segunda-feira, 13 de maio de 2024

O «Day after»!

Domingo é (ou era, nos velhos tempos) dia de bola. Um bom chefe de família é benfiquista (onde é que eu já ouvi isto?) e no domingo à tarde vai ao estádio ver o seu clube jogar e festejar mais uma vitória. Foi isto que eu fiz, ontem, fui assistir ao último jogo, em casa, do Gil Vicente, clube de que sou sócio. Para depois regressar a casa, a toda a velocidade, para assistir ao jogo do Glorioso que também é o último da época 2023/2024 jogado no seu terreno e, por conseguinte, com a presença de milhares de sócios e adeptos benfiquistas.

Eu, devido às distâncias, vejo algumas vezes o Gil, mas nunca vou ao Estádio da Luz, pois já não tenho fôlego para fazer 700 Kms, ida e volta. Mas vejo o jogo na televisão e garanto que é muito melhor que vê-lo no estádio, pois a câmara vai sempre atrás da bola, vá ela para onde for, e em caso de dúvida há um sem número de "replays" possíveis para nos tirar qualquer dúvida. Há só uma coisa que há no estádio e não no sossego do nosso lar, o bruá da malta que grita pelo Benfica ou contra o treinador, já para não falar do árbitro, a quem não são poupados os elogios mais negros e de fazer corar um santo.

E foi o que fiz ontem, vi o Gil derrotar o Farense por 2 a 0 no Estádio Cidade de Barcelos e vi o Benfica espetar 5 batatas ao Arouca, a equipa sensação desta época que está quase a terminar. Na última jornada, o Glorioso jogará aqui perto de mim, em Vila do Conde, mas nem me atrevo a chegar perto do Estádio dos Arcos, pois não há lugar para todos e alguém terá que ficar de fora. Haverá, naquela zona da cidade, uma grande confusão e eu detesto confusões, por isso e juntando essa razão às vantagens que atrás referi, verei o jogo, confortavelmente, instalado no meu sofá.

Mas voltando ao jogo de ontem e aos 5 golos marcados, nem o bom resultado apaga aquilo que admitimos ser um falhanço do treinador. Cada jogo que começa nos oferece uma equipa diferente e com os inevitáveis falhanços. Se está bem na defesa, falha o meio-campo ou a avançada. O João Mário, ora joga ora fica de fora, tal como o Kokçu que ora joga na posição errada ora fica no banco a ver os outros jogar. O Rafa disse adeus ao Benfica e vai tentar ganhar alguns milhões para forrar a sua conta, antes de pendurar as chuteiras. Nunca fui grande admirador do seu futebol, logo ... boa viagem!

O treinador, muito contestado pela má época que fez, deu a entender que pode haver um acordo para abandonar a Luz. Jogar contra os adversários, ao mesmo tempo que joga contra os adeptos, não dá resultado e o Rui Costa tem que perceber qual será a melhor solução, ou forçá-lo a corrigir o seu erro ou dizer-lhe adeus pagando uma indemnização que deverá ser negociada. Mais do que metade dos salários que lhe seriam pagos até Junho de 2026, será inaceitável, por isso terá que haver uma negociação conduzida com alguma habilidade.

Outros jogadores que não contam para o futuro devem ser postos, rapidamente, no mercado. Quanto mais depressa esse assunto ficar resolvido, melhor. E se o treinador tiver que ser substituído que o seja o mais cedo possível e por um máximo de 2 anos. Depois se verá o que ele merece, conforme a empatia que ele seja capaz de criar com a equipa e os adeptos.

E nunca esquecer que a base do sucesso está numa equipa com maioria de jogadores formados em casa, aqueles que sentem orgulho em envergar o"manto sagrado" e dão o corpo ao manifesto pelo seu clube. Vejam o caso do Tó Silva ou do João Neves, se eles saírem, por causa das Finanças do clube, há que pôr outros no seu lugar. Dos 14 jogadores-base da equipa, metade terá que ser encontrado na prata da casa, se isso não for possível auguro um mau futuro para o meu clube do coração.

Carrega, B E N F I C A !!!

Sem comentários:

Enviar um comentário