segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A «Idade do Condor»!

Estou certo que vocês já ouviram falar naquela história da idade dos homens com representação animal. Em Portugal não é tão comprida nem complicada, mas só encontrei uma imagem da versão brasileira e aqui a trago para ilustrar as minhas palavras de hoje.
Pois é, eu já atingi o penúltimo estágio deste quadro, estou na idade do condor. Gemo de manhã à noite com dor nos joelhos e apetece-me chorar, por causa da dor nos pés, quando caminho. Queixo-me de uma hérnia que, às vezes me obriga a mancar. Com a limitação de movimentos os músculos foram para o maneta e ficaram apenas as dores musculares para me lembrar da importância que eles tinham para suportar e fazer deslocar os meus 110 Kgs. Dores de estômago ou de barriga, de vez em quando, como toda o ser vivente que respira à face da terra.
Mas, esta manhã, acordei com dores nas costas, pela primeira vez na minha vida. Uma daquelas dores que obriga um cristão a torcer a coluna para um lado para conseguir caminhar. Doloroso e incómodo, garanto-vos eu que estou aqui a teclar e tenho o ombro direito mais levantado que o esquerdo aí uns 15 centímetros. Estou definitivamente na «Idade do Condor»!
Com as primeiras chuvas do Outono a terra da minha horta está macia como veludo, mesmo a pedir para ser cavada. Cavas tu que eu não posso, disse eu para a minha mulher. Olha do que tu estás livre, respondeu-me ela de pronto. À falta de melhor solução resolvi desafiar uma vizinha que é maníaca do exercício físico para me vir dar uma ajuda. Ela cava e eu sento-me a elogiar-lhe os músculos.
Não acham uma boa ideia?

3 comentários:

  1. Má conversa, mas BOA a finalização do conteúdo!
    Amigo, estou nesse barco, há um mês atrás estive três dias que era preciso a minha Maria me ajudar a vestir e calçar as meias, pensando que era derivado à minha doença, assustei-me pensando que se estava a aproximar a negra que faz fugir todo e qualquer ser humano! Felizmente descobri que rejuvenesci novamente e que era a coluna a chatear-me e não quero pensar nas doenças, festas, comer e beber enquanto podermos andar e engolir, não passes a rasteira à tua vizinha, podes cair em cima dela, e cento e tal Klos é obra.

    ResponderEliminar
  2. Deixa para lá a idade do condor,
    manda lá essas dores embora
    fica com a saúde, a paz e o amor
    aproveita que ela está ai agora!

    Também tenho dores nas costas,
    mas não lhes passo nenhum cartão
    ando por aqui com elas às voltas
    tentando o mais possível distraído
    enquanto sentir o meu amigo coração
    sei que ainda neste mundo estou vivo!

    Se não te queres queixar dessa hérnia,
    faz como eu fiz, fui operado às duas maganas
    desde aí tem sido um sossego nem fazes ideia
    mas porque nasceram comigo eram alentejanas!

    Desafiaste a tua vizinha,
    para te dar uma ajuda na horta
    ela é mesma uma boazona
    não deve ser nada meiguinha
    cuidado se o caldo se entorna
    ela vai-te é dar cabo da mona?

    ResponderEliminar