O mês de Dezembro de 1917 foi marcante na vida da jovem república portuguesa. A participação do Corpo Expedicionário Português na I Grande Guerra não poderia estar a correr pior e as Aparições de Fátima, entre Maio e Outubro desse mesmo ano, vieram acrescentar um aspecto mais surreal à situação política portuguesa que já era um autêntico desastre. Não admira, portanto, que tivesse acontecido a Revolução de Dezembro de 2017, capitaneada por Sidónio Pais, que demitiu e exilou o Presidente da República em exercício, assumiu o poder em Portugal e convocou eleições, nas quais viria a ser eleito no mês de Abril do ano seguinte.
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Para chegar onde chegou com apenas 46 anos de idade, temos que admitir que era um gajo teso. Depois de ter demitido e exilado o anterior presidente, suspendeu a Constituição de 1911 que ele próprio tinha ajudado a redigir e aprovar, por discordar de alguns dos seus pontos e achar que ajudavam à grande rebaldaria em que a política se tinha tornado.
Em meados de 1918, conseguiu ser eleito presidente e iniciou aquilo a que chamou «República Nova», por causa das alterações introduzidas por ele. É claro que as tricas internas e as guerrinhas entre partidos nunca acabaram e não lhe faltavam inimigos. O desastre acontecido com o Corpo Expedicionário Português, na batalha de La Lys, em Abril de 1918, foi a gota de água que fez acabar o estado de graça em que vivia desde a revolução de Dezembro e levou a tentativas de assassinato que acabaram por ter sucesso, no fim desse ano.
As esperanças que o povo depositou nele para conseguir mudar o estado de coisas que se vivia no nosso país, desde a implantação da república, desapareceram com a sua morte e o país entrou numa rotação de governantes cada vez mais mal sucedidos que só terminaria com o início do Estado Novo e instauração da ditadura por António de Oliveira Salazar.
Já voltaste para a tua casa,
ResponderEliminarcom a história de Sidónio Pais
para veres, nunca são demais
o Benfica ganhar mais uma taça?