sexta-feira, 21 de junho de 2024

Saber da missa a metade!

 É comum dizer-se: - ele não sabe da missa a metade! E eu sinto-me um pouco assim, depois de ouvir que alguém deixou escapar - quase de certeza com um propósito firme que eu não conheço, mas adivinho - que nas escutas do Processo "Influencer" se ouve o Costa a exigir ao Galamba que despeça a CEO (ainda um dia hei-de descobrir porque lhe chamam isso, em de Director Geral), aquela que tem um nome meio francês meio alemão. Por isso eles eram tão chegados e o Costa se recusou a despachá-lo, como exigia o nosso PR!

Só faltava que também tivessem escutado o Marcelo e nos dissessem que ele sabia de tudo aquilo que o Costa e o Galamba andavam a cozinhar na TAP. O meio milhão que deram à Alexandra foi o princípio de tudo, mas muitos mais milhões foram distribuidos entre as tropas socialistas para manter a coisa secreta. Isso de privatizar, depois nacionalizar e privatizar de novo deve ter rendido bons dividendos a quem se soube mexer nos meandros da política.

O americano-brasileiro não entrou com um cêntimo no negócio, mas recebeu 80 milhões para se ir embora. E o Humberto das camionetas, quanto terá recebido? E os ministros e secretários de estado que estavam por dentro dos segredos? E os directores gerais, antes e depois da Madame Christinne? A TAP é uma fábrica de fazer dinheiro e o Orçamento Geral do Estado é um poço sem fundo, onde se pode ir buscar o que, e quando, fizer falta.

Tão enganadinhos que nós andamos, pobres lusitos que pagamos tantos impostos para essa gente (pouco séria) da política desbaratar!

O novíssimo A 320-Neo

 P.S. - Do nosso amigo Isaltino Morais nem quero falar. Quem o elegeu, mal ele saiu da prisão, depois de ter cumprido pena por ser um aldrabão, que o ature!

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Começa hoje !

 ... a estação mais quente do ano!


Mas nem parece. O dia, por aqui, à beira-mar, amanheceu fresco e com algumas nuvens no céu. Aliás, o IPMA previa chuva e trovoada para hoje e pode ainda acontecer, eu não garanto nada!

Para sentir calor a sério é preciso viajar para o interior, fugir do mar. Há uns anos, um dos meus cunhados convidou-me para ir dar uma volta dizendo que queria ir à procura do calor a sério que aqui nunca se sente. Aqui, o máximo que atinge é 36º e isso, de facto, dá para aguentar bem à sombra de qualquer árvore. Vamos até Vilar Formoso, disse-lhe eu, para ver como elas mordem!

E lá fomos nós, subindo a serra da Estrela primeiro, para nos despedirmos do ar marítimo que não consegue transpor essa barreira natural. Fomos descendo para oriente, em direcção ao Sabugal, e pelas 11 da manhã já os pulmões se queixavam do ar quente demais que se respirava.

O ponteiro do termómetro ainda não passara dos 33º, mas a cada quilómetro que fazíamos em direcção a Vilar Formoso, ia subindo lentamente e ao meio dia já marcava 37,5º. Vamos arranjar um lugar para almoçar e depois acelerar daqui para fora, disse eu, pois entre as 12 e as 15 horas a coisa piora. E as paredes de tijolo aquecem tanto que nem dentro de casa se está bem.

Acho que o meu cunhado ficou curado dos seus "desejos" de calor, pois nunca mais lá voltou. Eu também não que agora é raro sair da minha cubata. A minha mulher diz que eu já não sou um condutor seguro e recusa-se a ir comigo de viagem. Desde que pus o pacemaker que ela acha que a pilha pode falhar a qualquer momento e deixá-la ficar em maus lençóis, pois não sabe conduzir e entraria em pânico se me visse a ir abaixo das canetas.

A cena mais caricata que vivi, por causa das variações térmicas, aconteceu há uns anos, num dia em que entrei de férias e o Pedro Abrunhosa veio a - qui fazer um concerto para os banhistas. Já passava das 21.00 horas, quando começaram a afinar as cordas das guitarras e o ventinho que soprava do norte começou a gelar o ânimo dos que esperavam pela música.

E agora. o que vamos fazer, cantava o Abrunhosa, talvez fugir daqui para fora, completei eu e no dia seguinte, bem cedo, fiz a mala e pus-me a caminho de Espanha, à procura de melhor clima. Mas na Galiza - que é a Espanha que nós, aqui no norte, conhecemos, não é o melhor sítio para marcar encontro com o calor e então fomos rumando a sul, passando por Salamanca e Madrid, em pouco tempo já estava em Portugal, entrando pela fronteira de Serpa. Daí até ao Algarve foi um pulinho, mas ao segundo dia de lá estar a temperatura ultrapassou os 40º e decidi que aquilo era pior que o vento fresco da Póvoa.

Depois do almoço que mal consegui engolir, pois já tinha o estômago cheio de cerveja com 7Up e quanto mais bebia mais calor sentia, pus-me a caminho do norte. Erro de principiante, percebi eu mais tarde, atravessar o Alentejo, na hora de maior calor, é burrice. Bem procurei uma árvore para me esconder do sol e descansar um pouco, mas árvore é coisa rara no Alentejo. E se há alguma, pouca sombra faz e deixa-nos a esturricar os miolos. Só quando cheguei a Santarém senti algum alívio, por ter saído do Alentejo, mas também porque o sol ia descendo no horizonte a caminho do Atlântico.

Do que a gente se lembra ao falar do verão !

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Ensaio sobre rimas!

 Em Portugal todos sofrem da tola
Há dias em que acordam felizes
Lembrando quando eram petizes
Correndo e chutando na bola

Hoje não correm mais
Pensam apenas nisso
Comem pão e chouriço
O milho é para os pardais

Pedem um Ronaldo alerta
Que a todos dê alegria
Ele tem ainda a magia
Mas já a idade aperta

Quem depois dele virá
Para alegrar esta gente
Que vive feliz e contente
Mas sem bola nunca o será

Ronaldo marcou muitos golos
Mas ontem nem sequer um
Não marcar é pouco comum
Assim pensam alguns tolos

Ser um craque da bola
Dá-lhe muito trabalho
Ele é fino como um alho
E tem juízo na tola

Sofrer a sério é comigo
Atrás da bola não corro
Mas sem ela até morro
Acreditem no que vos digo

O ontem já é passado
O amanhã é que conta
Quem a cavalo monta
Corre mais apressado

Na hora certa eles lá estarão
Prontos para vencer a Turquia
Devem manter a cabeça fria
E por certo os golos virão!

terça-feira, 18 de junho de 2024

Pontapé de saída!

