumpolineiro!

 


Tenho ouvido barbaridades saídas da boca do novo presidente dos EUA. Ainda não percebi se é para denegrir a imagem do seu rival, anterior presidente, para deitar abaixo o inimigo do seu amigo Putin, ou para apoucar a União Europeia a quem não reconhece qualquer valor.

Se aquilo que diz e faz é para consumo interno e mostrar aos democratas quem realmente manda no seu país, não sou ouvido nem achado nessa questão e prefiro não dar a minha opinião.

Se é para coagir o presidente da Ucrânia e obrigá-lo a fazer aquilo que mais convém aos seus negócios e, paralelamente, aos do seu amigo Putin, aí eu tenho que reprovar aquilo que ele tem andado a dizer. Basta começar pela sua afirmação de que foi Zelensky que começou esta guerra e é responsável pela destruição e mortes causadas ao seu país. É preciso ser muito cara de pau para não reconhecer que foi Putin que invadiu a Ucrânia e massacrou montes de ucranianos, a começar pelos habitantes de Bucha. E então se falarmos de Mariupol? A Rússia atacou, bombardeou, deitou abaixo por completo aquele porto de mar ucraniano, matando ou fazendo fugir todos os habitantes, enquanto a Ucrânia se limitou a defender o que era seu, tanto as pessoas como os seus bens.

Propor ao presidente de um país livre que concorde em parar a guerra, na qual apenas se defendem, que abdique dos seu territórios em favor do invasor e que faça com ele, Trump, um acordo de exploração dos minérios existentes na Ucrânia e que faltam no seu país, diz bem do caracter desta personagem sinistra que tem o símbolo do $ no lugar do coração. Um lobo a enganar o pastor para lhe levar o cordeiro mais gordo do rebanho!

Quanto à União Europeia ele tem razão num ponto. A União a 27 é uma manta de retalhos, onde ninguém se entende. Gastar dinheiro para garantir a sua defesa, depois de ter andado tantos anos a fazer o contrário - desde 1945 até 2025 - lutando pela paz, vai ser uma coisa difícil de meter na cabeça dos europeus. Os EUA têm ganho bom dinheiro a produzir e vender as suas armas à Europa. Se esta decidir reactivar a produção das armas que precisa para se defender da Rússia que parece ser o único inimigo a quem temos de manter longe, criará milhares de empregos e manterá na UE os recursos que, até agora, tem transferido para a conta dos americanos.

A presidente da comissão europeia e mais quem a apoia disseram isso, ontem, e eu concordo em absoluto. Nós somos um mercado (economia) tão grande ou maior que o americano. O problema é não haver um cérebro único à frente desse potencial e ter que contar com os 27 cérebros que nunca estão de acordo em assunto algum. Resolvam esse problema e estará tudo resolvido.

Os grandes países europeus que assinaram o «Acordo de Paris», em 1951, podem repetir esse acto e colocar os EUA no seu devido lugar. Eles que tratem dos seus problemas, de comprar/refinar/vender petróleo, fabricar armas e arranjar clientes para lhas comprar, travar a China e os outros países dos BRICS evitando que lhe roubem o lugar na hegemonia mundial que nós trataremos dos nossos, como sempre fizemos, desde que o mundo é mundo.


O 100 artigos Tratado de Paris que instituiu a CECA, foi assinado em 18 de abril de 1951 pelos "seis internos": França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. A CECA baseava-se em princípios supranacionais[1] e visava, através do estabelecimento de um mercado comum do carvão e do aço, expandir a economia, aumentar o emprego e melhorar o nível de vida na Comunidade. O mercado pretendia também racionalizar progressivamente a distribuição da produção, garantindo estabilidade e emprego. O mercado comum do carvão foi aberto em 10 de fevereiro de 1953 e do aço em 1 de maio de 1953.[3] Com a sua entrada em vigor, a CECA substituiu a autoridade internacional do Ruhr.

Em 11 de agosto de 1952, os Estados Unidos foram o primeiro membro não CECA a reconhecer a Comunidade e declararam que agora tratariam da CECA em matéria de carvão e aço, estabelecendo a sua delegação em Bruxelas. Monnet respondeu escolhendo Washington, DC como o local da primeira presença externa da CECA. O título do primeiro boletim da delegação dizia "Rumo a um Governo Federal da Europa".

A NATO é outra encrenca que tem custado muito dinheiro aos EUA, mas também lhe têm trazido muito lucro, através do negócio militar. Quando se fala em armas e munições, somos levados a pensar numa G3 e respectivas munições de calibre 7.62, mas o grande negócio está nos aviões, helicópteros, navios, mísseis, além da tecnologia que existe por trás disso tudo. Os ucranianos descobriram um meio de fazer drones que causam grandes dores de cabeça aos russos, por cerca de 200€, mas o preço dos Patriot americanos mede-se em milhões.

É chegada a hora de esquecer a NATO e formar uma nova organização mais orientada para a Europa do interior que consiga garantir a segurança de países como a Ucrânia, a Polónia e os seus vizinhos que mal sabem onde fica o Atântico Norte. E se tiver que ser firmado um novo acordo que envolva os dois grandes da América e os países com litoral atlântico, na Europa, pois que se faça e se criem as regras necessárias para ele funcionar.

Mas não deverá servir apenas para chatear (travar os ímpetos) da Rússia, pois há assuntos muito mais importantes pelo meio, a começar pelos recursos marinhos comuns. Portugal, Espanha, França e o Reino Unido têm tanta, ou mais, costa marítima como os EUA e o Canadá. E se somarmos a nossa ZEE (zona económica exclusiva) que nos garante o arquipélago da Madeira e Açores, então ultrapassaremos os americanos com grande vantagem.

Tal como faz o Zelensky, temos que dar valor àquilo que temos e mostrar aos americanos que não estamos a dormir na forma. Está na hora de substituir o acordo que serviu de base para a NATO, com base na guerra, por um novo que tenha por base a economia comum e a paz. Podem chamar-lhe «Tratado de Lisboa 2025» que eu não me importo.

3 comentários:

  1. Acredito que o loiro e o cara de cera iram desaparecer quando menos se espera pelas atrocidades que dizem !
    beijos e um bom dia

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  2. Os cornos rebentaram la cevelle au tete de macchabbee !
    E os europeens investiram num ninho de Parasitas a Bruxelles em
    vez da defesa da Europa !

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  3. Posso estar enganado mas a Europa irá continuar tal como está: estrangeiros a sugarem o orçamento, aumento de violações e atentados terroristas. Os europeus vivem com medo e sem coragem para mudar o sistema. Acabo de saber que o Mentenegro até professores brasileiros quer importar - o que na minha opinião será o seguimento das telenovelas e o fim da nossa cultura. Hoje vou ficar à espera das desculpas de um primeiro ministro que já devia estar na rua, Precisamos urgentemente de um Trump aportuguezado - tipo Viriato!

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