segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Inesperadamente!

 


Tarde e a más horas, entrei neste restaurante para matar a fome. Não sei até que ponto está espalhado pelo país, mas aqui no norte há um em cada lugar que reúna mais de 30 mil habitantes. Já fui um cliente habitual, mas há anos que o excluí das minhas escolhas, porque, como diz o ditado - ganha fama e deita-te na cama - o serviço foi ficando cada vez pior, enquanto os preços continuavam lá em cima.

Hoje saí de casa para ir comprar o bacalhau do Natal, antes que fique escolhido demais e eu tenha que ficar com os restos. E pagar mais por isso, segundo gritam aos 4 ventos todos os canais de TV cá da terra, embora acredite que isso não passa de publicidade encomendada e não deverá acontecer. Na volta, queria almoçar, pois isso também é importante, com o estômago vazio a máquina não anda. Corri 3 vilas, num raio de 20 Kms e não encontrei um único restaurante que se ajustasse às minhas exigências. A razão principal é que tenha parque de estacionamento a menos de 30 metros de distância que é o meu limite de marcha.

Já quase desistia do intento e teria que regressar a casa para me contentar com uma sandes de qualquer coisa, quando me lembrei que uns Kms mais à frente havia um destes «Tourigalos». Pensei que talvez o serviço já tivesse melhorado (na minha prolongada ausência) e os preços não tivessem subido como aconteceu com os combustíveis e a Posta à Mirandesa de que vos falei, há alguns dias. Forçado pelas circunstâncias para lá me dirigi, eram quase 14.00 horas.

Mesmo assim, o restaurante estava à pinha e havia ainda uma bicha com cerca de 10 pessoas à porta. Lá esperei, com muita calma, pela minha vez, segui até à mesa que me foi indicada e fiz o meu pedido. Grelhados e batatas fritas é o prato forte do restaurante e quis fugir disso, até por causa dos meus diabinhos e da dieta que tenho vindo a seguir, nos últimos dois anos. Escolhi um cabrito assado no forno, o que não é muito do agrado da minha cara-metade, mas ela lá condescendeu o empregado de mesa foi tratar do pedido. Uns bons 5 minutos depois regressou com a informação de que lamentava muito, mas cabrito não havia. Oh, diabo, isto começa mal, pensei eu!

Acabei por pedir uma posta de bacalhau assado na brasa com batatas a murro e legumes que a minha senhora não quis partilhar e encomendou salmão grelhado com batatas cozidas e legumes para ela. Não estava mau de todo (prefiro não dizer o que estava mal para não vos estragar o apetite) e fiquei, agradavelmente, surpreendido com os preços que estavam mais baixos do que aquilo que me recordava de há uns anos atrás. Uns míseros 30€ deu para pagar tudo, inclusivé a gorjeta ao empregado.

E o vinho estava óptimo, era tinto e do Dão, como eu gosto!

4 comentários:

  1. Restaurantes 'de fine dining' aqui paga-se um balúrdio. Comer com toalha, ser servido à mesa e sentir o bouquete de um toriga nacional é um luxo que os portugueses ainda podem ter... E de tudo isso sinto uma falta imensa - menos a de dar gorgêtas.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O luxo também se paga. Quem tem dinheiro não se enrasca. Há dias ouvi os empresários da hotelaria-restauração da Serra da Estrela dizerem que alguns hotéis, da região, já estão lotados para a passagem de ano. Uma noite 930€ por pessoa. Disparates que acontecem neste mundo cruel.

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  4. Ora bem, esse é um nome que nunca vi na zona onde vivo nem tão pouco onde passo férias.
    Abraço, saúde e boa semana

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