terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Que tristeza!

 Tive, outra vez, que mudar para um canal estrangeiro para não ter que ver e ouvir, pela enésima vez, o relato da operação à ««hérnia encarcerada» do presidente Marcelo!

O nosso mundo, o português, é tão pequenino e tão vazio de ideias que uma simples intervenção cirúrgica sem grande responsabilidade dá para horas e horas de emissão, como se não houvesse mais nada para nos ser contado, mostrado ou explicado. Sinto pena dos "crânios" que gerem as empresas de comunicação, pois coisa mais pobrezinha nunca vi!

Preferia que eles se interessassem mais pelo Maduro da Venezuela, ou por outros Maduros que andam por esse mundo fora a enganar os seus governados, como o João Lourenço de Angola que há quem acuse de ser ainda mais corrupto que o seu antecessor e fazer os seus governados andarem pelas lixeiras a ver se encontram que lhes possa servir para matar a fome.

Se é verdade que Trump lhe deu um prazo para abandonar o país, eu gostaria de ver essa notícia mais espiolhada. E até se diz que lhe deu via livre para ele ir para onde quiser. No entanto os EUA estabeleceram um prémio de 50 milhões (pareceu-me ouvir dizer que até foi aumentado, recentemente) para quem lho entregar de mãos atadas e uma corda ao pescoço.

Não é que ele não mereça, para mim qualquer cromo que acha boa a política comunista, mereceria ir desterrado para a Sibéria para saber o que é bom. Um país que poderia oferecer aos seus cidadãos uma vida razoável, apenas baseado nas reservas de petróleo que tem ao seu dispor, mas consome tudo numa força militar que seja capaz de sustentar o status quo inventado pelo Chavez, há uma porrada de anos.

Isto traz-me à memória o Kaddafi, da Líbia que durante 42 anos subjugou o povo do seu país para lhe ficar com o petróleo. Mas pelo menos não o obrigava a pagar impostos e supria-lhe mesmo alguns serviços sem terem que pagar por isso. Ele era mau como as cobras e por isso acabou como acabou, mas fez mais pelo seu povo que estes cromos comunistas, como o de Angola, da Venezuela e o de Moçambique (em breve), logo que o petróleo da Baía do Rovuma comece a jorrar dólares com fartura.

O Maecelo foi ao funeral do Mota - recordo aqui que foi a Mota & C.ia a primeira empresa que me deu prejuízo na Bolsa, naquela época em que o Cavaco abriu a bocarra e fez a Bolsa de Lisboa cair com estrondo - e no regresso sentiu-se mal e, ao passar pelo Porto, decidiu passar nas urgências do Hospital de S. João. O médico viu logo que aquilo era coisa para uma cirurgia de emergência e antes da meia noite de ontem, já estava a coisa consumada.

Nada de mais, uma coisa que pode acontecer a qualquer um, de um momento para o outro, e acontece mesmo com alguma frequência por esse país fora. Mas nunca vi ninguém interessar-se por isso de modo a passar horas seguidas, em meia dúzia de canais, a falar nisso. E uma hérnia que sempre ouvi referir como "estrangulada" passou, hoje, a ser "encarcerada" pela simples razão de ser a do Marcelo e ter que ser diferente das outras.

E se em vez da hérnia acontecesse um desarranjo intestinal, com uma diarreia descontrolada, como abordariam as televisões essa notícia? Será que nos massacrariam com horas e horas de conversa sobre merda e outras coisas mal cheirosas?

Bem, vou parar por aqui, pois começo a perder o controlo das minhas emoções. Vou desligar o computador, de imediato, e a televisão também e vou dar de comer às minhas galinhas que não "cantam" nada que me enerve!

1 comentário:

  1. Num país onde as mulheres tem partos na rua e velhotes morrem nos corredores das Urgências saber que o autor do desvio de 4M foi atendido e se encontra bem de saúde... foi um alívio para o povo português! Que as gêmeas o visitem para uma rápida recuperacão. Esta história kontada nem na Somália acreditam.

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