quarta-feira, 16 de abril de 2025

Lamento!

 


Se eu fosse rei por um dia teria tempo suficiente para elaborar uma lei que pusesse cobro a este problema do preço exorbitante das casas e, por consequência, dos arrendamentos. Qualquer coisa assim do género:

1) Banco que empreste dinheiro para comprar casa que obrigue o cliente a pagar mais de 25% do seu rendimento colectável (conferido pela declaração de rendimentos do ano anterior) ficará obrigado a entregar ao Estado uma quantia igual ao excedente.

2) Casa comprada como primeira habitação de pessoa ou casal que viva de um salário abaixo do médio nacional ficará isento de todo e qualquer imposto que decorra da compra e registo desse "bem de primeira necessidade".

3) Qualquer cidadão ou empresa estrangeira que compre casa em Portugal pagará à Tesouraria da Fazenda pública um valor correspondente à diferença de preço entre o valor matricial do prédio e o preço final da compra, incluindo todo e qualquer encargo relacionado com a aquisição.

4) A particulares ou empresas que adquiram prédios para arrendamento aplicar-se-á o estipulado no ponto 3.

5) Para que tudo isto funcione segundo o espírito da lei devem as Finanças estabelecer e fiscalizar com o maior rigor o valor matricial atribuído a cada prédio urbano e que nunca poderá ultrapassar os referidos 25% do rendimento, referido no ponto 1, como se o prédio tivesse sido comprado com recurso ao crédito bancário.

6) As correctoras imobiliárias devem ser sujeitas a uma vigilância apertada pelo lado das Finanças e sempre que seja provado terem agido de forma a inflacionar os preços dos bens transacionados, devem ficar sujeitas a um imposto correspondente ao lucro excessivo de cada negócio.

7) O Orçamento de Estado de cada ano civil aprovado no Parlamento deve, obrigatoriamente, qualquer medida correctiva que se ache necessária para travar o regresso à especulação. 

Escrito e promulgado por El-Rei D. Manuel III
A Bem da Nação Portuguesa
Data - 2025-04-16 

terça-feira, 15 de abril de 2025

Putin, Trump e os outros!

 Putin faz o que quer e sobra-lhe tempo! Trump faz muita asneira, mas como nada em dinheiro tem sempre desculpa! Os outros continuam como sempre a ser uns bananas! Onde fica a grande Alemanha, a invencível Inglaterra ou a popular França? Está tudo encolhido a esconder-se atrás da Sr.ª Von der Leyen a ver se escapam sem ter que "ir ao quadro". Ser chamado ao quadro e mostrar o que cada um é capaz deixa a descoberto a miséria de muita gente. O presidente da Hungria é a ovelha negra da família, mas ninguém tem coragem de o expulsar do grupo.

Ninguém parece perceber que os 4 grandes da Europa - Reino Unido, Alemanha, França e Itália - têm um poder económico muito maior que a Rússia, assim como uma população duas vezes maior. E se excluirmos as ogivas nucleares que os mais cépticos acreditam que nunca serão usadas, até o poder bélico é muito superior. Vejam a dificuldade que os russos têm sentido para lidar com os ucranianos e imaginem o banho que levariam se tivessem que enfrentar ingleses, alemães, franceses e italianos todos unidos.

E o Trump podia ficar nos States a lidar com invasão latina (?) e amanhar-se com a vizinhança canadiana, pois, para além das tais ogivas que assustam o Putin, não tem mais nada que faça falta à Europa. Nós podemos bem com a Rússia, falta-nos é um Churchill que una a força de todos numa só. Mas o Putin que se cuide, pois a Justiça Divina pode tardar, mas nunca falha. Um dia acorda com o Kremlin a arder e não terá bombeiros suficientes para dominar as chamas.

O Trump tem vindo a exagerar nas medidas que toma e até já os seus amigos se queixam de que vai por mau caminho. Com a mania de tornar a América Welthy again está a levar à ruína os bilionários americanos. E quando alguém sente que estão mexendo no seu bolso, a história muda de figura. Esperemos um pouco que algo está para acontecer (em breve).