 

No futebol tudo começa com o pontapé de saída. Hoje, às 20.00 horas é a nossa vez de dar o pontapé de saída e ver no que isto vai dar. Ao que tenho visto, o favoritismo vale de pouco, a França viu-se à nora, ontem à noite, e safou-se com um auto-golo do adversário. Os grandes craques dos "galos" não conseguiram molhar a sopa.

Espero que não nos aconteça o mesmo, pois quero ver os nossos craques brilhar. E tanto os velhotes, como o Ronaldo, como os iniciados, como o João Neves e o Chico "espalha brasas". Vencer e convencer terá que ser o lema dos nossos rapazes. Logo à noite, voltarei aqui para fazer o meu comentário ao primeiro jogo desta prova em que estamos envolvidos.

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No pós-jogo:

Quase perdi a vontade de voltar aqui e falar do que se passou, em Leipzig, no primeiro jogo da nossa selecção. Portugal jogou tanto que deveria chegar ao intervalo a ganhar por 3 ou 4 golos. Mas não aconteceu isso e foram para o descanso empatados a zero.

Depois, no arranque da segunda parte, os checos chegaram até à nossa baliza, remataram e fizeram um golo instalando o pânico entre as nossas tropas. Comecei a ver a coisa mal parada, pois após tantas tentativas sem uma única verdadeira oportunidade de golo, até um santo desanimaria. Mas, acabou por acontecer uma jogada trapalhona, dentro da pequena área dos checos, e um dos defesas deu uma joelhada na bola introduzindo-a na baliza.

Respirei de alívio e como eu toda a equipa técnica portuguesa, pois viam o tempo a passar e o resultado a manter-se inalterado e pouco vantajoso para o nosso lado. Os jogadores checos aceleraram o jogo e começaram a jogar mais ao ataque na tentativa de se adiantarem no resultado. Mas quem avança muito deixa a defesa desguarnecida e pouco depois o Diogo Jota esfarrapou-se todo e conseguiu introduzir a bola na baliza. Foi a alegria geral, muita festa e o marcador do golo a querer a bola para dedicar o golo à sua mulher (ou filho bebé), mas sem conseguir arrancá-la das mãos do guarda-redes.

Mas durou pouco a nossa alegria, o VAR avisou o árbitro que o Ronaldo, embora não tivesse participado na jogada do golo, estava em fora de jogo, no início do lance. E lá se foi o golo do Diogo Jota e ficou o bebé a chuchar no dedo, lá em casa, e nós em risco de acabar o jogo empatados, o que seria um enorme desprestígio para a nossa equipa dos apaixonados.

Aos 90 minutos e já eu meio preparado para admitir que sempre é melhor empatar que perder, o Mister decide meter 3 jogadores frescos e fazer um último pressing para tentar arrancar a vitória. Dois desses 3 jogadores são os favoritos do nosso seleccionador, sendo um o Pedro Neto que todo mundo achou um erro ser convocado e o outro o Chico "espalha-brasas" Conceição. E dois minutos depois de entrarem no jogo, engendraram uma jogada entre eles e fabricaram um golo que nos garantiu a vitória.

Se não fosse por este golo do Chico nem aqui teria vindo acrescentar estas linhas, pois me sentia enfadado com o fraco aproveitamento de tanto jogo criado em frente da baliza do adversário. Só em cantos levávamos uma vantagem de 12 a 0! Quem quer marcar golo tem que rematar mais e fazer menos rodeios. Razão tinha o Mister em insistir em trazer o espalha-brasas, pois em dois minutos ele encontrou o caminho da baliza, coisa que os outros craques não tinham conseguido em 92 minutos de jogo jogado.

E jogaram bem, mas isso não chega, é preciso marcar golos mesmo sem jogar bem. Como dizia o outro, primeiro é preciso ganhar o jogo e depois pensa-se em jogar bonito para arrancar aplausos à bancada! Ele era um verdadeiro cromo, mas nisso dou-lhe toda a razão.

Agora, vamos preparar-nos para bater os turcos, no dia 22, e espero que não custe tanto como custou este primeiro jogo!!!

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Assim vai o mundo!


Em Lisboa canta-se e dança-se ao som do Rock in Rio, na Suíça fala-se de paz e reúnem-se milhões para custear a guerra, o Macron convocou eleições para ver se as coisas melhoram e o Costa, o nosso ex-PM, acha-se bem colocado para o tal cargo que sempre ambicionou para garantir uma reforma dourada.

Ainda me lembro do tempo em que o presidente Marcelo o avisou para tirar essa ideia da cabeça, caso contrário faria cair o governo. E não foi isso exactamente que se passou? Este mundo é uma comédia e os actores portugueses estão a trabalhar para um Óscar.

Entretanto eu que sou a pessoa mais importante do mundo, para mim próprio, sofro de ansiedade pelo futuro da nossa selecção de futebol. Os rapazes andam tão inchados, sentem-se os melhores do mundo e capazes de dar uma abada a qualquer equipa que apanhem pela frente, mas ... perderam com a Croácia. Croácia essa que já defrontou a Espanha e levou uma coça que não esquecerá tão cedo.

Amanhã, tiraremos as dúvidas, quando tivermos os checos no relvado. Eu não sou muito de registar factos ligados ao futebol, pois há coisas mais importantes para meter na minha memória, mas lembro-me do Karel Poborsky que era jogador do Benfica e com um golo de bandeira nos indicou o caminho para casa. Só espero que ele não tenha um filho que alinhe pela selecção da Chéquia e nos estrague a festa de amanhã.

Entretanto, está quase a começar o verão, mas em vez de sol e calor temos chuva e tempo fresco. Assim não vale, andar de guarda-chuva na mão, em Junho, é castigo que ninguém merece. Dizem que é o clima que se está a ajustar às novas condições do planeta e que em breve teremos, em vez das 4 estações a que estávamos habituados, apenas duas, uma seca e fria e a outra quente e chuvosa. Será?

