Os sistemas de CC não conseguem reproduzir perfeitamente o pensamento humano (pelo menos, não ainda), mas são treinados para entender o contexto, além do conteúdo. Por exemplo, se você estiver conversando sobre "Apple" no contexto de tecnologia, um sistema cognitivo não começará a falar sobre salada de frutas.
A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais na ordem do dia. Mesmo sem saber como, as pessoas já a usam no seu dia a dia. Basta pensar nas mensagens transmitidas pelos smartphones em que metade das palavras já não precisamos de escrever, a IA encarrega-se de as procurar, entre todas as que já usámos, e sugere-as só nos competindo concordar ou não com a escolha. Palavras com mais de 6 letras que a IA reconhece após digitarmos a primeira sílaba. Para mim que sou um navegador que passa horas online é uma grande ajuda.
Não precisamos de ter medo, mas devemos ter o máximo cuidado com estes modernismos e esperar que as pessoas que lidam com isto sejam sérias, para além de qualquer suspeita. Ao pensar na facilidade com que a IA reconhece tudo o que escrevemos e em quantas vezes eu meto os meus dados (pessoais e secretos) na net para aceder à conta bancária e fazer pagamento de serviços ou transferências, leva-me a desconfiar que só não me lixam se não quiserem.
A mesma coisa com o MBWay, um curto código numérico e lá vai o nosso dinheiro dar a volta ao mundo. Estamos a um pequeno passo de desmaterializar o dinheiro que usamos, visto que não nos faz falta nenhuma, entra e sai da nossa conta com um simples teclar de 6 dígitos numéricos que a IA é capaz de memorizar e repetir quantas vezes quiser. Até tremo só de pensar nisso!
E a Bitcoin? É uma moeda que foi criada para ser uma espécie de fantasma do dólar americano e que deveria ter o mesmo valor. Era uma coisa simples para furar o esquema do Fisco e dos Bancos e poupar em despesas e comissões. Mas tornou-se numa loucura virtual e a sua cotação já ultrapassou cem mil vezes a cotação na notinha verde. A dupla Trump&Musk que hoje domina a Casa Branca de Washington já falam em lançar no mercado um «Fundo de Investimento» em Bitcoins, no valor de 2,8 mil milhões de dólares.
Eu que aceito deva haver sempre uma autoridade que supervisione estas coisas e nos garanta de maneira clara que os nossos investimentos estão garantidos, descontando os riscos inerentes que nós aceitamos correr, quando investimos o nosso dinheiro em produtos de rendimento flutuante, mas que obedecem a lógicas bem conhecidas. No caso da moeda virtual, a Bitcoin, isso não acontece. Ninguém sabe quantas há nem onde se escondem.
E o Elon Musk que é dono de muitos milhões, seja em dólares ou bitcoins está pronto para investir tudo que seja necessário para manter o dinheiro a correr para o seu bolso. Antigamente, costumava dizer-se que o dinheiro não cresce, apenas muda da carteira de uns para a de outros, para um enriquecer tem que outro empobrecer. Na vida moderna não é assim, basta um lamiré na Bolsa para uma qualquer acção ou moeda disparar o seu preço para valores impensáveis e que nada têm a ver com a realidade.
Os grandes tubarões da Finança Internacional, a começar por americanos, chineses e russos, vão pôr a IA a trabalhar para eles fazendo estudos de mercado e aplicando o dinheiro (sem intervenção humana) naquilo que considerem mais rentável. E no mercado das moedas virtuais isso é um verdadeiro sofisma, visto que a moeda tem um valor (mentiroso) que depende apenas da procura que tem no mercado mundial. E os Tik-Tok deste mundo podem gerar artificialmente essa procura e inflacionar o preço.
Isto vai ficar mais perigoso que a década de 20 do século passado, em New York. Pensem no Elon Musk como o novo Al Capone do século XXI e sem ter necessidade de pistolas-metralhadoras nem nada disso. O sangue que então corria a rodos nas ruas de New York não é nada comparável ao rio de dinheiro a correr para os bolsos dos modernos gangsters que estão confortavelmente instalados num arranha-céus de Manhattan com um copo de Scotch on the rocks entre os dedos!
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