quinta-feira, 2 de março de 2017

O Panama!

Eu (de panamá na cabeça), o Cabo Silva, o Peniche
e o Chico Veiga a tocar o acordeão do Silvério

Antes dos 18 anos de idade, o nome do Panama deve ter-me passado por baixo dos olhos apenas durante as aulas e os estudos de Geografia. Depois dos 18, passei a andar com ele, todos os dias, em cima da tola. E ai de mim se me esquecesse, pois vinha logo alguém importante a ameaçar que me punha no «Livro» e ficava detido no fim de semana seguinte. O «panamá» (chapéu de marujo) foi, por conseguinte, uma coisa marcante na minha vida e não há como esquecê-lo.
Anos mais tarde, comecei a ouvir falar no Panama (país da América Central) por causa do canal que liga o Oceano Pacífico ao Atlântico e que é uma obra de engenharia de se lhe tirar o chapéu. Ainda recentemente sofreu um melhoramento que aumentou em muito a sua capacidade de tráfego marítimo, especialmente ao nível dos grandes porta-contentores, com reflexos importantes no nosso porto de Sines, no impacto sobre a nossa economia e no aumento do PIB. Uma mão-cheia de notícias boas, como se pode ver e mais fácil de recordar do que as famosas lições de Geografia do meu passado já muito remoto.
Mas, nos últimos dias, o Panama veio de novo à baila e por razões que podem pôr à prova a capacidade dos nossos inspectores da Judiciária e das Finanças para ver se são capazes de traçar o rasto dos "habilidosos" que fizeram emigrar daqui para lá 10 milhões de notas das grandes. Houve, ontem, quem dissesse, no Parlamento, que não era um submarino mas um porta-aviões que carregou toda essa massa daqui até ao Panama. E eu lembro-lhes que com os enormíssimos porta-contentores em trânsito diário, entre Sines e o Panama, há capacidade para levar muito mais. Portanto, abram os olhos se não quiserem ficar sem o resto das notas!

4 comentários:

  1. Com uma das mãos no ombro,
    do tocador de acordeão,
    tu e o teu Panamá branco
    fizerem um grande figurão!

    Quanto ao Panamá pais, e os milhões que de Portugal para lá fugiram, com medo de serem engavetados pelo fisco. Só acontece porque o povo português é sereno. Até não se importa de ser roubado. Agora aquele sem vergonha assume a responsabilidade política. Só lhe falta agora ser condecorado pelo relevante serviço prestado a bem da Nação!

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  2. Quem ontem viu e ouviu o Senhor em questão, deve ter ficado esclarecido acerca da sua " verdade " ... ! Efectivamente, para bom observador, não restam dúvidas sobre a sua intencionalidade e incapacidade, desde que foi questionado para a publicação que se impunha e, mesmo agora, para cúmulo da sua actuação, ainda tenta encobrir aqueles de quem dependia na acção governativa - Ministro das Finanças . Não admira a tomada de posição em foco, mas sim, o que revolta, é o agir ou pensar que somos incapazes de perceber desculpas esfarrapadas e aldrabadas ou que não exista inteligência igual ou superior à sua ; quando, na verdade, está completamente enganado ! Vejam bem, disse que não determinou a publicação em questão para não beneficiar o infractor ! - Então, no que ficamos, se havia infracção, por maioria de razão, tinha que informar de imediato o Ministro das Finanças e mandar despoletar a respectiva investigação e consequente apuramento de responsabilidades . Se não fez uma coisa nem outra, então é conivente na matéria infringida e, a ser assim, deve ser julgado e responsabilizado . Como se tudo isto não bastasse, surge cópia de informação, saída do Gabinete do Ministro das Finanças e dirigida a um partido político, relacionada com a falta de publicação de transferências bancárias para Paraísos Fiscais, uma vez que tal estava pré-estabelecida, razão porque todos sabiam da obrigatoriedade em causa ; portanto, não há quaisquer espécies de desculpa para quem cegamente sujeitou os portugueses a uma carga de impostos nunca vista e a exigir-lhes o máximo de rigor no cumprimento das suas obrigações, enquanto que outros, movimentando/desviando dinheiro sem conto, foram deixados à vontade ... ! Pobre miséria ... ! Um abraço .

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  3. Não pode haver confusões, o nosso lindo panamá só escondia uma gaja nua!
    Este último Panamá de que nos falas esconde muitas notas grandes, que nos fazem falta para pagar a dívida que não fizemos e é vê-los com tempo de antena a atirar-nos todos os dias areia aos olhos, enquanto não acabarem com esta cambada de chulos, Portugal não se consegue levantar.

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