E, meus caros amigos, como não há duas sem três, vou vestir-me e rumar à igreja, pois há um primo que decidiu partir para a última viagem e quer companhia na primeira etapa. Que se há-de fazer, à morte não se pode virar a cara, é ela que comanda a vida!

domingo, 16 de junho de 2024

Constatações!

 Ontem, dia 15 de Junho do ano da graça de dois mil e vinte e quatro, ainda o Simão cá estava, embora deitado ao comprido dentro de um caixão.

Hoje, já não está e eu passei a ser o segundo mais velho de toda a rua, à minha frente só está o Ezequiel que mora duas ou três portas mais abaixo, do outro lado da rua. Quando o vir, vou lembrar-lhe que é ele o primeiro da fila. Quando o cangalheiro voltar à minha rua, espero bem que não se engane na porta e venha bater na minha.

Abrenuncio, va de retro, Satanás !!!

Ainda quero ver Portugal campeão da Europa e se não for este ano, eu espero até 2028! Temos que ter sempre algum objectivo na vida, senão esta perde o sentido.

sábado, 15 de junho de 2024

A minha rua!

 A minha rua já não é o que era, tudo mudou para pior! Só cá moram velhos, não há crianças e a morte passa por cá, de vez em quando, e ceifa mais uma. Ontem, ao fim do dia, foi a vez do meu vizinho da frente, embarcou sem dizer adeus a ninguém. Coitado, já tinha passado as passas do Algarve com um cancro que o fez andar de hospital em hospital, de tratamento em tratamento, até já não achar piada nenhuma à vida que levava. No fim do ano passado meteu-se na cama e não saiu mais de lá, outros lhe chegavam aquilo que precisava para viver.

Agora, finou-se e vai para o cemitério que é a morada de quase toda a gente. Eu escrevi quase, porque agora veio a mania das cremações e em vez de as enterrarem transformam as pessoas em fumo. Será porque o fumo sobe sempre em direcção ao céu e esperam que assim as pessoas o têm garantido? Eu não sei responder a essa questão, para mim são tudo modas e a moda actual é a cremação. E quem montou esse negócio vive contente, pois clientes não lhe faltam nem regateiam o preço.

A minha rua é um deserto, já poucos restam para além de mim e outra meia dúzia de cromos que teimam em não entregar a alma ao Criador. A Câmara Municipal levantou o pavimento todo, substituiu tudo o que eram canos velhos e enferrujados por uns novos feitos de plástico para não sofrerem o mesmo destino e tapou tudo de novo metendo uns pilaretes de aço inox em todos os lugares onde cabia um carro para não permitir estacionamentos. Colocaram umas placas a limitar a velocidade a 30 Kms/hora por haver crianças a jogar à bola e pessoas de idade a circular na rua.

Grande mentira, não há uma única criança na minha rua, para além das que habitam a creche e vão embora antes que desça a noite, regressando no dia seguinte para permitir que os pais vão trabalhar para lhe pagar a estadia. Cada vez é mais assim, as crianças vivem com estranhos, porque os pais têm que ir esgravatar o sustento, como faz qualquer galinha no quintal de um hortelão. Quando acaba a idade de viverem na creche, partem para outro destino e nunca mais regressam a este cantinho do mundo, onde vivo eu que assisti ao seu choro, todas as manhãs, quando as mães os entregam para "se fazer à vida".

Eles partem como partiram também os meus filhos e depois deles os netos que seguiram o mesmo destino, deixando-me para trás, à espera que se cumpra o meu destino, seja lá ele o que for. E assisto à partida dos amigos e vizinhos, um atrás do outro, acenando-lhes um adeus e até breve, pois já não tenho pernas para os acompanhar até à última morada. Um dia (que não virá longe) outros farão o mesmo por mim.

E a minha rua ficará para trás, cada vez mais vazia e silenciosa, sem ninguém que queira para cá vir morar, pois onde não entra carro não entra ninguém, já que, hoje, ninguém anda a pé. Na minha rua não há prédios, como acontece nas ruas onde eles, os jovens, moram. Nem árvores, nem baías de estacionamento, onde deixam os carros que não cabem em garagens e caves com estacionamentos que nunca chega para todos os moradores.

Mas essas ruas e esses prédios não têm a alegria que tinha, nos velhos tempos, a minha rua, onde brincavam crianças. As meninas sentadas na soleira das portas segurando nos braços as suas bonecas, enquanto os rapazes chutavam a bola com vontade e partiam, de quando em vez, algum vidro que lhes valia uma surra ou uns puxões de orelha. Era assim de manhã à noite, de um domingo até ao seguinte. As crianças mais velhas passavam algum tempo na escola, ora a manhã ora a tarde, mas quando regressavam à minha rua vinham com mais vontade ainda de participar na alegria e confusão geral.

Adeus, Simão, vai em paz e que o Senhor te guarde na sua glória. Mais dia menos dia, seguirei o mesmo caminho e outros repetirão estas palavras ao ver passar o meu cortejo fúnebre!



sexta-feira, 14 de junho de 2024

Futebol de alto nível!

 

Os nossos pequenos lusitos já estão na Alemanha e mortinhos por mostrar o que valem. Hoje, à noite, vai ser dado o pontapé de saída para o Euro 2024 com o jogo entre a Alemanha (organizadora) e a Escócia (bombo da festa). Mesmo com a guerra na Ucrânia e em Israel e com os russos proibidos de participar, ou sequer assistir, espera-se que seja um bom europeu e que Portugal escreva mais um capítulo da sua história futebolística.

Nós cá estaremos para assistir, aplaudir e deitar os foguetes, durante e no fim da festa, se a coisa correr de feição. Se não correr, paciência, daí não virá mal ao mundo e a vida continuará como até aqui. Para os jovens que participam pela primeira vez numa coisa destas é um sonho que poucos têm chance de sonhar. E podem encher-se de glória ou nem sequer entrar em campo. Estejam atentos que eu vou fazer o mesmo e virei aqui relatar tudo que possa ter algum interesse.

E, como é sexta-feira, tenham um Bom Fim de Semana !!!

quinta-feira, 13 de junho de 2024

A Filomena!

 


Dizem que o homem não passa de um tolo que se deixa enganar por qualquer burra vestida de saias ou vassoura com avental e uma fita na cabeça. Não é bem assim, mas quase!