O Zellensky da Ucrânia tem sido o único a recusar vergar a mola ao oligarca russo e até já há quem veja defeito nisso. Bastou o Trump recusar-lhe o apoio americano para todos o darem como derrotado, mas eu acredito que o bom senso imperará e os europeus acabarão por abrir os olhos e não deixar cair o homem que tem mostrado ser um verdadeiro herói. Quem sabe, a Sr.ª Von der Leyen resolve metê-lo da UE e nomeá-lo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Europeias e cortar as vazas ao Senhor do Kremlin! Ele seria, então, uma espécie de Churchhill do século XXI.

This is the portuguese Church Hill


segunda-feira, 14 de abril de 2025

O Folar da Páscoa!

 Estamos na Semana Santa e é preciso preparar o folar para dar aos afilhados!

Seja aquilo que for, pode até ser uma nota de 50, chama-se sempre folar àquilo que os padrinhos - aqui faço um parêntesis para dizer que o F. Louçã é um parvo por ter introduzido no nosso país o costume de dizer "as madrinhas e os padrinhos", em vez do termo aglutinador e correcto que é "padrinhos" - oferecem aos seus afilhados pela Páscoa.

Mas não é desse folar que vos quero falar hoje. Por razões que não são para aqui chamadas, fui a Valpaços muitas vezes nos últimos 10 anos. E descobri que o folar mais famoso é feito numa padaria que fica a meia dúzia de quilómetros de Valpaços, para quem vai de Vila Pouca para cima (sim porque sobe muito!).

 Não é mais que uma «Bôla de Carne» com que eu tinha travado conhecimento em Cernache - Coimbra, quando andava no Colégio. Tinha um colega transmontano, de Mirandela, que de vez em quando recebia uma "encomenda" enviada pelos seus pais. Preocupados que ele pudesse passar fome, ou não apreciar o tempero do nosso cozinheiro, eles enviavam-lhe as viandas da sua terra para que ele se retemperasse.

Com muita mais carne do que contêm os hodiernos folares de Valpaços, devo confessar, essa encomenda do meu colega e amigo Daniel era devorada com o maior prazer e ainda maior rapidez, quando ele mal se contornava estava o pacote vazio. Numa das vezes que lá passei e vi a publicidade feita ao folar, perguntei o preço e fiquei abismado pela enormidade. Por esse preço quase compro um porco inteiro!

Mas quero recuar mais uns anos na minha memória sobre Valpaços. Quando me comecei a dedicar à procura dos camaradas fuzileiros que constituíam a CF2, unidade militar que foi enviada para Moçambique, em 1962, antes ainda de começar a Guerra Colonial naquela Província Ultramarina, um dos amigos mais chegados, transmontano também, perguntou-me se eu não tinha notícias de um certo camarada que fez a recruta connosco e pertencia ao seu pelotão.

Não, disse-lhe eu, esse não pertencia à CF2 e eu só quero localizar os camaradas da nossa Companhia. Gostaria tanto de saber o que foi feito dele, voltou ele a insistir. Logo que comecei a andar por Valpaços, por volta de 2010, lembrei-me dessa história e sabendo que ele era de Valpaços, resolvi investigar. Sabia o nome dele completo, o ano em que nascera e que era de Valpaços, a algum lado haveria de chegar.

Depressa soube que ele tinha emigrado para França e em menos tempo que isso, que morrera recentemente. Aconselharam-me a ir ao cemitério falar com o coveiro que ele, com toda a certeza, me saberia contar tudo o que havia acerca desse assunto. E foi o que eu fiz. E lá me contaram a história toda e que o cadáver tinha viajado para França, pois a sua descendência ficara lá e lá o queriam também.

E para rematar, o coveiro disse-me que ele quando morreu (de enfarte) vivia com uma senhora de Argeriz (nada de maus pensamentos, pois o rapaz era viúvo) que morava pertinho da Padaria Moutinho, a mais que famosa produtora do Folar da Páscoa, conhecido em Portugal e no estrangeiro (por causa da emigração). Respondi-lhe que não valia a pena falar com ela, pois o que me interessava era saber do destino do referido camarada e uma vez ele morto cessava o meu interesse.

Ainda assim, nesse dia, na viagem de regresso em que passaria em frente a essa padaria, decidi parar, tomar um café e perguntar se conheciam a tal senhora. Disseram-me que sim e que fora uma tristeza o que se passara com ela, vivia tão feliz com o seu namorado e tão pouco tempo durara essa felicidade!


domingo, 13 de abril de 2025

Como veste o campeão!

