quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A «Rota dos Furacões»!


Com os furacões a soprar desgraça em direcção aos Estados Unidos, será que alguém se lembrou de estabelecer uma paralelo entre esse acontecimento e a «Rota dos Escravos» que, durante cerca de 300 anos, carregou milhares, talvez milhões, de escravos de África para o continente americano?
Alguém fanaticamente católico poderá pensar em castigo divino. Deus está a castigá-los pelo mal que fizeram no passado.
Pois é verdade, escravos e furacões ambos nascem em África. A tremenda massa de ar quente que se forma sobre o deserto do Sahara, por causa das diferenças de temperatura, desloca-se para o centro do Atlântico dando origem aos furacões que, um atrás do outro, rumam ao Mar das Antilhas e depois à América do norte. Um fenómeno natural que os cientistas estudam e explicam a quem estiver interessado em ouvi-los.


Já os escravos, foi preciso que alguém os fosse buscar a Africa e levasse para a América. Calhou esse papel aos portugueses, talvez por inspiração divina, uma vez que sem essa migração forçada acabaria por ajudar a minimizar a miséria em que viviam e ofereceu-lhes uma nova perspectiva de vida.
Veja-se o problema pelo seguinte prisma:
1 - Os índios americanos nunca seriam capazes de trabalhar para a colonização da América e por essa razão foram dizimados.
2 - Os negros em Africa nunca seriam capazes de trabalhar, mas na América trabalharam e bem, embora tocados a chicote.
Assim, sou obrigado a concluir que DEUS ESCREVE DIREITO POR LINHAS TORTAS!

4 comentários:

  1. Não acredito. Se fosse esse o caso Portugal também teria muito a sofrer.
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Deus escreve direito por linhas tortas,
    controlar o mundo querem os americanos
    em Portugal, sobre Lisboa voam gaivotas
    no Alentejo é que nascem os alentejanos!
    Sendo esses furacões fenómenos naturais,
    sem esquecer os fenómenos do Entroncamento
    as mulheres estendem a roupa nos estendais
    também há quem por amor faça um pé de vento
    sem mais nem menos, há quem faça muito mais
    os deputados e as deputadas lá no Parlamento
    a discutir as leis, provocam fortes vendavais!

    ResponderEliminar
  3. Ainda bem que os portugueses, não os trouxeram para cá, senão não era hoje Portugal o melhor país do mundo para se viver, vamos imaginar os portugueses que vivem na América começarem todos a regressar a Portugal? Como os reformados franceses estão a fazer, eram todos bem-vindos se começarem a cultivar terrenos abandonados e a plantar flores!!!

    ResponderEliminar
  4. Furacões e outros fenómenos naturais de enormes dimensões, tendem ser cada vez mais frequentes e de maior gravidade, muito em parte, devido a comportamentos do ser humano que, devido à sua indiferença sobre desenvolvimento sustentado e apenas com mira no lucro a qualquer preço, tem originado indiscriminadamente todo o tipo de poluição a nível terrestre e atmosférico, bem como das águas do mar ; cujos atentados/desequilíbrios ambientais, sobejamente conhecidos, vão surgindo com consequências desastrosas e incontroláveis . Este é o preço a pagar pela humanidade e outros seres vivos, relativamente à irresponsabilidade e ganância de uns quantos - mercenários - que, pelos vistos, teimam em não querer ver a realidade ou a fazer de conta que ela não existe, sempre atentos aos seus reais interesses económicos e nada mais . Acerca dos escravos em questão e do furacão em foco, sou dos que não acredito em castigo divino e nem sequer tenho muita confiança na justiça dos homens, por isso mesmo, todos os que existiram tiveram tratamento idêntico ou muito parecido, independentemente dos respectivos carrascos e da área em que se movimentaram ; portanto, se a providência divina se encarregasse de fazer tal justiça, creio bem que muitas zonas geográficas deste planeta tinham sido banidas ... e, ainda, na actualidade, outros ajustes de contas se tornavam indispensáveis, face a vítimas que, não sendo conectadas como tal, vão tendo tratamento muito perto disso ... ! Vá, portem-se bem . Um abraço .

    ResponderEliminar