Eu falo por mim, em qualquer canto, onde aterrava, havia sempre uma mulher, ou menina, que me enchia as medidas. E eram bonitas ou feias? Elegantes ou apenas coquetes? Não sei, nem quero saber, já não recordo esses pormenores. Na altura, bastava darem trela cá ao rapaz e lá ia ele embalado a caminho de mais um romance em perspectiva.

Foi assim até conhecer a Filomena. Amor tórrido em verão escaldante só podia terminar mal, como acabou por acontecer. Eu tinha a Filomena encasquetada na minha cabeça 24 horas por dia, sofria sempre que não estava ao seu lado. Em vez de felicidade esse relacionamento só me trouxe dores de cabeça. Quando comecei a fazer uma "longa" lista dos prós e dos contras que teria que aceitar se queria construir um futuro ao lado dela, entrei em pânico.

E, numa certa sexta-feira, anunciei-lhe que ia passar o fim de semana a casa dos meus pais e nunca mais chegou a segunda-feira em que devia regressar ao seu convívio. Foi um adeus muito pensado, muito difícil de ser assumido que ainda hoje não está ultrapassado. Tenho saudades daquela ligação meio esquisita que me ligava à Filomena.

E se eu tivesse casado com ela? Podia ter sido o homem mais feliz ou o mais desgraçado do mundo, nunca o saberei! De qualquer maneira, a Filomena marcou o fim de uma era, para mim, e o começo de outra. Dali em diante, nunca namorei mulher alguma só por namorar, primeiro tirava-lhe as medidas e perguntava ao meu outro eu se seria capaz de viver com ela por toda uma vida e, na maioria das vezes, a reposta era não e eu fechava a tasca e ia pregar para outra freguesia.

Há quem lhes chame as dores de crescimento e que só assim um homem se torna adulto. Pode ser, olhando para o meu caso aceito que foi um pouco assim que passei de rapaz a homem e pouco tempo depois estava casado e a embalar uma filha nos braços. Podia ter acontecido de outro modo, mas foi assim que aconteceu e não me queixo de resultado, estou a comer o pão que amassei com as minhas próprias mãos!

Bom feriado para os devotos de Santo António, os outros que esperem um pouco que já serão atendidos!

quarta-feira, 12 de junho de 2024

E na França, como é?

"A ascensão dos nacionalistas e dos demagogos é uma ameaça não só para a nossa nação, mas também para a nossa Europa e para o lugar da França na Europa e no mundo", afirmou Macron.
"A extrema-direita é, simultaneamente, o empobrecimento do povo francês e a queda do nosso país. Por isso, no final do dia, não posso fingir que nada aconteceu", acrescentou.
As eleições legislativas antecipadas, que se realizarão a 30 de junho para a primeira volta e a 7 de julho para a segunda, é uma "decisão séria e importante" e um "ato de confiança".
"Confiança em vós, meus caros compatriotas, na capacidade do povo francês para fazer a escolha certa para si próprio e para as gerações futuras. Confiança na nossa democracia, em dar voz ao nosso povo soberano, nada é mais republicano", concluiu.


Gostei da atitude de Macron! Vocês não me querem? Pois tomem lá o lugar de volta e ofereçam-no a quem faça melhor que eu! Em Portugal fazem-se vergonhas para conservar o lugar a qualquer custo!

Vamos lá ver como reage o povo francês nestas circunstâncias. Muita gente gostaria de ver a Marine Le Pen no poder, não por confiarem que ela seja capaz de fazer melhor, mas porque estão fartos da conversa dos últimos presidentes que não foram nada de extraordinário, Sarkozy, Hollande e Macron, cada um com os seus defeitos.

A conversa de mandar tropas da UE para a Ucrânia deve ter sido a gota que fez transvasar o copo, guerra é bom para os outros, nós dispensamos, devem ter pensado os franceses na hora de pôr a cruzinha no boletim de voto. E assim o presidente Macron viu-se desautorizado pelos seus pares que preferiram votar na Marine.

E agora, Zelensky? Quem vai ajudar-te a combater os russos que estão cada vez mais atrevidos e prometem fazer em Karkiv o que fizeram em Mariupol? O Macron já tinha prometido que ia enviar os seus caças-bombardeiros Mirage para ajudar na defesa aérea e agora fico sem saber se tudo isso fica sem efeito ou se as promessas feitas são para cumprir, independentemente de que esteja ao comando, em França.

Eu não dou como dado adquirido que os franceses escolham Le Pen para os governar, mas na França mandam os franceses e temos que esperar até 7 de Julho para ver o que acontece.

Maldita política que complicas tudo!


terça-feira, 11 de junho de 2024

Ainda o Dia de Portugal!

 Da raça, de Camões, das comunidades, etc. e tal!


Ainda pouco falador e atrasado para o programa delineado para esta terça-feira, deixo-vos esta imagem em que aparecem as duas maiores figuras do regime (a terceira deve ter-se atrasado para a fotografia).


E ainda esta que está cheia de marinheiros que, segundo dizem, são como as flores, enchem de beleza o sítio onde aparecem!

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Há dias assim!

 Andei na boa-vai-ela e só agora cheguei aqui!

Fiquei banzado de ver o Dia de Camões comemorado na Serra da Lousã! Coisas do nosso PR Marcelo com certeza! Não é que eu tenha nada contra, fiquei apenas admirado por não ter ouvido uma palavra, nas nossas palavrosas TV's, sobre o assunto.

Imagino a trabalheira que tiveram as nossas "Forças Armadas" para deslocar para o local tudo o que lhes fazia falta para não deixar o espectáculo a parecer mal. Forças de terra, mar e ar bem vestidas, bem armadas e bem representadas os cidadãos deste país admirarem da TV, pois de outro modo nunca as veriam.

Para mal dos meus pecados, saíu-me o Camões e os Lusíadas no exame do 5º Ano do Liceu. Hoje, estou mais preparado para isso, mas nessa altura (1960) não entendia uma palavra daquele livro que nos mandavam ler e estudar como se fosse a coisa mais importante das nossas vidas. E vêm-me à ideia as palavras do meu neto, quando abandonou a Faculdade de Engenharia, dizendo que lá só ensinavam coisas que não tinham aplicação na vida prática. Estou tentado a pensar como ele, a respeito dos Lusíadas, é muito fixe, mas não põe comida em cima da mesa.

E pronto, está cumprida a minha obrigação, amanhã voltarei com maior inspiração e tempo para vos encher o saco!

domingo, 9 de junho de 2024

Dia D+3!

 O Dia D foi há 3 dias, mas hoje é outra vez o Dia D para a Europa comunitária. Ou escolhem bem quem os deve representar e cuidar dos seus interesses, ou ficarão para sempre (?) reféns de quem se sentar no poleiro europeu. Os italianos afirmam que vai ser a Srª Meloni a bater tudo e todos e transformar-se numa espécie de Mussolini do século XXI.

Como estamos mergulhados numa espécie de guerra dos sexos, em que as mulheres acham chegado o momento de ultrapassar os homens na liderança do mundo, eu até posso concordar com a grande motivação que dá ânimo às nossas "senhoras", mas ... Há sempre um mas que vem estragar tudo! Era na China, na Rússia, ou em todos os países muçulmanos, como o Irão, que eu gostava de ver as mulheres a lutar por assumir a liderança, fazê-lo na Europa da democracia não representa grande vitória.

Na imagem acima figuram as caras dos primeiros nomes da lista de cada partido que quis trazer aqui para ver se todos os meus seguidores partilham da mesma opinião. Com excepção do representante do PAN, acredito que todos vão ganhar o seu tachinho e ... que lhes faça bom proveito!

Ao ligar a TV, esta manhã, vi as parangonas da CNN afirmando que 10 milhões de portugueses vão hoje às urnas para escolher quem os vai representar no Parlamento Europeu. Comecei por pensar que eram uns parvalhões que nem sabiam quantos portugueses, com mais de 18 anos, existem neste país. Desatei a fazer contas de cabeça e cheguei a um número próximo de 1,7 milhões de crianças nascidas nos últimos 18 anos e subtraindo 2 ou 3% que podem ter morrido, antes de atingir a maioridade, acabei por concordar com a CNN, pois esse número é, mais coisa menos coisa, igual ao dos portugueses que andam espalhados por esse mundo fora.

Depois disso há que saber quantos vão acordar com vontade de ir para a fila - diz-se fila que bicha é outra coisa - e depositar o seu voto na urna. Talvez uns 45% o façam, o que dará menos de 5 milhões de votos. Já passei palavra aos meus herdeiros, filhos e netos, que deserdo todo aquele que não cumprir este dever de cidadania. Não sei é se eles vão considerar a possível herança digna desse esforço. Eu fico contente por ter feito a minha parte!

Só é pena o Parlamento Europeu ter tão reduzidos poderes. São os parlamentos das 27 capelinhas europeias que governam de facto e o grande parlamento com perto de mil membros limita-se a ratificar as decisões tomadas em cada país e pouco mais. A história que corre por aí é que vai ser a extrema-direita a reforçar a sua posição, com a Úrsula e a Meloni, acompanhadas pela futura presidente de França, Marine Le Pen, a ditar as regras.

Pois que venham elas e que mostrem aos homens como se governa, eu estou pronto para tudo e não serão 3 loiras (de meia idade) que me vão meter medo!

sábado, 8 de junho de 2024

O Estádio Nacional!

 

O Estádio Nacional, no Jamor, é uma espécie de instituição com grande significado e que urge preservar. Não tem nada a ver com esses estádios modernaços que se vêem por essa Europa fora, o que denota a falta de dinheiro que há no nosso país, mas umas "obrazinhas" de modernização a FPF poderia ir fazendo com os milhões que lhe vão passando pelas mãos ano após ano.

Não seria necessário fazer tudo de uma vez, nem tão pouco imitar o que fez o Real Madrid, mas construir uma tribuna digna desse nome, onde fosse possível arrumar as altas individualidades presentes, além da comunicação social. E, ao longo do tempo, talvez fosse possível construir uma arquibancada e, pelo menos, a cobertura parcial do estádio.

I have a dream, dizia o Martin Luther King, acabando por realizar-se esse sonho. Eu não percebo porque teve a FPF que construir um novo estádio, ali ao lado, e deixar este ao abandono, durante a maior parte do ano. É mais uma das muitas coisas mal feitas, neste país. Mas eu ainda tenho esperanças de ver o nosso «Estádio Nacional» renovado e remodelado para bem do futebol nacional.

Não sei quando nem pela mão de quem, mas espero que aconteça !!! 

O Euro de futebol 2024!

A seleção nacional vai ficar em Harsewinkel, nomeadamente na localidade de Marienfeld, o mesmo local que serviu de "quartel-general" à equipa então dirigida por Luiz Felipe Scolari durante o Mundial de 2006. A Federação Portuguesa de Futebol conseguiu assegurar o mesmo local, apesar de haver mais seleções interessadas no espaço.


Está quase a começar!

Não sei se serão estes ou quaisquer outros a jogar, o treinador é que sabe (ou devia saber)! Uma coisa parece já ser certa, o Octávio está lesionado e não vai jogar, o que me deixa muito feliz, pois ele e o Pepe, por razões semelhantes, nunca deveriam fazer parte da nossa (de portugueses nados e criados neste rectângulo à beira mar plantado) selecção.

O primeiro jogo-treino correu bem, embora tenhamos sofrido 2 golos que envergonham a cara da defesa. O segundo jogo será hoje, ao fim da tarde, e será muito mais difícil que o primeiro. Acredito que o treinador o vai abordar com uma equipa ligeiramente diferente e mais próxima daquela que disputará o primeiro jogo oficial que, salvo erro, acontecerá a 18 de Junho.

Fui confirmar, é mesmo dia 18 e cá estaremos para os aplaudir. Lembro-me de alguns jogos com a República Checa, era assim que se chamava nos bons velhos tempos, que não nos correram muito bem. Veremos como vai correr este.

Mas agora estou mais preocupado com o jogo-treino de hoje, pois há uns quantos lesionados e muitos jogadores para as mesmas posições, o que deixa o treinador às aranhas sem saber como montar a equipa. Bem se costuma dizer que a fartura embaraça tanto como a falta!

sexta-feira, 7 de junho de 2024

A «Campanha»!

 Felizmente, está a chegar ao fim! Campanhas, sejam elas internas ou externas, são sempre uma tremenda seca! E nós somos envolvidos em cada vez mais campanhas, as presidenciais, as legislativas, as autárquicas, as europeias, as da Madeira, as dos Açores, as do Benfica, etc., etc. e até as do condomínio lá do prédio em que eu moro. Não há quem aguente isto!

Desta vez, até a grande chefe da Europa veio cá dar uma mãozinha aos representantes do seu partido que ela vê, e eu também, a soçobrar na luta com os socialistas que não pertencem ao seu grupo europeu de pressão política. Andou, ontem, aqui pelo norte e parece-me que o que ela cá veio fazer, mais que apoiar o rapazito Bugalho, foi gozar um pouco do nosso clima ensolarado e provar os nossos pitéus e vinhos que continuam a subir no conceito europeu. Viver, comer e beber em Portugal é um luxo e quem quer luxos paga-os. E nós andamos tão necessitados de dinheiro que eu só posso dizer, "Willkommen Ursula"! 

Na Europa da UE cada milhão de habitantes tem direito a 2 deputados, Portugal tem um pouco mais de 10 milhões de habitantes e, por conseguinte, direito a 21 deputados. A Alemanha, país de origem da D. Ursula, tem mais de 80 milhões de habitantes e, portanto direito a mais de 160 deputados, uma enormidade. Pergunto-me porque não terá ela ido até lá para apoiar os seus pares? Se calhar já está farta deles até ao cotulo ( não conhecem esta palavra? significa até à pontinha dos cabelos!), mas teria toda a lógica que estivessem à frente do Bugalho nas suas prioridades!

Bem, o que eu tenho a dizer é que não se aprende nada nestas campanhas, cada um vende o seu peixe, o melhor que pode, e só está interessado no tachinho que representa uma melhoria de vida significativa para os que ganharem. Já há quem defenda uma diminuição das contribuições para o orçamento da UE, pois pagam demais aos deputados e outros funcionários, sem falar nas reformas milionárias que auferem quando se retiram da vida activa. Um pouco à imagem do que se passa, em Portugal, com os reformados do Banco de Portugal.

Essa coisa das direitas e esquerdas sempre me fez muitas cócegas, pois do que se trata, afinal, é do estatuto das pessoas, das suas posses e do seu bem-estar. Ou seja, os muito ricos bem à direita e os muito pobres perdidos lá na esquerda, quase a atingir o zero absoluto na linha de riqueza do tal gráfico que a todos representa.

Se ordenar os principais partidos portugueses da direita para a esquerda, teremos: Chega, CDS, PSD, IL, Pan, PS, Livre, BE e PCP. Gostaria de ter acesso às suas contas bancárias para ver se estão, de facto, no sítio certo. E se não estiverem, o que motivará a sua adesão, ou permanência, nesse partido? Eu acho que a resposta a esta questão é muito simples. Eles não têm a riqueza ou estatuto da gente que compõe esse universo de pessoas, mas gostariam de ter, é o seu sonho, a sua ambição de subir na escala social.

Assim sendo, não podemos acreditar nas palavras que vão usando ao longo da campanha, temos que as descodificar primeiro e entendê-las depois á luz do estatuto da pessoa que as deitou pela boca fora. Um pouco complicado para muitas pessoas que não se perdem nestas minudências e levam à letra tudo o que ouvem.

A D. Ursula, por exemplo, é uma senhora rica que tem uma quinta, na zona sudeste da Alemanha. Quinta onde ela mantinha um pony que os lobos atacaram e mataram. À conta disso, ela é 100% contra qualquer lei que queiram aprovar para preservação desse animal. A isto chama-se "realpolitik"!

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Temas do dia!

Ponto 1 - O futeluso, um desporto esquisito:

Só para não ficar esquecido, antes de avançar para o ponto seguinte, eu tinha dito que o FCP ficaria muito melhor, quando o Pintinho, o Macaco, o Conceição e os dois brasileiros inssurectos Pepe e Octávio abandonassem o clube. Saiu, ontem, a notícia da saída do último desses 5 craques. Já se respira melhor no Dragão.

Ponto 2 - A II Grande Guerra:

Uma fita do tempo com 80 anos de comprimento, de um lado um bebé com apenas 90 dias de vida, do outro um velhote (todo estropiado) com um pouco mais de 80 anos.

Enquanto as metralhadoras nazis ceifavam milhares de vidas nas praias da Normandia, eu apenas queria saber das mamas da minha mãe, de onde vinha o que precisava para me manter vivo e continuar a crescer. Nesse tempo era o Hitler o malvado que já tinha a pesar-lhe na consciência milhões de mortos espalhados pelos 5 continentes. Hoje, temos o Putin como aspirante a um lugar de destaque nesse livro de recordes. Entre eles os dois venha o diabo e escolha o melhor.

Assisti, ontem, na CNN, à chegada de alguns veteranos de guerra, vindos do outro lado do Atlântico, para participar nas comemorações que, hoje, acontecerão, em França. Um resistente com 102 anos disse que o lema da sua Companhia era "Till the laste man" (até ao último homem) e como já todos os meu camaradas morrera, eu sou o último homem. Só por estas palavras ele merecia receber mais uma medalha para juntar às que traz ao peito.

Nós, os portugueses, não estaremos representados nessas cerimónias, pois o António de Santa Comba, por artes só dele conhecidas, conseguiu livrar-nos dessa guerra. Há quem diga que são dele as seguintes palavras: - Portugueses, da guerra prometo livrar-vos, da fome não sei! 

Os rapazes, e muitas raparigas também, nascidos na última década do século XIX foram os que pagaram com as suas vidas,  o tributo pela paz. Paz que tem durado até aos dias de hoje, mas que com a guerra que grassa na Ucrânia, iniciada por um louco sedento de poder e fama, tal como Hitler, está em risco de terminar. Nós somos bons a rezar, por isso, tal como aconteceu, em 1917, na Cova da Iria, somos instados a rezar pelo fim da Guerra.

Se tens fé e acreditas na Virgem Maria, começa a rezar, antes que te metam uma arma na mão e te enviem para a linha da frente!



quarta-feira, 5 de junho de 2024

Ainda os efeitos da descolonização latino-americana!

 Todo o mundo conhece a influência que teve a U.R.S.S. na luta pela democracia, na América Latina. Os irmãos Castro de Cuba e o famosíssimo Che Guevara são as provas vivas daquilo que ninguém consegue esconder. O Brasil tinha deixado de ser uma colónia (portuguesa), há muitos anos, mas todos os outros países que foram colónias espanholas viveram, durante o Século XX, uma dura luta para impor a democracia. Democracia essa que ainda não chegou a todo lado.

A política de direita dos Estados Unidos e a de esquerda da União Soviética influenciaram essa mudança de forma muito significativa, promovendo e apoiando uma das facções em luta contra a outra e, especialmente, fornecendo as armas com que se iam matando. Hoje, estamos quase a completar o primeiro quarto do novo século, mas as coisas continuam muito mal. As políticas de esquerda, a que uns chamam democracia, assim como as de direita que os da esquerda dizem ser fascistas, continuam em debate cada vez que se inicia um período eleitoral num desses países do centro ou sul do continente americano.

Quanto maior é a nau, maior a tormenta, costuma dizer-se. E assim países como o Brasil, o México, a Venezuela ou a Argentina sentem muito mais as crises que os pequenos. Estes com pouco interesse para os tubarões da economia global passam ao lado das maiores crises e vão vivendo as suas vidas comerciando com uns e outros, à esquerda e à direita, sem rebate de consciência quanto à sua democracia.

Tudo isto como introdução daquilo que aqui vim dizer e que não é grande novidade para ninguém. Um após o outro, os países foram-se desligando da influência de Moscovo, com excepção da Venezuela e de Cuba. Esses preferiram adoptar as dores dos comunistas e repudiar com todas as forças qualquer ligação aos democratas da América do Norte.

A Venezuela está, como todo o mundo sabe, muito mal e não fora a riqueza que o petróleo lhe dá, andariam por aí de mão estendida a pedir uma esmola para não morrer à míngua e ao abandono. Hugo Chaves e, depois dele, Maduro são os grandes responsáveis por essa política de retrocesso em que vivem os seus concidadãos. Ser inimigo declarado dos Estados Unidos só podia dar nisso.

Mas é de Cuba, em especial, que eu aqui vim falar. El Comandante e depois o seu irmão mais novo, Raúl, tiveram os seus 60 anos de glória (de 1959 a 2021), mas isso acabou. E é triste reconhecer que acabou da pior maneira com o povo cubano a viver na maior miséria. Eu sempre pensei que o novo líder - que podem ver na foto acima, ao lado de Raúl Castro - inauguraria uma nova era, começando por aproximar a ilha aos vizinhos americanos e acabando com o embargo que dura desde meados do século passado.

Cuba poderia ser uma espécie de colónia de férias para os norte-americanos e, levando a coisa ao exagero, poderia até adoptar o dólar como sua moeda de troca, o que facilitaria ainda mais as coisas. Para tanto bastava o Sr. Diaz-Canel ir a Washington dizer que o queria fazer e avisar os seu amigos de Moscovo que a sua ligação a Leste terminaria ali, pois só lhes trouxera miséria e desgostos. Mas, em vez disso, vejo-o a fazer juras de amor a Putin e condenar o seu povo à mais negra miséria.

As agências de notícias do mundo ocidental não se cansam de pôr em evidência as condições miseráveis em que vivem os cubanos. Quem é novo e tem uma hipótese de o fazer emigra dizendo adeus ao país que um dia Fidel Castro lhes prometeu que seria melhor que os Estados Unidos, pois teria tudo que os outros têm e ainda a sua liberdade (seja lá isso o que for). Os políticos (de esquerda) nunca o dizem abertamente, mas a única liberdade que interessa ao povo é a liberdade económica, ou seja, ter dinheiro para comprar o que lhe faz falta e poder gastá-lo como e onde quiser.

Nas notícias de ontem, vi filas de cubanos à porta dos bancos tentando levantar o seu dinheiro e sem o conseguir. Não há dinheiro, dizem os banqueiros. A moeda local já não vale um chavo e dólares ou euros é coisa que eles não têm, pois recusando-se a negociar com os países não comunistas nunca lhes põem a vista em cima. Querem um conselho meu? Juro que não tenho qualquer interesse pessoal nisso! Abram a ilha aos americanos, deixem-nos governar a vossa vida e verão como, em três tempos, a coisa muda para (muito) melhor.

E acabo com um dizer do povo que afirma que vive melhor um cão em casa de rico que um pobre em liberdade e sem mais nada além disso. Qualquer  cão a viver nos Estados Unidos tem melhor vida que a maioria dos cubanos. E esta, hein?


terça-feira, 4 de junho de 2024

Falido, refalido e roubado!

No seu relatório e contas de 2022/23, o FC Porto revelou que a administração de Pinto da Costa recebeu um total de 3,6 milhões de euros, entre remunerações fixas e prémios. Na globalidade dos órgãos sociais, o pagamento ascende a quase 4,2 milhões de euros.

Pinto da Costa, presidente da administração, auferiu 672 mil euros, além de 480 mil euros em gratificações, para um total de 1,15 M€. Os administradores Fernando Gomes e Adelino receberam 661 mil euros pelas duas parcelas, ao passo que Vítor Baía e Luís Gonçalves auferiram 574 mil euros.


Eu nem devia preocupar-me com isso, pois quanto pior estiverem os nossos inimigos mais nós respiramos melhor, mas depois do triste espectáculo do último mês de Maio não consigo ficar calado.

Como era de prever, mais dia menos dia, seria necessário enfrentar a realidade e pôr as cartas em cima da mesa para estudar uma possível solução e salvar o FCP da falência. Falência real, entenda-se, pois em falência técnica vive o clube da Cidade Invicta, há vários anos.

Como se vê pela notícia acima que eu transcrevi do jornal Record, os "mamões" que governavam a SAD não se importavam de ir aumentando o passivo para aumentarem (também) as suas contas bancárias. Se houvesse Justiça neste país deviam ir atrás deles e obrigá-los a devolver a massa que subtraíram ao clube sem a terem merecido. O presidente foi sempre um grande lambão e viu-se obrigado a repartir aquilo que não havia com os seus amigos, de modo a manter-se ao leme da embarcação que seguia metendo água por todos os lados.

 A necessidade de dinheiro foi-os obrigando a fazer negócios ruinosos, antecipar receitas e, sabe Deus, que mais. A última malandrice foi vender o Octávio aos sauditas para ir retirando a sua maquia a cada mês que chegava ao fim. Esgotados já todos os recursos, o presidente da SAD portista jogou o seu último trunfo, comprometendo o futuro do clube cada vez mais. Vejam a notícia aqui abaixo.

Na nota enviada ao regulador, os dragões explicam que a “Ithaka” terá direito, durante os próximos 25 anos, a 30% dos direitos económicos de uma nova sociedade, que incorporará o Grupo FC Porto. Esta dedicar-se-á a incrementar o potencial comercial do recinto portista, nomeadamente, nas dimensões referentes ao corporate hospitality, ao sponsorship, à bilhética, aos naming rights do estádio, ao Museu do Futebol Clube do Porto, às visitas ao estádio, à organização de eventos não desportivos e de concertos, bem como de outras receitas, presentes ou futuras, relacionadas com o Estádio do Dragão.

Finalmente, depois de uns quantos episódios que fariam corar de vergonha o mais desavergonhado trafulha, entregou a pasta ao seu seguidor e não foi grande surpresa para ninguém que nos cofres (ou contas bancárias) só havia 8 mil euros, enquanto as dívidas ascendem aos milhões.

E o arruaceiro treinador ainda exigia 15 milhões para se ir embora! Vá lá que acabaram por entrar num acordo que evitará males maiores. Gostava muito de saber aonde iria o Porto escavar os 15 milhões se ele se mantivesse na dele. O melhor que o Vilas Boas pode fazer é declarar falência e recomeçar nas distritais, só assim verá o problema no monstruosos passivo financeiro resolvido. Começaria tudo do zero, num qualquer relvado existente ali por perto, pois o estádio ficaria perdido na massa falida.

Eu já tinha afirmado repetidas vezes que o FCP só melhoraria quando o Pinto da Costa, o Fernando Macaco, o Sérgio Conceição e o Pepe desamparassem a loja. Ainda não chegámos lá, mas está quase!!!


segunda-feira, 3 de junho de 2024

Macambúzio!

 A presença da morte e a visita a cemitérios deixa-me sempre um tanto macambúzio e pouco comunicativo, razão por que tenho andado um pouco ausente deste blog. Morreu um parente meu e senti-me obrigado a ir ao funeral e dar as condolências à família, essa a razão do meu macambuzismo (se é que tal palavra existe).

Ontem, fui votar antecipadamente, tal como fez o nosso PR e também o PM que não são, nem de perto nem de longe, mais importantes que eu. Eles têm um emprego público, ganham mais que eu, mas não está escrito em lugar nenhum que o mereçam mais do que eu mereço a reforma que a Segurança Social me paga. Grande responsabilidade eles têm, mas isso nem sempre é um sinal de competência.

Mas isso não interessa nada e cada macaco no seu galho! Espero que as eleições para o Parlamento Europeu passem depressa, pois já estou cansado de tanta estupidez a que tenho assistido nestes últimos dias. Os candidatos parecem ter sido escolhidos a dedo para causar celeuma. Os "pobres" dos comunistas vão levar pela medida grande, dizem os entendidos que a Europa se está a inclinar, cada vez mais, para a direita e já não há lugar para eles. Eu só espero que não exagerem na inclinação para evitar o risco de se estatelarem ao comprido.

Por exclusão de partes, o meu candidato é o Sr. Tânger e ouvi-o dizer, ontem, que já tem um plano gizado para guindar Portugal aos píncaros, mas só o revelará, quando o André Ventura chegar a Primeiro Ministro. Será que isso vai acontecer no meu tempo de vida? Essa afirmação deixou-me um tanto ou quanto ansioso, pois viver nos píncaros da fama, felicidade, riqueza foi sempre um sonho que me acompanha desde que me lembro de ser gente.

Mas, voltando a essa questão das esquerdas e direitas, não é a riqueza material que caracteriza o pessoal da direita? Os da esquerda, pobres como Job e os da direita ricos como ... o Putin! Mas, esperem lá, o Putin não é comuna como o Jerónimo de Sousa? Comunas não podem ser ricos, pois a riqueza deve estar na posse do Estado que a distribuirá equitativamente por todos os seus governados, de modo a ninguém passar fome. Há qualquer coisa que não bate certo neste raciocínio!

E depois ponho-me a pensar nos britânicos que têm a mania da grandeza, mas desde pequenos são treinados para escrever à esquerda e conduzir pelo mesmo lado da estrada. Se eles são da esquerda e se sentem os mais ricos da Europa, somos nós, o resto do maralhal, que andamos a dormir na forma e de política não percebemos um chavo!

Vou para por aqui, antes que me convença de que quero ser como o Putin, uma gajo das esquerdas mas cheio de massa, de poder e palácios, sem falar nos iates e outras coisas que eu sei que ele tem e gosta muito de ter.



sábado, 1 de junho de 2024

Atravessei a ponte e aqui estou!

 Pois é, as pontes servem para nos possibilitar a passagem para o outro lado. E neste dia 1 de Junho temos muita coisa a encontrar, um novo mês, um verão que se aproxima a passos largos e muita festa para honrar os Santos Populares do nosso país. Outros países outros santos, os nossos são António que se festeja em Lisboa, o João que é do Porto e Braga e o Pedro que é da Póvoa e outras terras de pescadores.

A mim ainda me sobra um que é o S. Tiago e só aparece lá para o fim de Julho, mas disso falaremos quando chegar a altura.

O mês de Junho é o melhor do ano em muitas coisas. O frio e a chuva de inverno ficarão esquecidos durante, pelo menos, 4 meses, haverá festa, sardinhas e vinho um pouco por todo o país. E muita romaria, muitos manjericos, alho porro e marteladas na cabeça, basta escolher uma terra para festejar o santo, ou então ir a todas.

Eu próprio não sou, nem nunca fui, muito de romarias, só lá ia se houvesse raparigas bonitas e os inevitáveis comes-e-bebes, isso sim era a minha festa. E, agora, só na TV tenho disso (as garinas), pão, vinho e sardinhas não me faltam cá em casa e sem ter que cansar as minhas perninhas que não me carregam já para lado nenhum.

Aos 80 anos de idade sou obrigado a concluir que a festa está na nossa juventude e na vontade de desfrutar da vida o mais e melhor que se puder. Perdida essa dita juventude poucas coisas fazem sentido na nossa vida. T'arrenego, Satanás, hoje não está no programa falar de coisas tristes!