 


Pode ter várias cores e até feitios, mas nada de riscas. Riscas são o logotipo dos grandes rivais (e isto é um grande elogia que lhes faço) o SCP de Lisboa e o FCP da capital do norte. Umas horizontais e as outras verticais, sem elas o equipamento perde toda a piada.

Estava aqui a pensar nisso e decidir sobre o que deveria publicar hoje, quando me lembrei da aversão que os benfiquistas têm às riscas do equipamento. Qualquer modelo que seja proposto a cada nova época que começa é logo rejeitado se apresenta qualquer risca. Há uma marca desportiva que usa 3 riscas paralelas como marca registada e o Benfica permite-as nas golas, nas mangas, nos ombros ou nas costuras laterais, mas nunca no corpo e isso apenas para não perder o patrocínio.

Alguns amigos que andam pelos blogs comigo, chamam a esses equipamentos riscados "pijamas" tentando inferiorizar os adversários, mas quando um Sporting, como o de Ruben Amorim, ou um Porto, como o de Sérgio Conceição, aparecem pela frente é um cabo dos trabalhos para lhe ganhar um jogo. Há treinadores que conseguem injectar nos seus atletas uma força anímica anormal que os faz correr ao dobro da velocidade.

E aí não há riscas nem porra nenhuma que nos acuda. Passei os melhores anos da minha vida a ver o Benfica perder com o Porto, desde o 25 de Abril, era eu ainda um rapaz novo, até hoje o Porto deve ter para aí o dobro dos títulos daqueles que o Benfica conquistou e isso não me alegra nem um bocadinho. E não me venham com a cantiga que era por causa do Salazar ter institucionalizado o Benfica como Selecção Nacional, era porque o Benfica sempre teve um plantel melhor que todos os outros.

O Sporting é outro tipo de adversário, representa as elites da capital, mas tem andado arredado dos títulos muito mais que o Benfica. Não há como negar que a Máfia montada pelo Pinto da Costa levou os sucessos desportivos para o norte, mas agora que ele se foi as coisas tendem a ser como eram nos velhos tempos com um Benfica campeão.

Ontem jogaram as duas equipas vestidas de pijama e ambas ganharam, hoje joga o Glorioso e para não me deixar ficar mal tem que ganhar também. Às 18H00 lá estarei plantado em frente do televisor para ver se este meu desejo se concretiza!!!

sábado, 12 de abril de 2025

No princípio era o verbo!

 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, diz o evangelho de S. João referindo a Deus incarnado no seu filho Jesus Cristo que veio ao mundo para remir os nossos pecados.

Hoje, escolhi para tema de conversa a Gramática Portuguesa e dentro dela os verbos que são uma dor de cabeça para todos aqueles que querem aprender a falar condignamente a Língua de Camões. Enquanto que os substantivos, adjectivos, preposições e locuções pouco mais variam que no género e número, os dois primeiros, pois os outros dois são invariáveis, os verbos têm uma infinidade de formas. Eles variam no Modo, no Tempo e na Pessoa e Número, e para complicar mais ainda, há os regulares e os irregulares, os transitivos, os intransitivos e os reflexos.

Isto assim por alto, pois mergulhando nos pormenores é um nunca mais acabar de regras e excepções. Nem falo dos fracos e dos fortes, pois isso é mais importante noutras Línguas que na nossa. Para principiantes (ou estrangeiros) basta saber que os verbos se dividem em 3 grupos. Os terminados em "ar", como amar ou lavar, formam o primeiro grupo, quem souber conjugar um sabe-os todos. Do mesmo modo, formam o segundo grupo os terminados em "er", como comer ou beber, aprender ou esquecer. E os terminados em "ir" formam o terceiro grupo, como sorrir ou dormir.

O que eu queria, de facto, era escrever um "RAP" só baseado em verbos na sua forma do Infinitivo, o que me parecia facílimo, mas depois de duas ou três tentativas abandonei a ideia. Não sou poeta nem tenho ouvido para a música, por conseguinte é-me impossível entrar nessa onda.

Eu queria escrever
mas não vou conseguir 
dá-me o sono
começo a dormir
volto a tentar
e volto a falhar
e para assim ser
mais vale esquecer

Rir, sorrir, acordar ou dormir, amar ou sofrer acabando a beber para esquecer. Eu sei que isto na mão de um rapper a sério daria uma bela peça, mas na minha mão torna-se numa anedota de um sábado cinzento! Não vale rir senão fico eu a chorar!!!

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Acorda Portugal!

 O que se passa em Portugal já aconteceu, há anos, em vários países da Europa, especialmente, lá para o norte, como, por exemplo, na Suécia. A população não para de diminuir ao mesmo tempo que a esperança de vida continua a aumentar. Em breve, talvez uma geração mais (25 anos), seremos um país de respeitáveis octogenários a depauperar os recursos da Segurança Social com os seus contínuos achaques e à espera que chegue a hora final e no meio de grande sofrimento.

A solução passa por, ou melhor dizendo, temos dois caminhos à nossa frente. O primeiro e mais agradável é desatar a fazer meninos (ou meninas) a torto e a direito e esperar que eles cresçam depressa e saudáveis para nos ajudar a salvar a Nação Lusitana. O outro caminho é menos prazeroso e típico de quem costuma enterrar a cabeça na areia e esperar que os problemas se resolvam por si mesmos. E consta em abrir as fronteiras à imigração, tal e qual como temos vindo a fazer na última meia dúzia de anos.

Num e noutro caso temos que aguentar com as consequências do nosso acto. Criar e educar filhos até à maioridade não é pera doce e por essa razão vemos a nossa juventude pôr isso de lado por troca com outros projectos que lhe dão mais prazer e menos trabalho. Os rapazes querem ser todos doutores, estudando até aos 30 anos e vivendo à custa dos pais. As raparigas querem construir uma carreira que lhes garanta o futuro e ter filhos seria o pior dos obstáculos.

Passados que são os primeiros cinco lustros deste século XXI, temos a mesma população que no fim do século passado, mas constituída por nove milhões de lusitanos e um milhão e meio de asiáticos, africanos e brasileiros. E o caminho da imigração continuará a aumentar, pois faz jeito a quem no seu país não tem as mínimas condições de vida e para os portugueses representa a salvação do sistema social.

Eu ia propor que se acabasse com os produtos anti-concepcionais e os preservatidos, mesmo correndo o risco de enfrentar uma pandemia de doenças venéreas, mas lembrei-me que poria em risco a garantia que tenho de receber a minha rica reforma, enquanto os meus olhos virem a luz do dia. Lembro.me bem de ter ouvido o António Costa dizer, no seu primeiro governo, que por este caminho teríamos que rever (em baixa) os valores pagos aos reformados.

Em alternativa seria prolongar a idade activa até aos 75 anos e depois até aos 80, de modo a não levar a Segurança Social à falência. Como nenhuma dessas soluções me agrada, nem tenho já idade para fazer meninos, tenho que aceitar a vinda dos imigrantes, mas arranjem-lhes uma casa para viver, pois como a coisa está hoje, faz lembrar os tempos da Mouraria que existia, quando D. Afonso Henriques chegou a Lisboa, no século XII.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

Somos os primeiros!

 Tinha-me esquecido de publicar aqui a classificação actual do SLB. Depois do arranque miserável sob a batuta do alemão Herr Schmidt, demoramos 28 jornadas a recuperar a liderança da Liga Betclic, sob a batuta do Bruno Lage. Há muita gente que não vai à bola com ele, mas o facto é que ele pode ser campeão, tal e qual como aconteceu na outra vez em que recebeu a equipa em momento difícil. Se o conseguir desta vez, pode ser que a opinião das massas mude e lhe reconheçam o valor.

Faltam 6 jornadas para o final e só Deus sabe como acabará. O calendário do Benfica é o pior possível, falta-lhe ainda jogar contra o Sporting e o Braga, candidatos ao 2º e 3º lugar, mas a vitória no Estádio do Dragão foi uma injecção brutal de força anímica que pode levar tudo na frente. Se o Benfica ganhar ao Sporting e ao Braga será uma das melhores classificações de todos os tempos.

Hoje, à noite, joga-se a eliminatória da Taça de Portugal e o Benfica vai a Barcelos defrontar a equipa do Tirsense do Campeonato de Portugal que segue num humilde 8º lugar da classificação geral.

Não se esperam grandes dificuldades, mas o futebol é cheio de surpresas, o desastre espreita em qualquer esquina do percurso, portanto o melhor é nunca fiar e meter as trancas na porta que é como quem diz, jogar como se fosse contra o Real Madrid ou o Bayern de Munique.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Graças a Deus!

 


Até que enfim, conseguimos ir a casa do inimigo e bater-lhe até o deixar de rastos! Não sei há quantos anos eu esperava por isto! Mas foi preciso morrer aquela avantesma e meter o macaco na jaula para isso se tornar possível! Mais uma prova de que estava tudo comprado, tudo a tremer de medo daquilo que lhes podia acontecer se o seu clube não ganhasse. O presidente mais titulado do mundo, dizem os morcões dos seus seguidores. O maior ladrão, trafulha, aldrabão que nasceu em Portugal, digo eu e quem não concordar pode ir dar uma volta ao bilhar grande!

Ainda temos muitas lutas pela frente nesta época. Em primeiro derrotar o Tirsense para ir à final com o Sporting na disputa da Taça de Portugal. E em segundo lugar derrotar a Sporting, quando ele vier jogar à Luz, para podermos ir festejar para o Marquês. Em terceiro lugar e mais importante ainda, não perder nenhum jogo com os, ditos, mais pequenos, pois ninguém sabe de onde o perigo virá.

O campeonato é uma prova de fundo, onde só um ganhará, depois de ter ultrapassado todas as dificuldades. Os castigos, as lesões, as más contratações, as baixas de forma, a venda dos melhores para equilibrar as finanças, tudo isso são escolhos espalhados pelo caminho a travar o nosso avanço. Enquanto durou o reinado do Pinto da Costa ainda tínhamos que estar preparados para a sabotagem que era feita em cada jornada. A compra ou atemorização dos árbitros era a mais comum, o domínio das altas esferas do futebol, Federação, Liga, Conselho de Arbitragem, era outro e talvez mais importante ainda.

A morte de um e a substituição de outro ao leme do futebol nacional já deu que falar, mas, como diz o povo, a procissão ainda agora vai no adro, quando ela entrar pela igreja adentro é que se vai ver o tamanho do santo. Os herdeiros de um e os seguidores do outro já andam pelos tribunais e não se livram das bocas do mundo. Talvez um dia saibamos da fortuna que juntaram e que meios utilizaram para o conseguir.

Por agora, deixemos a bola rolar e que ganhe o melhor. Se for o Sporting e sem ajudas por fora, como já se desconfia que acontece, eu serei o primeiro a dar-lhes os parabéns. Tenho muitos amigos "lagartos" e não me importarei de ir com eles festejar a vitória. Mas primeiro teremos que tirar as teimas sobre qual a melhor avançada, se a luso-sueca que opera em Alvalade ou a greco-turca que dá cartas na Luz!

domingo, 6 de abril de 2025

Descanso dominical!

 


Estamos a 2 domingos da Páscoa! É quaresma e tempo de pensar a sério na religião, coisa séria demais para se tratar com leviandade. Para os católicos, mais que para quaisquer outros, os quais também tem os seus ritos e festas religiosas, é hora de fazer um exame de consciência e pedir perdão pelos pecados cometidos.

Acordei a pensar nisso de decidi não escrever nada, hoje, mas estas poucas linhas sempre escrevo e não farão mal a ninguém! 


sábado, 5 de abril de 2025

Outro assunto, qual assunto?

 Não haverá nada para se falar e comentar, além da Guerra da Ucrânia ou das Tarifas de Trump?

Bem, há o caso das eleições portuguesas, 3 nos próximos 9 meses, mas isso nem dá para começar! Os candidatos têm todos defeito, as sondagens são o que são (eles dizem valem o que valem) e servem mais para enganar o eleitor que guiá-lo pelo caminho certo. Por isso, como é moda dizer agora, isso é um não-assunto.

Então compete-nos a nós, mentes criativas, escolher algo interessante e nos livre do stress diário que o excesso de notícias nos mete pela porta e pela janela da casa adentro. No meu caso particular, sendo um honrado combatente da Guerra Colonial, meto-me nos transportes públicos que são gratuitos num raio de 30 Kms do meu domicílio e vou apanhar ar ou arranjar um restaurante baratinho para almoçar e dar uma folga à minha cozinheira.

Com vistas mais largas até concordei com alguns camaradas fuzileiros em organizar um almoço-convívio, em Fátima e que terá lugar brevemente. O mais provável é ser a última vez que nos veremos, a próxima será lá em cima, na «Companhia de Simão Pedro», mas que isso não nos roube a alegria do encontro. Uma lágrima na hora da despedida, mas nada mais que isso, senão lá se vai a alegria.

E isso leva-me a outro lado, não sei exactamente onde, onde era costume cantar-se assim:

No dia da mimha morte
Não quero choro nem gritos
Quero é que todos bebam
Um garrafão de 5 litros!


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Investidores à rasca!

 

Ontem, mostrei-vos os índices europeus, hoje mostro-vos os americanos com um dia de funcionamento após as tarifas do presidente.

Está meio mundo à rasca sem saber o que fazer à vida, eu incluído!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Ele não pode ser assim tão parvo!

 

Wall street, a praça de Nova Iorque, é a mais famosa e movimentada de todo o mundo. Mundo esse que vive e respira melhor ou pior, conforme o que ali se passa. Assumindo isto como verdadeiro temos que admitir que há por ali muitos "crânios" que sabem o que andam ali a fazer. E o presidente, por muito maluquinho que seja, tem com toda a certeza alguém que o aconselha, quando chega a hora de decidir as coisas mais importantes.

Tal como aconteceu, ontem, quando decidiu desenterrar o machado de guerra e declarar uma guerra financeira a meio mundo (o outro meio não conta para nada). A imposição de tarifas aduaneiras daquele tamanho vai deixar os maiores exportadores - União Europeia e Portugal incluídos - à rasquinha. Conquistar mercados para produtos como o queijo dos Açores ou os vinhos portugueses não é fácil e com o preço aumentado em 20% muitos clientes poderão virar-nos as costas.

Como toda a gente diz e é verdade, as tarifas têm como objectivo suavizar as diferenças de preço entre aquilo que o fornecedor quer receber e aquilo que o cliente pode pagar, para além de proteger as indústrias nacionais de cada país. O melhor seria não existirem e haver um acordo entre cliente e fornecedor para ser praticado um preço justo que não prejudique nenhuma das partes.

Desatar aos berros, afirmando que vão responder com a mesma medida, não ajuda ninguém, nem americanos, nem canadianos, chineses, russos ou europeus, sejam eles ilhéus, mais ocidentais ou orientais, como é o caso da Ucrânia, Geórgia e outros que tais. O que é preciso fazer é promover reuniões entre os países e procurar chegar a um consenso, caso a caso, produto a produto.

As trocas comerciais contam-se por milhões de euros ou dólares e tudo o que interessa é acordar num valor a comercializar sem qualquer taxa. Nós podemos comprar em petróleo, automóveis ou medicamentos o valor que exportarmos em vinho, queijo ou têxteis. Tantos milhões para cá, outros tantos para lá e todo o mundo satisfeito. Assim é que seria bom, a guerra, seja ela económica ou com fogo real, não interessa a nenhuma das partes.

E mesmo que o presidente Trump seja um cromo de primeira, ele deve ter quem o aconselhe e eu não acredito que as medidas anunciadas, ontem, tenham sido tomadas de ânimo leve ou num momento de furor. A política é, e deve sempre ser assim considerada, uma coisa muito séria e que mexe com a cabeça e a bolsa de muita gente.

Como se pode ver na imagem acima, as bolsas europeias abriram todas no vermelho. Mas será nos próximos dias, depois de uma análise mais fina sobre as empresas mais afectadas pelas novas imposições americanas, que as cotações bolsistas mostrarão a nova realidade dos mercados mundiais. Dentro de uma semana poderemos ver com mais clareza o que será o futuro imediato. A médio e longo prazo ninguém saberá, pois as condicionantes são imensas. A possibilidade de uma III Grande Guerra paira no ambiente !!!

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Passou-se para o outro lado da trincheira!

 Há muitos anos, desde o fim da II Grande Guerra, que o presidente dos Estados Unidos da América era o paladino do mundo ocidental, contra o poder vermelho vindo do lado de lá da cortina de ferro. Era um mundo bipolar em que a China não aparecia ainda como um interessado no assunto da política global.

