terça-feira, 17 de outubro de 2023

Os dois lados de mim!


Ontem, não vos escrevi nada, hoje tenho que o fazer a dobrar para não terem razões de me abandonar. Mas tenho um dilema que não sei como resolver. Queria falar do que se passa em Israel, mas temo ferir a susceptibilidade de alguns se disser que me sinto muito mais judeu que terrorista do Hamas. Eles, os judeus, clamam por vingança pelo ataque cobarde e assassínio de tantas pessoas a sangue frio. Eu faria exactamente o mesmo se estivesse no lugar deles. A Lei de Talião - olho por olho, dente por dente - parece-me a mais justa de todas e é a que os judeus querem aplicar neste caso.

Diz-se que os judeus são «O Povo de Deus», mas eu poria as coisa noutros termos. Eles são o povo amaldiçoado por Deus por O terem matado e crucificado. O Povo de Deus que foi escravizado pelo Faraó de Egipto e depois libertado por Moisés tem pago com língua de palmo pelas asneiras feitas ao longo destes últimos 4 mil anos.

O Grande Dilúvio tentou limpar o mundo afogando todos os impuros e mantendo apenas a família de Noé dentro da Arca. Mas, azar dos azares, algum membro dessa família devia estar contaminado com o vírus do pecado, afinal somos todos pecadores, e logo que a terra secou encarregou-se de espalhar o seu mal entre a humanidade.

Depois nasceu o Hitler e Deus deve ter-lhe entregue o ceptro da vingança para que matasse todos os descendentes daqueles que o tinham crucificado. Embora o Holocausto tenha sido uma coisa do outro mundo, está provado que não resolveu o problema, ou melhor, agravou-o a tal ponto que os judeus agora querem matar meio mundo para se vingarem do seu triste destino.

O meu dilema era se devia falar nisto que é o assunto do momento, ou virar-me para o futebol que tão bem nos tem corrido , desde que o malquisto seleccionador foi corrido para a Polónia (de onde já regressou sem honra nem glória). Eu não gostava dele, como muitos outros meus concidadãos, e os polacos parece que afinaram pelo mesmo diapasão.

Ontem, foi mais um dia para nos alegrar o coração, tudo correu bem. Desde o primeiro lugar no grupo, até aos 5 golos marcados e à exibição de luxo não se poderia esperar melhor. O grande problema deste seleccionador é que são tantos os craques que ele não sabe quem deixar no banco. Ontem, calhou ao Tó Silva e ao João Neves ficar de fora e isso deve ter custado imenso ao Mr. Martinez que passou a semana a tecer elogios a esta último jovem jogador do Benfica.

O resto dos jogos, nesta fase, é só para cumprir calendário e, por conseguinte, temos que dar o merecido elogio ao seleccionador por ter conseguido algo que eu já não recordo quando aconteceu, se aconteceu, no passado. Éramos obrigados a andar sempre de calculadora na mão a fazer contas aos pontos que ainda nos faltavam para o apuramento. Não esquecer que estivemos a um passo de não ser apurados para o Mundial do Quatar.

E, por fim, o dilema deixou de o ser, falei dos dois assuntos que me ocupavam a mente e se a alguém não assentar bem um dos assuntos ... contente-se com o outro.


2 comentários:

  1. Estou consigo... mas, contra si... no último parágrafo da 1ª parte deste texto. Quanto ao segundo tema, apoio sempre a nossa Selecção.

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  2. Israel é a única democracia na região e ponto final. A pergunta que se impõe é como o Mossad deixou escapar a informação que iam ser atacados. Porém há ainda outra verdade; Nem os palestinos tem culpa de serem governados pelo Hamas nem os portugueses pela Organização do Largo do Rato, mas que ambos os povos votaram neles... VOTARAM!

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