terça-feira, 17 de junho de 2025

Carta aberta ao André Ventura!

Se houver um acidente de trânsito (grave) ou um cataclismo da natureza (tipo incêndio de Pedrógão) ou até um pedófilo a rondar uma escola primária chama-se a CM Tv que ela envia logo a Tânia Laranjo (ou a sua Francisca) para pôr tudo em pratos limpos.

Se precisarmos de fazer uma queixa de algo que vai muito mal, a nível nacional, temos que procurar um político que "ponha a boca no trombone" e sopre nas brasas para pôr o povo a arder e chamar a atenção de "quem de direito" para pôr ordem na casa. Neste caso, talvez o André Ventura, ou alguém do seu partido me possa ajudar.

Eu ainda pensei no Paulo Raimundo que (como bom comunista) gosta de zurzir a pele de banqueiros e capitalistas - de latifundiários já nem falo, pois a agricultura de hoje é, reconhecidamente, um minifúndio - para lhe dirigir este meu pedido, pois disso se trata, mas optei pelo grande Chega que é, no presente, o líder da oposição e poderá levar isto à discussão no Parlamento em forma de projecto-lei.

Estão a ficar em pulgas para saber do que estou a falar, não é? Pois, não vos farei sofrer mais, trata-se das «comissões bancárias» que todos pagamos para ter uma conta no banco e enchem os bolsos aos bancos que apresentam, no fim de cada exercício, lucros pornográficos que deveriam envergonhar a cara de quem nos governa por permitirem um tal abuso.

A CGD, como o banco do povo, deveria ser o primeiro a reconhecer que está a cometer um abuso de posição dominante (que é crime na nossa legislação), mas todos os bancos, em geral, adoptaram esta prática que vem dos tempos da Covid 19 e dos juros negativos que privou os bancos do lucro a que estavam habituados.

Como uma medida de recurso e de forma provisória eu até poderia concordar, mas esses tempos "das vacas magras" já vão longe, no entanto a medida mantêm-se sem qualquer justificação. Foi criada a «conta do pobre» para aqueles que só têm a conta para receber a reforma, pois os CTT foram privatizados e não prestam esse serviço público. As contas restantes dividem-se em dois grupos. O primeiro engloba todos aqueles que têm dinheiro, mas não investem em nada com medo de o perder, o segundo aqueles que têm o dinheiro sempre a rolar, investindo em fundos, acções e obrigações e o mais que apareça e prometa algum lucro.

A conta do pobre está isenta de comissão, as outras pagam todas e pela medida grande. Eu tinha conta em 4 bancos diferentes, cada um com algum serviço que me interessava, mas fui obrigado a encerrar todas elas, excepto a da CGD em que me depositam a reforma ao fim do mês. Há dias abri uma sub-conta na CGD e fiquei surpreendido por me raparem 5.50€ dessa conta, no início de cada mês. Da outra tiram-me apenas 3.50€ por ser cliente antigo (não eu, mas a conta).

Até deito fumo ao pensar nisto e venho pedir ao André Ventura para pôr ordem na casa. Os bancos só poderão cobrar a dita comissão a quem tiver a conta congelada, ao longo de todo o ano, sem dar um euro a ganhar ao banco que lhe toma conta do dinheiro. Os outros, como eu, pagam despesas por cada movimento que fazem, acrescidas de IVA e Imposto de Selo. Cada intervenção na Bolsa custa-me entre 15 e 50€, tanto para comprar como para vender. O meu extracto de conta parece o rol de um merceeiro!

Os fundos de investimento da própria CGD cobram ricas comissões de subscrição e resgate, além do custo de gestão que retiram do valor do fundo (cerca de 6%/ano), quer ele esteja ganhador ou perdedor. Ou seja, para eles há sempre lucro, o cliente que aguente com o resultado negativo, sempre que as apostas dos gestores do fundo não forem as mais acertadas.

André, trata-me disto, estou farto de ser depenado!!!

2 comentários:

  1. Bom dia
    Perfeitamente de acordo amigo.
    Esses impostos davam um bom almoço ou outra coisa mais carecida .

    JR

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  2. A vigarice bancaria depois do 25 e geral. O banco tem por obrigacao de informar os clientes dos custos da manutenção mas é preciso fazer perguntas para obter respostas pouco elucidativas. Os bancarios recebem premios pela retencao de contas e quando se pede tranferencias electrónicas utilizam todo o tipo de burocracias para as atrazar. Da parte que me toca enquanto Portugal tiver governos socialistas... nem um chavo!

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