terça-feira, 26 de setembro de 2017

Tudo pelo povo!

Na volta que dei pelas notícias, esta manhã, houve duas que me chamaram a atenção, uma de âmbito nacional e a outra internacional. Ora, vamos lá falar um pouco sobre isso.
A primeira dizia assim - A Meda é um jardim - e eu fui a correr ler o que se escrevia sobre o assunto, pois tenho uma ligação umbilical à Meda. Se vos disser que é umas das poucas terras do interior que tem uma associação de fuzileiros, já começaram a perceber. Além disso, tem também um parque de campismo, para onde foram alguns familiares meus, neste verão. Eu fiquei em casa, mas a minha carrinha Ford foi no embrulho, por lá avariou e foi reparada para poder regressar a casa.


Se o Relvas olhar para esta notícia ainda faz uma lei para mudar a Meda de cidade para freguesia. Ele que lutou com todas as suas forças para que não houvesse freguesias com menos de 2.000 pessoas que diria ele a cidades com pouco mais de 5.000, divididas por 11 freguesias?
Eu sei muito bem onde fica a Meda, mas nunca por lá passei. Já transitei pelas estradas nacionais que passam a norte e a sul, a este e oeste, mas naquele reduto histórico nunca entrei. Andei lá perto, quando, em 2008, corri aquela zona, a sul do rio Douro, à procura do Marlon, aquele filho da minha escola que fugiu da Escola de Fuzileiros, no verão de 1965, e mais ninguém lhe pôs a vista em cima. Nessa altura encontrei-me com um fuzo de Foz Coa que pertencia à associação da Meda e que tentou ajudar-me na minha missão, mas sem resultado. Voltei a encontrá-lo, dois ou três anos depois, na Escola de Fuzileiros.
Ia-me esquecendo de dizer que na notícia que li se falava de tudo e mais alguma coisa, desde economia a política sem esquecer as eleições, mas de jardim que era o título da notícia, nada, nem uma palavra.


No plano internacional foi o Curdistão que decidi comentar, por estar em curso um referendo no Iraque, tal como na Catalunha, pedindo a independência do seu território.
A Catalunha é uma coisa pequenina, se comparada com o Curdistão. Olhando para o mapa acima, percebe-se a imensidão de gente e território envolvido neste problema. Mais de metade do território e população curda vive na Turquia e o Primeiro Ministro já foi avisando que não contem com ele para alinhar nessa loucura. Desde os tempos de Oçalan, lider do PKK, que a Turquia tem feito fel e vinagre ao povo curdo e tudo por causa do petróleo. Se bem entendo essa questão, a Turquia nunca vai ceder. Ontem como hoje, o que conta é o poder dos dólares, neste caso petrodólares.


A Bolsa de New York andou, ontem, aos solavancos por causa disto e o petróleo subiu, de imediato, 3 a 4%. Alheio a isso, ou talvez não, o povo do norte do Iraque vai continuar a luta pela auto-determinação. Eles não são xiitas nem sunitas em querem ver-se envolvidos na guerra que eles travam entre si. Tudo o que pretendem é ser donos da sua própria vontade e viver segundo as suas tradições. E estão dispostos a lutar por isso, basta ver a atitude das mulheres, na imagem acima.

3 comentários:

  1. Agora lembrei-me que já tinha passado em Meda, até comentei que se tinham esquecido do R de propósito!
    O quê, o teu Ford já avariado? Não imaginas o tormento por que passou a minha do transporte do gado, e vendi-a para um vendedor de lenha meu vizinho que a aguentou mais dez anos a trabalhar, nunca tive problemas com ela, só fazia as revisões normais, a garagem dela era a rua, aqui à beira-mar sempre com a mesma pintura bege, grande carro que me ajudou a ganhar algum maçaruco!
    Essas mulheres do Norte do Iraque, são guerreiras de fibra rija! Tu e as tuas pesquisas continua para manteres a mente em grande forma.

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  2. Vamos a Meda, no cerro,
    ver o porque que lá tem
    a política é um enredo
    faz mais mal do que bem!

    Como ou sem referendo,
    todos eles mais querem
    uns dos outros mal dizendo
    da educação se esquecem!

    Sorrindo de arma na mão,
    estão contentes essas moças
    sentem o amor no coração
    não brinquem com essas cousas!

    Também falas do Relvas,
    esse com cara de trafulha
    coseu bainhas às avessas
    até se picar com a agulha!

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  3. As coisas que eu aprendo aqui. Ignorante que eu sou, nunca tinha ouvido falar em Meda. Gostei de ler.
    Na auto-determinação do Curdistão, não acredito muito, mas se eu estivesse no lugar deles, decerto lutaria pelo mesmo.
    Um abraço

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