quinta-feira, 12 de junho de 2025

Uma questão de velocidade!

 


Ontem, foi dia de ir ao controlo!

Desde que, em Dezembro, me mexeram no pacemaker para substituir o gerador (que deveria durar entre 10 a 12 anos, mas se ficou pelos 8 e mais uns meses) que não me sentia muito bem. Perdia o fôlego depois de dar meia dúzia de passos e vivia cansado de manhã à noite (todos os dias).

Segundo os especialistas, a curta duração do gerador do pacemaker deveu-se à solicitação "muito exigente" do meu coração que obrigava o pacemaker a intervir a cada passo. Por essa razão esgotou-se antes de tempo e o médico que fez a substituição aconselhou a reduzir a "velocidade" para poupar a máquina. E assim o pacemaker foi regulado para 50 BPM.

Derivado da minha queixa, a Dr.ª Filomena (minha cardiologista de eleição) decidiu que era melhor voltar à velocidade anterior e regular a máquina para 60 BPM, em vez dos 50 com que vivi os últimos 6 meses. Se o gerador voltar a ir abaixo aos 8 anos e eu ainda por cá andar, o remédio será voltar lá e pedir uma nova revisão.

Que todo o mal seja esse! Ainda ontem foi a enterrar, em Vila Flor (Trás-os-Montes) um camarada fuzileiro levado por um cancro na próstata. Ele dizia que queria chegar aos 100, mas foi-se abaixo em poucos meses. E do coração nunca sofreu nem precisou de pacemaker para o fazer andar.

Aquele dito popular que afirma que "quem andou já não tem para andar" fez pensar que foi essa a razão para o médico aconselhar a reduzir a velocidade da minha máquina de 60 para 50. Indo mais devagar levaria mais anos a percorrer a distância que me falta para atingir a meta. Ao aumentar 20% o ritmo da máquina vou esgotar a minha reserva mais cedo! 

Ou não será nada disso? Fiquem atentos pois eu sou uma espécie de «case study»! 

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