Agora, desde a eleição de Donald Trump, tudo mudou. A China aparece cada vez mais forte a reclamar um lugar na História e, se possível, passar à frente dos outros dois players. Cada um dos 3 líderes conta as armas que tem e os trunfos que pode jogar para ficar em vantagem. Trump, Putin e o líder chinês Xi já fizeram saber o que cada um quer e daquilo que não abdica em circunstância alguma.

O Trump já disse ao Putin que concorda com tudo o que ele quer, desde que não se meta com o que fica a ocidente do Oceano Atlântico. O Putin quer acesso livre ao Mar Bático e Mar Negro, além de mandar em tudo o que fica da Bielorrússia até ao Estreito de Béring, com tendência para que não fique nenhum país livre entre a Rússia e a China. O Xi quer Taywan e, se possível, as Filipinas para ter acesso livre ao Oceano Pacífico.

Tudo o que, hoje, conta são os recursos naturais, quem os tem, quem os quer, quem os compra ou quem os toma pela força (como está a fazer Putin, na Ucrânia, no Mar Negro e em toda a zona a leste deste mar). Hoje é o urânio, o lítio, além de uma dúzia de outros menos conhecidos, dentro de alguns anos poderá ser a água potável.


O presidente dos Estados Unidos deixou de ser o representante do mundo ocidental, está-se marimbando para a NATO, para a ONU e para a OMS, quer ficar na História Universal como o homem que alargou o seu império até ao Polo Norte, que foi à Lua e preparou o caminho para os seus governados chegarem a Marte. A Inglaterra e o resto da Europa que se danem, não é assunto que lhe roube o sono.

Hoje, dia 2 de Abril de 2025, começam a aplicar-se as tarifas alfandegárias impostas por Trump (ele não quis que começasse ontem, para não ficar conotado com o dia das mentiras), com o ferro, o aço e os automóveis, em primeiro lugar. Coisas como o queijo ou o vinho podem vir de seguida e isso afectará Portugal. Os países que se sentirem lesados tentarão fazer o mesmo e no fim todos ficarão a perder, pois a confusão e a burocracia tomarão conta das trocas comerciais tornando tudo mais caro para todos.

Estudar o assunto em pormenor e decidir qual a solução a adoptar, sempre que haja um desequilíbrio na balança de transações, seria o mais aconselhável, mas o Trump está numa de obrigar todos a pagar com língua de palmo pelo que tem acontecido num passado recente, sem pensar quem é o culpado pela situação. Basta pegar no exemplo dos automóveis, os americanos preferem os carros europeus e não pegam nos americanos. Porquê? Porque os construtores americanos não querem saber do gosto dos seus clientes, ignorando a questão do conforto, da economia, etc..

A Europa comunitária devia estar preparada para formar um quarto polo de força para se opor aos outros três, mas não consegue falar a uma só voz. A separação das Ilhas Britânicas é um problema, mas não é o único. As muitas guerras travadas nos últimos dez séculos, entre os povos europeus, cavaram fossos muito difíceis de atravessar. Os povos do Báltico ou dos Balcãs não estão em sintonia com os grandes da Europa, assim como estes não estão entre si. Pôr a Alemanha, a França, a Itália e o Reino Unido falar a uma só voz, é pouco menos que impossível.

E nomear um deles para falar em nome de todos seria um ataque à democracia, nem pensar nisso de pode. A Sr-ª Von der Leyen e o António Costa andam em bolandas, de um lado para o outro, mas ninguém quer saber (muito) daquilo que eles dizem e fazem. Parece um duelo de surdos. Lembram-se dessa anedota que conta o diálogo entre dois amigos que se cruzam na rua, em que um deles carregava um cesto e uma cana de pesca?

- Então, vais à pesca, diz o primeiro.
- Não, vou à pesca, responde o outro.
- Ah, vi-te com a cana, pensei que ias à pesca!

Que Deus nos ajude e livre destes imperadores de pataco!


terça-feira, 1 de abril de 2025

Não há Estrelas no céu!


Era nisto que pensava ontem, enquanto ia escrevendo aquelas desajeitadas quadras! Mas não me veio à lembrança quem era o autor das palavras. Assim, hoje, decidi esclarecer as coisas obrigando-me a pesquisar quem tinha dito "tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover".

E aí está ele, o mais que famoso Chico Fininho e grande músico português da actualidade, isto é, o Rui Veloso!

Espero que gostem deste seu poema à Primavera!