sábado, 12 de abril de 2025

No princípio era o verbo!

 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, diz o evangelho de S. João referindo a Deus incarnado no seu filho Jesus Cristo que veio ao mundo para remir os nossos pecados.

Hoje, escolhi para tema de conversa a Gramática Portuguesa e dentro dela os verbos que são uma dor de cabeça para todos aqueles que querem aprender a falar condignamente a Língua de Camões. Enquanto que os substantivos, adjectivos, preposições e locuções pouco mais variam que no género e número, os dois primeiros, pois os outros dois são invariáveis, os verbos têm uma infinidade de formas. Eles variam no Modo, no Tempo e na Pessoa e Número, e para complicar mais ainda, há os regulares e os irregulares, os transitivos, os intransitivos e os reflexos.

Isto assim por alto, pois mergulhando nos pormenores é um nunca mais acabar de regras e excepções. Nem falo dos fracos e dos fortes, pois isso é mais importante noutras Línguas que na nossa. Para principiantes (ou estrangeiros) basta saber que os verbos se dividem em 3 grupos. Os terminados em "ar", como amar ou lavar, formam o primeiro grupo, quem souber conjugar um sabe-os todos. Do mesmo modo, formam o segundo grupo os terminados em "er", como comer ou beber, aprender ou esquecer. E os terminados em "ir" formam o terceiro grupo, como sorrir ou dormir.

O que eu queria, de facto, era escrever um "RAP" só baseado em verbos na sua forma do Infinitivo, o que me parecia facílimo, mas depois de duas ou três tentativas abandonei a ideia. Não sou poeta nem tenho ouvido para a música, por conseguinte é-me impossível entrar nessa onda.

Eu queria escrever
mas não vou conseguir 
dá-me o sono
começo a dormir
volto a tentar
e volto a falhar
e para assim ser
mais vale esquecer

Rir, sorrir, acordar ou dormir, amar ou sofrer acabando a beber para esquecer. Eu sei que isto na mão de um rapper a sério daria uma bela peça, mas na minha mão torna-se numa anedota de um sábado cinzento! Não vale rir senão fico eu a chorar!!!

1 comentário: