Hoje é dia de crónica desportiva, mas a tomada de posse de Trump mudou-me os planos. Na jornada em análise o Benfica ganhou folgadamente e o FCP foi massacrado em Barcelos pelo clube de que sou sócio. Daqui a pouco vai o Benfica defrontar o Barcelona e ou ganha ou está fora da corrida. Eu não sou bruxo, mas apostaria mais na segunda hipótese. Deixo aqui a classificação dos primeiros 7 que ilustra a ultrapassagem do Porto pelo Benfica. Amanhã poderei voltar a falar neste tema se houver notícias boas, se não houver, cara alegre e siga o baile!
Do Trump teria muito que falar, mas vou-me ficar pela rama. As mulheres que rodeavam o presidente eleito vestiram a rigor, ao jeito das ladies de Inglaterra em dia de festa. Os chapéus a compor a imagem, escondem caras e cabelos e dão um ar de monarquia que os americanos nunca conheceram. Gostei, em especial, da Ivanka , filha e conselheira do presidente, com uma boina a fazer-me lembrar os fuzileiros portugueses.
Aquela paranoia de assinar 100 decretos no primeiro dia, deu-me vontade de rir. Será que ele tinha plena consciência do que estava a assinar, ou aquilo era só para o Tik-Tok? A pressa de desfazer o que o seu antecessor tinha feito era tanta que imagino que há coisas em que terá que voltar atrás.
Dizer que não quer guerra e só a aceita para defesa do seu país, é uma coisa que me deixou sem fala. A sua ideia de supremacia americana é um gigante com pés de barro. Ir para o Alaska extrair mais petróleo e abandonar o Acordo de Paris é exactamente o contrário daquilo que os mais sensatos aconselhariam. O aquecimento global vai massacrar o mundo todo e quem vive na Califórnia já teve, este ano, uma prova disso.
Ele vai ter que se sentar à mesa das negociações com a Rússia, a China e outros que tais, mas por agora está mais interessado em correr com os mexicanos e similares de lá para fora. Não faço a mais pequena ideia de como se vai desenrascar a gente que lhes dá trabalho, quando eles forem embora. Estão quase como nós, aqui em Portugal, sem os emigrantes não nos safamos. Pusemos os nossos filhos na universidade a estudar para doutores e não temos quem queira sujar as mãos.
São 15 milhões de trabalhadores estrangeiros, cerca de 20% do total, que fazem o país rolar e ao mandá-los embora terá que dizer aos seu governados como vão resolver o problema. Podia embirrar com os chinocas - que são mais que as mães - e recambiá-los para a China para atrapalhar a vida ao Xi, mas de momento está concentrado em continuar a construir o muro da vergonha na fronteira sul. Cada um com as suas loucuras, digo eu!
Abandonar a OMS também não ajudará os americanos que já são pobres em sistemas sociais, até o Obamacare que veio resolver uma parte do problema foi posto em causa. Talvez interesse às companhias de seguros que são parte do sistema financeiro e estão, de certeza, interessadas na liberalização do sistema. Por alguma razão estava o presidente Trump rodeado de bilionários por todos os lados.
Outra coisa que me deixa com os cabelos em pé é a proximidade de Elon Musk, ele investiu muitos milhões nesta candidatura e imagino que quererá tirar dividendos desse investimento. Não faço ideia se será pela corrida a Marte, ou talvez nos transportes com motorização eléctrica, ou ainda no da informação, a compra de 50% do Tik-Tok chinês e o X, antigo Twiter, que já lhe pertence, são disso indicadores. A Google, a Amazon, o Meta, Tik-Tok e X vendem biliões em publicidade e comércio electrónico. Como na selva, as feras todas à volta da presa.
Nem quero pensar como será o relacionamento com a Europa, por causa da Nato, com a Rússia por causa da China e com o resto do mundo por causa do dólar. Com a Rússia ao lado da China, assim como boa parte do continente africano que deve a sua libertação do Colonialismo europeu a esses dois países, as ditaduras de esquerda podem afundar a América e arrastar com ela o nosso velho continente. A China é pobre em energias e matérias primas e vai disputar com a Europa e a América tudo o que houver, especialmente, em África.
Vamos esperar algum tempo para ver o que fará com relação a Israel e à Ucrânia e se deixar de lado os europeus, como será a ligação da América ao Reino Unido. Há mil e uma coisas em jogo e palavras, como as que se dizem durante as campanhas, leva-as o vento. O tempo se encarregará de nos ir informando sobre aquilo que se pode esperar de Trump e das suas loucuras.
Importante: daqui em diante, só há homens e mulheres, nada de 3º género!
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